19.08.2015 Views

DO TRÁFICO DE ESCRAVATURA 1810-1842

as burguesias portuguesas ea abolição do tráfico de escravatura ...

as burguesias portuguesas ea abolição do tráfico de escravatura ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

As Burguesias Portuguesas e a Abolição do Tráfico de Escravatura, <strong>1810</strong>-<strong>1842</strong>que, entre 38 proeminentes negociantes de escravos naquela cidade, 19eram portugueses, 12 brasileiros, 2 franceses, 2 americanos, 1 espanhol,1 italiano e 1 anglo-americano; de 16 bem conhecidos nos portos perto doRio, 12 eram portugueses e 4 brasileiros. Uma estimativa mais geral davacomo existindo nas cidades costeiras do Brasil aproximadamente 40 000portugueses, muitos dos quais proeminentes no comércio, nas finanças eno tráfico da escravatura (347) . Nessa altura, quando o tráfico para o Brasil seextinguia definitivamente, muitos deles começaram a regressar a Portugalcom as suas fortunas. O cônsul britânico em Lisboa calculou de 300 a 400o número de portugueses envolvidos no tráfico de escravos, no Brasil, queregres saram voluntariamente a Portugal entre Março de 1850 e Março de1851, entrando com uma importância que estimava atingir as £400 000.Sabendo-se o que já então representava para Portugal aquilo que, com aindependência do Brasil, se transformou em emigração para o estrangeiro,de cujas remessas, daí em diante, dependeria enormemente a situaçãofinanceira do país, fácil é conjecturar quanto isso significaria para o espíritodos governantes portugueses nas negociações. Se podemos aferir daimportância relativa dos negreiros africanos e brasileiros no conjunto donegócio de escravos, relativamente à influência dos segundos na políticaportuguesa não é possível ir além das conjecturas. Falta-nos a informaçãoindispensável de onde se possa partir para a apreensão correcta dasrelações do poder de Lisboa com os portugueses do Brasil e vice-versa noperíodo seguinte à independência da colónia. Para muito mais tarde, já foiconstatada a impossibilidade prática de contabilizar um dos dados e não,certamente, o de menor importância (348) . O das transferências monetárias.Uma vez publicado o Act resultante do Bill, as pressões inglesas não terminaram.Em 1835 a East India Company tinha informado Palmerston deque estava interessada na compra de Goa. Sondado, o governo portuguêsrecusou a oferta. Em 1839 Palmerston voltou à carga, alegando que Goaera base de guerrilhas para as tribos rebeldes da Índia britânica. Ao mesmotempo que ameaçava com a anexação de Goa, renovava a oferta de comprade todas as colónias portuguesas na Índia por £500 000, deduzindo-se169347 Leslie Bethell, ob. cit., págs. 313-14.348 Miriam Halpern Pereira, LIVRE CÂMBIO E <strong>DE</strong> SENVOLVIMENTO ECONÓMICO, Lisboa, 1971, pág. 285.E-BOOK CEAUP

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!