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DO TRÁFICO DE ESCRAVATURA 1810-1842

as burguesias portuguesas ea abolição do tráfico de escravatura ...

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As Burguesias Portuguesas e a Abolição do Tráfico de Escravatura, <strong>1810</strong>-<strong>1842</strong>Uma representação subscrita por vinte comerciantes de Lisboa e endereçadaao Governo (49) , além de deixar claro o conflito subsistente entreo comércio da capital em geral e a Junta do Comércio dominada pelosgrandes interesses que vinham do tempo de Pombal, denuncia por igualaspectos ainda não evidenciados da subalternidade em que se encontravaesse mesmo comércio. Um deles expresso nas seguintes palavras constantesda carta que acompanhou o texto da exposição enviado aos redactores de«O Investigador Portuguez» : «Mas havendo alguém que por motivos indignosespalhou que o Corpo do Comércio pretendia entrar em discussõescontra o Tratado de Comércio ultimamente concluído entre Portugal eInglaterra... ». Era, além da subalternidade económica, o estado psicológicodecorrente da suspeição política em que eram lançados. E é assim que,um tanto subtilmente, logo após o tratado, o comércio lisboeta começa areclamar: «é preciso que os navios estrangeiros estejam sujeitos a buscas etodas as mais impertinências (de que nenhum bem resulta ao Estado) a queestão sujeitos os navios portugueses...». Isto e o mais que pedem para que«...os navios estrangeiros, seja com vistas políticas, em justa compensaçãodo que nos fazem, ou para que não tenham superioridade entre nós sobrenós mesmos; «Dizerem as pessoas inteligentes o que se oferecer em favorda protecção dos navios, para que estes nos possam trazer a este reino aabundância, que precisamos, das produções da Agricultura do Brasil, tantoem vantagem da nossa independência política, como para entretenimentoda navegação que necessitamos ter, e aumento do Comércio, e ligaçõesentre o Brasil e Portugal; porque quanto mais se aumentar, tanto maisconveniente é, conforme as diferentes vistas com que tudo se pode tornarem vantagem nacional. Principiando pelo lastro das embarcações, é da maisabsoluta necessidade cuidar em que o sal, que se exporta de Portugal parao Brasil não seja mais gravoso ao Comércio nacional, do que aos estrangeirosos quais o exportam com o direito de 500 rs. quando para o Brasilse pagam 1 600. Além disto os estrangeiros têm em Setúbal uma enormevantagem em seu favor; basta dizer-se que no momento actual exportamsal de Setúbal a 2 200 rs. o moio; e quem o carrega aqui para o Brasil, lhecusta 8 000 rs., desigualdade esta digna de mais pronta reforma, digna3549 O INVESTIGA<strong>DO</strong>R PORTUGUEZ EM INGLATERRA, Outubro de 1814.E-BOOK CEAUP

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