19.08.2015 Views

DO TRÁFICO DE ESCRAVATURA 1810-1842

as burguesias portuguesas ea abolição do tráfico de escravatura ...

as burguesias portuguesas ea abolição do tráfico de escravatura ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

As Burguesias Portuguesas e a Abolição do Tráfico de Escravatura, <strong>1810</strong>-<strong>1842</strong>que tinham sido feitas à parte portuguesa, concessões que desaprovouquando delas tomou conhecimento.Antes porém de se ter inteirado dos resultados das conversações deLisboa, em 12 de Maio de 1838, expedia ele para Walden uma mensagemdos Comuns à coroa inglesa, pedindo que se entrasse em acordo com aspotências estrangeiras para que o tráfico da escravatura fosse declaradopirataria. E a Câmara lamentava que Portugal não tivesse concluído umtratado com a Inglaterra. A cópia desta mensagem vinha acompanhadade um despacho de Lorde Palmerston: «Que o governo britânico nãopodia permitir a continuação do sistema de pirataria e de guerra à raçahumana, feito impunemente debaixo da bandeira portuguesa. - Que ogoverno britânico pagara a Portugal £600 000 para a total abolição dotráfico; e que havendo Portugal recebido o preço da sua cooperação aindanão cumprira a parte que lhe tocava das recíprocas condições. - Quedeclarava que se Portugal por mais tempo se demorasse em concluir otratado proposto pelo governo britânico, este, sem mais dilação, procederiaa preencher pelos seus próprios meios o fim para que tivesse deixadode obter a cooperação de Portugal» (324) .Em fins de Julho de 1838 a versão britânica do tratado, com alteraçõesmenores, é reenviada a Lisboa. O encarregado de negócios britânico,George Jerningham, tinha ordens de Palmerston, exclusivamente, paraassinar o tratado mas não para o negociar. A 1 de Agosto foi o textoapresentado ao governo português, como um ultimato. Sá da Bandeirarecusou assiná-lo, nesta forma, nomeadamente com duração indeterminada,sem qualquer cláusula que previsse a sua revisão, e considerandoabsolutamente inadmissível a introdução da palavra que considerava de«pirático» o tráfico. Enquanto a pirataria era, em Inglaterra, passível depena de deportação, em Portugal a pena aplicável era a de morte. o quetornava impossível a aceitação de semelhante lei nas cortes portuguesas- alegaria Sá da Bandeira. Walden regressou em Novembro a Lisboa nadisposição de fazer concessões mas Palmerston mantinha-se firme naexigência da assinatura da versão inglesa integral. E assim, em 16 deFevereiro de 1839, apesar das medidas de força que Walden dizia estar a159324 In Sá da Bandeira, O <strong>TRÁFICO</strong>, cit., pág. 14.E-BOOK CEAUP

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!