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DO TRÁFICO DE ESCRAVATURA 1810-1842

as burguesias portuguesas ea abolição do tráfico de escravatura ...

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José Capela96Como a transmissão dos prazos só podia ser feita por via feminina, ecomo escasseavam os portuguesa do reino, com quem as herdeiras deveriamcasar, e tendo repugnância em fazê-lo com negros, aconteceu teremestendido o recrutamento a funcionários governamentais e a goeses. Foiassim que governadores dos Rios de Sena levaram às famílias prazeirasposições e títulos por que estas tanto ambicionavam (182) .Segundo a memória de Miranda, eram as seguintes as casas mais importantesde Sena, além da de D. Inês: Martinho Mendes Vasconcelos, filhodo Reino, casado com uma goesa, com 500 escravos; António José PereiraSalema e Henrique Dias da Silva, filhos do Reino, casados com filhas daterra, com 400 escravos; Diogo Pereira Pinto e Sam Payo, filho do Norte,casado com uma filha da terra e 200 escravos; Luiz Roiz, do Reino, casadocom uma filha da terra, 500 escravos; Sebastião António de Souza, de Goa,com 700 escravos; D. Maria, da terra, viúva, com um filho casado com umagoesa, 200 escravos; Gil Bernardes Coelho de Campos, do Reino, com 400escravos; João Roiz Perdigão, casado com uma filha da terra, 150 escravos;José Carlos Coelho de Campos, do Reino, casado com uma goesa, com 400escravos; Bento da Cunha Rego, português, casado com uma filha da terra,com 600 escravos; José Caetano da Motta, português casado em Goa, com60 escravos; Eugénio da Silva Vasconcelos, de Goa, casado com uma filha daterra, com 500 escravos; Luís Lobo, patrício (183) , com 150 escravos; VicenteSerrão e Sousa, do Norte, com 800 escravos; Agostinho Viegas de Britto,do Norte, casado com uma goesa, com 800 escravos (184) .Na informação que, dois anos mais tarde que a data do códice com aenumeração acima, deu o governador Pereira do Lago, isto é, em 1768,dizia-se que na vila de Quelimane havia «casas na posse de terras por doaçõesreais e cartas de sesmaria de tanta grandeza, que receio padeça omeu crédito em dizer que tem sessenta léguas à margem do Zambeze,sem ser calculado o seu dilatado centro como é a terra do Báruè, a terraTambara, Luabo, e outras de pouca inferior reputação, mas todas como jáfica dito, sem mais produções que as de natureza...» (185) . Ainda segundo a182 Iaaacman, ob. cit., pág. 58.183 Filho de português ou de goês e de negra.184 In Andrade, ob. cit., pág. 260.185 In idem, pág. 327.2007

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