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DO TRÁFICO DE ESCRAVATURA 1810-1842

as burguesias portuguesas ea abolição do tráfico de escravatura ...

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José Capela120enriquecer rapidamente (235) . O governador dos Rios de Sena, José FranciscoAlves Barbosa, fora considerado como de «parcial ao Brasil» (236) . Em 1825,porém, o governador-geral de Moçambique diz já não existir a «facçãobrasileira», engrossada com os naturais de Goa ali estabelecidos, e comoutra dos Rios de Sena. A união com o Brasil, que preconizavam, era fomentadapor cinco ou seis brasileiros estabelecidos em Moçambique, «unsaventureiros, outros degredados, mas então influentes por empregos queexerciam, a qual trabalhava naquela união». Uns tinham morrido, entretanto,e outros regressado ao Brasil. Por outro lado, os barcos provenientesdo Brasil, todos com capitães e marinheiros de Portugal, não lhes davamqualquer apoio. No entanto, era verdade que em Sena houvera não apenasprojectos, mas também «passos mui positivos» até, para a união como Brasil (237) . Dois anos depois, estava o governador-geral a pedir a Lisboainstruções sobre o cônsul do Brasil e encarregado de negócios, que sehaviam intrometido em assuntos da administração de Moçambique (238) .Em 1830, continuavam a ir a Moçambique barcos brasileiros, mas combandeira portuguesa. E estava a dar-se a fuga dos praseiros-negreiros deSena para o Rio de Janeiro, para onde iam com as suas fortunas (239) . Nãohavia comunicações directas com Portugal e a navegação de Moçambiquepassava pelo Rio de Janeiro. Um dos que partira, antigo governador deQuelimane, pretextou isso mesmo para poder sair, a fixar-se na capitalbrasileira com a sua fortuna (240) . Era ele um dos portugueses que, a partirde notícia num periódico do Rio, o gover nador-geral acusava de má condutana capital brasileira, «foco dos inimigos de Sua Magestade». Além docônsul português no Rio, e do antigo governador de Quelimane, outros,que haviam residido «nesta capitania de Moçambique onde enriquecerampor diversos modos, onde foram condecorados com postos de milícias edonde foram carregados de riquezas para o Rio de Janeiro, que é a directadescarga, de todos estes cavalheiros de indústria, que segundo lhes convémse fazem ora portugueses, ora brasileiros». O cônsul propunha ao próprio235 Informação de Xavier Botelho, 22/Março/1832. Avs. de Moç., Maço 1.236 Conde de Subserra a Xavier Botelho, s/d, A. H. U., Moç., Maço 9.237 Xavier Botelho a Conde de Subserra, 25/Dez./1825, A. H. U., Avs. de Moç., Maço 24.238 Xavier Botelho a António Manuel Noronha, 27/Agosto/1827, A. H. U., Avs. de Moç., Maço 2.239 Govern. Geral a Vasconcelos e Cirne, 16/Junho/ /1830, A. H. U., Avs. de Moç., Maço 11.240 Govern. de Quel. a Govern. Geral, 18/Julho/1830, A. H. U., Avs. de Moç., Maço 19.2007

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