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Comentário Epístolas Gerais

Comentário de João Calvino nas Epístolas Gerais.

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384 • <strong>Comentário</strong> das <strong>Epístolas</strong> <strong>Gerais</strong> – 1João<br />

Pois a lei, que é espiritual, não ordena apenas as obras externas, mas<br />

impõe especialmente isto: amar a Deus de todo o coração.<br />

O fato de não se mencionar aqui o que é devido aos homens não<br />

deve ser considerado como destituído de razão, pois o amor fraternal<br />

flui imediatamente do amor de Deus, como veremos mais adiante.<br />

Quem quer, pois, que deseje que sua vida seja aprovada por Deus<br />

deve ter todos seus feitos direcionados para este fim. Se porventura<br />

alguém objetar e disser que jamais se encontrou alguém que ame a<br />

Deus tão perfeitamente, a isto respondo ser suficiente que cada um<br />

anseie a esta perfeição em conformidade com a medida da graça que<br />

lhe é dada. Entrementes, a definição é que o amor perfeito de Deus é<br />

a guarda completa de sua lei. Fazer progresso neste aspecto, como no<br />

conhecimento, é que nos cabe.<br />

Nisto conhecemos que estamos nele. Ele se refere àquele fruto<br />

do evangelho que já mencionara, a saber, comunhão com o Pai e com<br />

o Filho; e, assim, confirma a sentença anterior, declarando a que segue<br />

como consequência; pois se o fim do evangelho é estar em comunhão<br />

com Deus, e nenhuma comunhão pode existir sem amor, então ninguém<br />

faz um real progresso na fé senão aquele que de todo o coração<br />

se achega a Deus.<br />

6. Aquele que diz permanecer nele. Como nos colocara diante<br />

de Deus, como um exemplo, agora ele nos chama também a Cristo,<br />

para que o imitemos. No entanto, ele não nos exorta simplesmente<br />

a imitá-lo; mas, com base na união que temos com Cristo, ele prova<br />

que devemos ser tais como ele é. Uma semelhança em vida e atos,<br />

ele afirma, prova que permanecemos em Cristo. Mas, destas palavras<br />

ele passa para a sentença seguinte, a qual adiciona imediatamente em<br />

referência ao amor aos irmãos.<br />

7. Irmãos, não vos escrevo novo mandamento,<br />

mas um mandamento antigo,<br />

o qual tivestes desde o início; o mandamento<br />

antigo é a palavra que<br />

tendes ouvido desde o início.<br />

7. Fratres, non mandatum novum scribo<br />

vobis, sed mandatum vetus,<br />

quod habuistis ab initio: mandatum<br />

vetus est sermo quem audistis<br />

ab initio.

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