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DO TRÁFICO DE ESCRAVATURA 1810-1842

as burguesias portuguesas ea abolição do tráfico de escravatura ...

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José CapelaOutro índice significativo, embora em sentido um tanto diferente, é odo escasso número de artífices existentes em Luanda, em meados do séculoXIX: 5 alfaiates, 5 barbeiros, 8 carpinteiros e marceneiros, 5 ferreiros e serralheiros,3 funileiros, 3 ourives, 5 pintores, 7 sapateiros e 5 tanoeiros (173) .Como vimos, pois, uma classe dominante de negociantes de escravos,sem outras perspectivas para além desse negócio fácil e altamente rendoso- que reacção poderia ter sido a dela, perante as medidas abolicionistas,senão ir-se embora com as suas fortunas ou persistir no tráfico clandestino,enquanto ele fosse possível? Mesmo que dispusesse de acumulação decapital bastante para se meter em outras actividades, estava mental e fisicamentebloqueada para o fazer. Por isso mesmo, com a extinção do tráfico,Angola como que paralisou. O comércio que veio a seguir não foi fruto deuma reconversão consciente, muito menos planificada, de actividade. Foi,sim, consequência de circunstâncias de momento. Angola, as suas classesdominantes, foram completamente a reboque dos acontecimentos de quenão eram os autores mas sujeitos.92173 Costa Lobo, ob. cit., pág. 197.2007

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