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Comentário Epístolas Gerais

Comentário de João Calvino nas Epístolas Gerais.

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Capítulo 2 • 381<br />

lecido nas escolas. Ainda que, pois, admito que o que se tem dito seja<br />

verdadeiro, contudo nego que seja próprio a esta passagem; pois o<br />

desígnio de João não era outro senão tornar este benefício comum a<br />

toda a igreja. Por isso, sob a palavra todo ou inteiro ele não inclui os<br />

réprobos, mas designa aqueles que então viviam dispersos através das<br />

várias partes do mundo. Pois então se faz realmente evidente, como<br />

é próprio, a graça de Cristo, quando se declara ser a única verdadeira<br />

salvação do mundo.<br />

3. E nisto sabemos que o conhecemos:<br />

se guardarmos seus mandamentos.<br />

4. Aquele que diz: Eu o conheço, e não<br />

guarda seus mandamentos, é mentiroso,<br />

e a verdade não está nele.<br />

5. Mas todo aquele que guarda sua<br />

palavra, o amor de Deus é nele verdadeiramente<br />

aperfeiçoado; nisto<br />

conhecemos que estamos nele.<br />

6. Aquele que diz permanecer nele,<br />

também deve andar como ele andou.<br />

3. Atque in hoc cognoscimus quod<br />

cognovimus eum, si praecepta ejus<br />

servamus.<br />

4. Qui dicit, Novi eum, et praecepta<br />

ejus non servat, mendax est, et in<br />

eo veritas non est.<br />

5. Qui vero servat ejus sermonem,<br />

vere in ipso charitas Dei perfecta<br />

est; in hoc cognoscimus quod in<br />

ipso sumus.<br />

6. Qui dicit se in eo manere, debet,<br />

sicut ille ambulavit, ita et ipse ambulare.<br />

3. E nisto, ou por isto. Depois de haver tratado da doutrina sobre<br />

a remissão gratuita de pecados, ele trata das exortações que pertencem<br />

a ela, e as quais dependem dela. E, em primeiro lugar, de fato, ele<br />

nos lembra que o conhecimento de Deus, derivado do evangelho, não<br />

é ineficaz, senão que a obediência procede dele. Ele, pois, mostra o<br />

que Deus especialmente requer de nós, que é a coisa primordial na<br />

vida, a saber, amar a Deus. O que lemos aqui, do conhecimento vivo<br />

de Deus, não é sem razão que a Escritura reitera por toda parte; pois<br />

nada é mais comum no mundo do que esboçar a doutrina da religião<br />

com especulações frias. É assim que a teologia tem sido adulterada<br />

pelos sofistas da Sorbonne, de modo que, de toda sua ciência, não se<br />

exibe sequer a menor fagulha da verdadeira religião. E, por toda parte,<br />

homens curiosos aprendem tanto da palavra de Deus, a ponto de lhes

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