06.10.2015 Views

Comentário Epístolas Gerais

Comentário de João Calvino nas Epístolas Gerais.

Comentário de João Calvino nas Epístolas Gerais.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

452 • <strong>Comentário</strong> das <strong>Epístolas</strong> <strong>Gerais</strong> – 1João<br />

7. Amados, amemo-nos uns aos outros;<br />

porque o amor é de Deus; e<br />

todo aquele que ama é nascido de<br />

Deus e conhece a Deus.<br />

8. Aquele que não ama, não conhece a<br />

Deus; porque Deus é amor.<br />

9. Nisto se manifesta o amor de Deus<br />

para conosco: que Deus enviou<br />

seu Filho unigênito ao mundo, para<br />

que vivamos por meio dele.<br />

10. Nisto está o amor, não que tenhamos<br />

amado a Deus, mas que ele<br />

nos amou, e enviou seu Filho para<br />

ser a propiciação por nossos pecados.<br />

7. Dilecti, diligamus nos mutuo, quia<br />

dilectio ex Deo est; et omnis qui<br />

diligit ex Deo genitus est, et cognoscit<br />

Deum.<br />

8. Qui non diligit, non novit Deum;<br />

quia Deus dilectio est.<br />

9. In hoc apparuit dilectio Dei in nobis,<br />

quod Filium suum unigenitum<br />

misit Deus in mundum, ut per eum<br />

vivamus.<br />

10. In hoc est dilectio, non quod nos<br />

dilexerimus Deum, sed quod nos<br />

ipse dilexit, et misit Filium propitiationem<br />

pro peccatis nostris.<br />

7. Amados. Ele volta àquela exortação que enfatiza em quase em<br />

toda a Epístola. Aliás, já dissemos que ela está saturada com a doutrina<br />

da fé e exortação ao amor. Ele enfatiza estes dois pontos de tal<br />

modo que transita continuamente de um para o outro.<br />

Ao ordenar o amor mútuo, ele não pretende que cumprimos este<br />

dever quando amamos nossos amigos, porquanto eles nos amam;<br />

mas, como se dirige aos fiéis da mesma maneira, ele não poderia ter<br />

falado de outro modo senão que deviam exercer o amor mútuo. Ele<br />

confirma esta sentença por uma razão repetidas vezes apresentada<br />

antes, a saber, porque ninguém pode provar ser filho de Deus, exceto<br />

amando seus semelhantes, e porque o verdadeiro conhecimento de<br />

Deus necessariamente produz em nós o amor.<br />

Ele põe ainda em oposição a isto, segundo sua maneira usual, a<br />

sentença contrária, a saber: que não há conhecimento de Deus onde<br />

não há amor. E ele toma como reconhecido um princípio ou verdade<br />

geral de que Deus é amor, isto é, que sua natureza é amar os seres<br />

humanos. Sei que há muitas razões mais refinadas, e que os antigos<br />

distorceram especialmente esta passagem com o fim de provar a divindade<br />

do Espírito. Mas a intenção do apóstolo é simplesmente esta:<br />

que, como Deus é a fonte do amor, este efeito flui dele, e é difundido<br />

onde quer que o conhecimento dele vem à luz, como a princípio ele

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!