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Comentário Epístolas Gerais

Comentário de João Calvino nas Epístolas Gerais.

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Capítulo 1 • 43<br />

Muito embora a redação aceita seja ἐν ταῖς πορείαις, contudo concordo<br />

com Erasmo, e leio a última palavra, πορίαις, sem o ditongo, “em<br />

suas riquezas”, ou com suas riquezas; e prefiro a segunda redação. 7<br />

12. Bem-aventurado o homem que suporta<br />

a tentação; porque, quando<br />

ele for provado, receberá a coroa<br />

da vida, a qual o Senhor prometeu<br />

àqueles que o amam.<br />

13. Que ninguém, ao ser tentado, diga:<br />

eu sou tentado por Deus; pois<br />

Deus não pode ser tentado pelo<br />

mal, nem tenta a ninguém.<br />

14. Mas cada um é tentado quando se<br />

vê atraído e seduzido por sua própria<br />

concupiscência.<br />

15. Então, havendo a concupiscência<br />

concebido, dá à luz ao pecado; e o<br />

pecado, uma vez consumado, gera<br />

a morte.<br />

12. Beatus vir qui sunffert tentationem;<br />

quoniam quum probatus<br />

fuerit, accipiet coronam vitae,<br />

quam promisit Deus diligentibus<br />

ipsum.<br />

13. Nemo quum tentatur dicat, a Deo<br />

tentor; Deus enim nec tentari malis<br />

potest, nec quenquam tentat.<br />

14. Sed unusquisque tentatur, dum à<br />

sua concupiscentia abstrahitur, et<br />

inescatur.<br />

15. Postquam autem concupiscentia<br />

concepit, prit peccatum; peccatum<br />

vero perfectum generat mortem.<br />

12. Bem-aventurado o homem. Depois de haver aplicado consolação,<br />

ele moderou o sofrimento dos que eram severamente tratados<br />

neste mundo, e uma vez mais humilhou a arrogância dos grandes. Ele<br />

agora extrai esta conclusão: feliz é quem suporta de maneira magnânima<br />

tribulações e outras provações, de modo que se eleva acima<br />

delas. A palavra tentação deveras pode ser entendida de outra maneira,<br />

a saber, para os grilhões das concupiscências, os quais fustigam<br />

os recônditos da alma; mas o que aqui se recomenda, como penso,<br />

é a fortaleza da mente em suportar as adversidades. Não obstante,<br />

constitui um paradoxo o fato de não serem felizes aqueles para quem<br />

todas as coisas vêm segundo seus desejos, mas, tais como são, não<br />

superam os males.<br />

Porque, quando ele for tentado. Ele apresenta uma razão para<br />

a sentença precedente; pois a coroa segue a disputa. Se, pois, nos-<br />

7 O texto recebido é considerado como a melhor redação; a outra se encontra em poucas<br />

cópias.

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