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Comentário Epístolas Gerais

Comentário de João Calvino nas Epístolas Gerais.

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84 • <strong>Comentário</strong> das <strong>Epístolas</strong> <strong>Gerais</strong> – Tiago<br />

7. Pois todo gênero de animais, e de<br />

aves, e de serpentes, e das coisas<br />

marítimas, se domam, e têm sido<br />

domados pelo gênero humano;<br />

8. Mas a língua ninguém pode domar;<br />

ela é um mal indomável, saturado<br />

de peçonha mortífera.<br />

9. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e<br />

com ela amaldiçoamos os homens,<br />

que são feitos à semelhança de<br />

Deus.<br />

10. Da mesma boa procede bênção e<br />

maldição. Meus irmãos, não convém<br />

que essas coisas sejam assim.<br />

11. Porventura uma fonte jorra no<br />

mesmo lugar água doce e amarga?<br />

12. Meus irmãos, pode a figueira produzir<br />

azeitonas? Ou, uma videira,<br />

figos? Assim não pode uma fonte<br />

jorrar água salgada e potável.<br />

7. Omnis enim natura ferarum et<br />

voluerum et serpentum et marinorum,<br />

à natura humana domatur et<br />

domita est:<br />

8. Linguam vero nullus hominum domare<br />

potest, incoercibile malum,<br />

plena veneno mortifero.<br />

9. Per ipsam benedicimus Deum et<br />

Patrem; et per ipsam execramur<br />

homines ad similitudinem ejus factos.<br />

10. Ex eodem ore procedit benedictio<br />

et maledictio. Non convenit, fratres<br />

mei, haec ita fieri.<br />

11. An fons ex eodem foramine qjicit<br />

dulce et amarum?<br />

12. Non potest, fratres mei, fícus oleas<br />

proferre; aut vitis fícus; sic nullus<br />

fons salsam et dulcem gignere<br />

aquam.<br />

7. Pois todo gênero de animais. Esta é uma confirmação da última<br />

sentença; pois o fato de Satanás, pela instrumentalidade da língua,<br />

governar com toda eficácia, ele prova com isto: ela de modo algum<br />

pode ser conduzida à devida ordem, e amplia isto por meio de comparações.<br />

Pois ele diz que não há animal tão selvagem ou feroz que não<br />

se deixe domar pela habilidade do homem – os peixes, que de certa<br />

maneira habitam outro mundo –, as aves, que são tão rápidas e peregrinas<br />

–, e as serpentes, que são tão inimigas do gênero humano –, às<br />

vezes se deixam domar. Visto, pois, que a língua não pode ser refreada,<br />

deve haver algum fogo secreto do inferno oculto nela.<br />

O que ele diz de animais selvagens, de serpentes e de outros<br />

animais não deve ser subentendido de todos eles; é suficiente que a<br />

habilidade humana subjugue ou dome alguns dentre os mais ferozes<br />

deles, e também que as serpentes às vezes se deixam domar. Ele se refere<br />

ao tempo presente e ao passado: o presente diz respeito ao poder<br />

e capacidade; e, o passado, ao costume ou experiência. Ele conclui daí,<br />

com razão, que a língua é saturada de peçonha mortífera.

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