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DO TRÁFICO DE ESCRAVATURA 1810-1842

as burguesias portuguesas ea abolição do tráfico de escravatura ...

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José Capela50momentâneo bem da agricultura, nada prosperou, e viu-se atéentão fundarem-se nas costas boas casas e dali em diante deixoude se ver.Presentemente que há-de ser? Os portos do Brasil francosa todo o mundo, fazem com que as nossas fazendas não possamconcorrer com as estrangeiras. Nós recebemos das naçõesestrangeiras grandes quantidades de matérias primas para asmanufacturas; pagamos por elas 30 por cento, de entrada; manufacturámo-las;depois de manufacturadas pagamos 7 por 100 (ousomente 3 se são laboradas em fábricas grandes, do que não seia razão, pois o trabalho do pobre artista não é menos apreciáveldo que o das grandes fábricas) por saída para o Ultramar; alipagam mais 16 por cento de entrada; ao passo que as estrangeirascujo custo da fábrica é mais barato que o das nossas, pagam porentrada no Brasil somente 28 e sendo inglesas só 15 por cem.Como havemos pois de ter comércio? E para mais pena sentirmos,os nossos vinhos, único ramo que temos em abundância para nóse para os estrangeiros, sem podermos dar-lhe consumo, o Brasillhes não dá preferência alguma, mas os recebe do estrangeiropara o seu consumo, sem comutação sequer dos géneros da suaprodução que nós lhe consumimos exclusivamente. Tal é o resultadode decretos feitos por homens apóstatas da sua pátria, quetinham só em vista rasgar-lhe as entranhas.Por consequência, digo, que é necessário estabelecermos restriçõescomerciais, combinadas de maneira que favoreçam assima Portugal como ao Brasil. Estas restrições devem descansar nasseguintes bases: verdadeira reciprocidade de interesses entre osdois países: o Brasil dar franca preferência às produções superabundantesde Portugal, e reciprocamente a navegação entre osportos dos dois Reinos reputar-se como entre portos de um só (87) .Das fábricas de estamparia, criadas em finais de setecentos, todas fechadascom as invasões, algumas que reabriram mantinham-se por causa87 Idem, pág. 723.2007

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