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DO TRÁFICO DE ESCRAVATURA 1810-1842

as burguesias portuguesas ea abolição do tráfico de escravatura ...

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As Burguesias Portuguesas e a Abolição do Tráfico de Escravatura, <strong>1810</strong>-<strong>1842</strong>A BURGUESIA VINTISTA E OSMERCA<strong>DO</strong>S COLONIAIS.03São conhecidos os acontecimentos e os intervenientes na revolução de1820 (73) . Uma coisa que está por esclarecer é o conteúdo da política colonialdo liberalismo, a começar por essa questão simples, que é a de saber se ateve própria e inovadora. Assim como a sua evolução ao longo das diversasfases em que o liberalismo português se desenvolveu. O tratamento doproblema da escravatura, mantido em aberto pelas convenções resultantesdo Congresso de Viena e pela maneira implacável como a política externainglesa actuava em tal área, integra-se necessariamente no todo da políticacolonial, nessa altura já, como questão fundamental.Como se comportaram, aí, os vintistas?Já tivemos ocasião de pôr em evidência que os monopolistas do tempode Pombal, uma vez extintos os exclusivos, se mantiveram senhores daactividade económica e da sua principal expressão, o grande comércio.Por sua vez, eles e a Junta do Comércio, onde preponderavam, mantinhamlatente, às vezes manifesto, o conflito entre o grande e o pequeno comércio.Subsistiam as corporações e os artífices sentiam o estrangulamento quelhes era feito pelas numerosas manufacturas entretanto implantadas, apartir de finais do século XVIII. No Porto, protestava-se contra os privilégiose exclusivos da Companhia dos Vinhos, porque isso «seria forçosamentetolher a liberdade e a propriedade, principais nervos do corpo social, eem que se fundamentam toda a nossa regeneração política e direitos tãosabiamente vingados» 74 .Por sua vez, justamente em 1820, Acúrsio das Neves noticiava que osjuízes do ofício de ferreiro e serralheiro do Porto estavam a fazer guerraàs novas fábricas de serralharia que se tinham levantado muito mais no4573 Vidé, por exemplo, Fernando Piteira Santos, GEOGRAFIA E ECONOMIA NA REVOLUÇÃO <strong>DE</strong> 1820,Lisboa, 1975.74 José Bento Dias de Carvalho, jornal SENTINELLA POLITICA, n.º 1, Porto, 1 de Julho de 1821.E-BOOK CEAUP

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