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Comentário Epístolas Gerais

Comentário de João Calvino nas Epístolas Gerais.

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124 • <strong>Comentário</strong> das <strong>Epístolas</strong> <strong>Gerais</strong> – Tiago<br />

16. Confessai vossas faltas uns aos outros,<br />

e orai uns pelos outros, para<br />

que sejais curados. A oração eficaz<br />

e fervorosa de um justo é de muito<br />

valor.<br />

17. Elias era homem sujeito às mesmas<br />

paixões que nós, e orou<br />

ardentemente para que não chovesse;<br />

e não choveu sobre a terra<br />

pelo espaço de três anos e seis<br />

meses.<br />

18. E orou outra vez, e o céu deu chuva,<br />

e a terra produziu seu fruto.<br />

16. Confitemini invicem peccata vestra,<br />

et orate invicem alii pro aliis,<br />

ut salvemini: multum valet precatio<br />

justi efficax.<br />

17. Elias homo erat passionibus similiter<br />

obnoxius ut nos; et precatione<br />

precatus est, ne plueret; et non<br />

pluit super terram annos tres et<br />

sex menses.<br />

18. Et rursum oravit, et coelum dedit<br />

pluviam, et terra protulit fructum<br />

suum.<br />

16. Confessai vossas faltas uns aos outros. Em algumas cópias,<br />

insere-se a partícula conclusiva, com propriedade; pois ainda<br />

quando não é expressa, deve ser subentendida. Ele dissera que os<br />

pecados eram perdoados ao enfermo sobre quem os anciãos oravam;<br />

agora nos lembra quão proveitoso é expor nossos pecados a nossos<br />

irmãos, a saber, que podemos obter o perdão deles por meio de sua<br />

intercessão. 44<br />

Esta passagem, bem sei, é explicada por muitos como se referindo<br />

à reconciliação de ofensas; pois quem deseja retornar<br />

novamente às graças necessariamente deve estar ciente, antes de<br />

tudo, de suas próprias faltas e confessá-las. Pois daí ele conclui que<br />

44 A conclusiva οὖν, ainda que encontrada em alguns manuscritos, não é introduzida por<br />

Griesbach no texto, não havendo evidência suficiente em seu favor. Nem aparece ali uma<br />

razão suficiente para a conexão mencionada por Calvino. Os dois casos parecem ser<br />

diferentes. Os anciãos da igreja deviam, no exemplo prévio, ser chamados, os quais deviam<br />

orar e ungir o enfermo, e lemos que a oração da fé (i.e. da fé miraculosa) salvaria o enfermo,<br />

e que seus pecados lhe seriam perdoados. Este, evidentemente, era um caso de cura<br />

milagrosa. Mas o que está expresso neste versículo parece ser bem diferente. Menciona-se<br />

oração isoladamente, feita não pelos anciãos, mas por um justo, não salvando como no<br />

primeiro caso, mas sendo muito proveitosa. Parece, pois, provável os pecados do enfermo,<br />

miraculosamente curado, eram mais especialmente contra Deus; e que os pecados que<br />

deviam ser confessados uns aos outros eram contra os irmãos, também visitados com<br />

juízo; e o remédio para eles era a confissão mútua e a oração mútua; mas o sucesso, neste<br />

caso, não era tão certo como no primeiro, apenas somos informados que uma oração<br />

fervorosa é de grande valia. Então, para encorajar esta oração solícita ou fervorosa, aduzse<br />

o caso de Elias; mas isso nada tem a ver com cura miraculosa.

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