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Comentário Epístolas Gerais

Comentário de João Calvino nas Epístolas Gerais.

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512 • <strong>Comentário</strong> das <strong>Epístolas</strong> <strong>Gerais</strong> – Judas<br />

que também laboravam sob outro mal – pois quando, como irracionais,<br />

se deixavam arrebatar por aquelas coisas que gratificam os sentidos<br />

do corpo, não observavam qualquer moderação, mas se empanturravam<br />

excessivamente, como suínos que se rolam em lama nauseante.<br />

O advérbio naturalmente é posto em oposição à razão e juízo, pois o<br />

instinto da natureza sozinho exerce domínio nos animais irracionais;<br />

mas a razão deve governar os homens e refrear seus apetites.<br />

11. Ai deles! porque seguiram no caminho<br />

de Caim, e avidamente foram<br />

após o erro de Balaão, esperando<br />

recompensa, e pereceram na contradição<br />

de Core.<br />

12. Estes são manchas em vossas festas<br />

de caridade, quando festejam<br />

convosco, apascentando-se sem<br />

temor; são nuvens sem água, levadas<br />

pelo veanto; árvores cujo fruto<br />

secou, destituídas de fruto, duplamente<br />

mortas, arrancadas pelas<br />

raízes;<br />

13. Ondas impetuosas do mar, que<br />

espumam sua própria vergonha;<br />

estrelas errantes, às quais está reservada<br />

a negridão de trevas, para<br />

todo o sempre.<br />

11. Vae illis, quoniam viam Cain ingressi<br />

sunt (Gn 4.12;) et deceptione<br />

mercedis Balaam effusi sunt (Nm<br />

22.21;); et contradictione Core perierunt<br />

(Nm 26.2.)<br />

12. Hi sunt in fraternis vestris conviviis<br />

maculae, inter se (vel, vobiscum)<br />

convivantes, secure pascentes seipsos;<br />

nubes aqua carentes, quae a<br />

ventis circum aguntur; arbores autumni<br />

emarcidae, infrugiferae, bis<br />

emortuae, et eradicatae;<br />

13. Undae efferatae maris, despumantes<br />

sua ipsorum dedecora; stellae<br />

erraticae, quibus caligo tenebrarum<br />

in aeternum servata est.<br />

11. Ai deles. Surpreende que ele invista contra eles tão severamente,<br />

quando já havia dito que não era permitido a um anjo lançar<br />

acusações aviltantes contra Satanás. Seu propósito, porém, não era<br />

estabelecer uma regra geral. Simplesmente mostrou, sucintamente,<br />

pelo exemplo de Miguel, quão intolerável era sua demência, quando<br />

desrespeitosamente censuravam o que Deus honrava. Certamente,<br />

era lícito a Miguel fulminar contra Satanás sua maldição final; e vemos<br />

com quanta veemência os profetas ameaçavam os ímpios; mas, quando<br />

Miguel suportou extrema severidade (de outro modo legítima), que<br />

demência era não observar moderação para com aqueles que sobrele-

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