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DO TRÁFICO DE ESCRAVATURA 1810-1842

as burguesias portuguesas ea abolição do tráfico de escravatura ...

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As Burguesias Portuguesas e a Abolição do Tráfico de Escravatura, <strong>1810</strong>-<strong>1842</strong>governador «especulações criminosas», o Bonifácio enriquecera no tráficode escravos, outro fora comissário volante que ia a Quelimane negociarescravos e a quem fora dada a patente de tenente-coronel de milícias (241) .O que acontecia é que estes portuguesas estavam a apoiar a regência estabelecidana Ilha Terceira, com o fornecimento de um barco e toda asua carga. No que eram apoiados pelo jornal «Brasil Imparcial». Tambémpor isso eram tomadas em Moçambique especiais medidas policiais sobreliteratura e reuniões sediciosas que pudessem surgir.A verdade é que se Moçambique era colónia, era-o muito mais do Brasildo que de Portugal. O que se ficara a dever ao tráfico transoceânico da escravatura.O governador Brito, em Junho de 1830, comunicava para Lisboater chegado ao seu conhecimento estarem alguns negociantes do Rio deJaneiro dispostos a continuar com o tráfico da escravatura de Moçambique,fazendo navegar os seus navios ao abrigo da bandeira portuguesa e comose fossem portugueses. O que seria ilícito tanto pela convenção adicionalao tratado de Viena como pelos acordos anglo-brasileiros. Sugere que,tendo em conta «a independência do Brasil e as circunstâncias políticasactuais de Portugal», talvez não fosse de considerar em vigor a convençãoreferida. O governador chegava a afirmar que o comércio dos escravoseliminava a dependência recíproca entre Moçambique e a Metrópole. Ese algumas vantagens trazia ao país, por outro lado era uma das causasdo atraso em que se encontrava a agricultura, a indústria e o comérciointerno, nomeadamente em Rios de Sena: «Remetem-se carregações deescravos daqui para o Brasil; o produto da sua venda vem empregadopara aqui em géneros do Brasil; alguns portugueses que têm enriquecidomuito em Moçambique têm saído daqui para se estabelecerem no Brasile têm levado grandes somas de cabedais e grande quantidade de escravos,muitos dos quais eram oficiais de ofícios mecânicos; por conseguintelevaram também estes colaboradores da indústria que havia no país, doque tem resultado ter ido esta cada vez a menos; estes portugueses têmaqui deixado, é verdade, os seus bens de raiz; porém mandam depoisvendê-los, e lá vai o dinheiro para o Brasil; em uma palavra, até agora tudo121241 Govern. Geral a Conde de Basto, 13/Set./1830, A. H. U., Avs. de Moç., Maço 16.E-BOOK CEAUP

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