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Comentário Epístolas Gerais

Comentário de João Calvino nas Epístolas Gerais.

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54 • <strong>Comentário</strong> das <strong>Epístolas</strong> <strong>Gerais</strong> – Tiago<br />

27. A religião pura e imaculada para com<br />

Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos<br />

e viúvas em sua aflição, e guardar-se<br />

incontaminado do mundo.<br />

27. Religio pura et impolluta coram<br />

Deo et Patre, haec est, visitare<br />

pupillos et viduas in afflicitione<br />

ipsorum, immaculatum servare se<br />

à mundo.<br />

22. Sede praticantes da palavra. Aqui, o praticante não é o mesmo<br />

que em Romanos 2.13, que satisfazia a lei de Deus e a cumpria em<br />

cada parte, mas o praticante é aquele que de coração abraça a palavra<br />

de Deus e com sua vida testifica que realmente crê, segundo o dito<br />

de Cristo: “Bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a<br />

guardam” [Lc 11.28]; pois ele mostra, pelos frutos, o que está implantado,<br />

mencionado previamente. Devemos observar que a fé, com todas<br />

suas obras, é incluída por Tiago, sim, a fé especialmente como a principal<br />

obra que Deus requer de nós. A essência de tudo é que devemos<br />

labutar para que a palavra do Senhor lance raízes em nós, de modo<br />

que mais tarde frutifique. 13<br />

23. Ele é como um homem. A doutrina é deveras um espelho no<br />

qual Deus se apresenta à nossa vista; de modo que sejamos transformados<br />

em sua imagem, no dizer de Paulo em 2Coríntios 3.18. Aqui,<br />

porém, ele fala do relance externos dos olhos, não da meditação vívida<br />

e eficaz que penetra o coração. Eis uma comparação notável pela<br />

qual ele notifica sucintamente, a saber, que uma doutrina meramente<br />

ouvida e recebida nos recessos do coração de nada vale, porque logo<br />

se desvanece.<br />

25. A perfeita lei da liberdade. Depois de haver falado da especulação<br />

vazia, ele passa agora àquela intuição penetrante que nos<br />

transforma na imagem de Deus. E, como tinha a ver com os judeus, ele<br />

toma a palavra lei, que lhes era familiarmente conhecida, como que<br />

incluindo toda a verdade de Deus.<br />

Mas, por que ele chama lei perfeita e lei da liberdade, os intérpretes<br />

não têm sido capazes de entender; pois não conseguem perceber que<br />

13 Calvino não toma nota da última sentença: “Enganando-vos a vós mesmos”. O<br />

particípio significa enganar com falso raciocínio. Ela pode ser traduzida com Doddridge:<br />

“Sofisticamente, enganando-vos a vós mesmos”.

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