20.03.2018 Views

Ser de Imagen y de Signos Abordajes del Patrimonio Cultural. Editado por el Doctorado en Patrimonio Cultural de la Universidad Latinoamerican

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Objetos <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Química no Instituto Profissional Feminino (Sp), Brasil (1934 – 1939)<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> musealização 5 <strong>de</strong>sses artefatos e docum<strong>en</strong>tos surge com alternativa<br />

im<strong>por</strong>tante nessa perspectiva.<br />

Pressupostos conceituais e metodológicos: fontes, arquivos, cultura esco<strong>la</strong>r<br />

e patrimônio cultural<br />

Nos estudos em <strong>de</strong>s<strong>en</strong>volvim<strong>en</strong>to, empregam-se fontes primárias localizadas em<br />

C<strong>en</strong>tros <strong>de</strong> Memória ou Arquivos Históricos em Esco<strong>la</strong>s Técnicas do C<strong>en</strong>tro Pau<strong>la</strong><br />

Souza, como o R<strong>el</strong>atório <strong>de</strong> 1936, do superint<strong>en</strong><strong>de</strong>nte Horácio Augusto da Silveira ao<br />

Secretário dos Negócios da Educação e Saú<strong>de</strong> Pública do Estado <strong>de</strong> São Paulo (SILVEIRA,<br />

1937), e as publicações em livros didáticos (PASSOS, 1938; POMPÊO DO AMARAL, 1939;<br />

BARDELA, 1939). Essas fontes são fundam<strong>en</strong>tais para i<strong>de</strong>ntificar as práticas esco<strong>la</strong>res<br />

e pedagógicas da educação profissional, que fizeram parte da cultura esco<strong>la</strong>r e da<br />

cultura material da esco<strong>la</strong>. Como categoria <strong>de</strong> análise historiográfica, emprega-se a<br />

cultura esco<strong>la</strong>r <strong>de</strong>finida <strong>por</strong> Julia:<br />

[...] um conjunto <strong>de</strong> normas que <strong>de</strong>finem conhecim<strong>en</strong>tos a <strong>en</strong>sinar e condutas a inculcar,<br />

e um conjunto <strong>de</strong> práticas que permitem a transmissão <strong>de</strong>sses conhecim<strong>en</strong>tos e a<br />

incor<strong>por</strong>ação <strong>de</strong>sses com<strong>por</strong>tam<strong>en</strong>tos, normas e práticas coor<strong>de</strong>nadas a finalida<strong>de</strong>s que<br />

po<strong>de</strong>m variar segundo as épocas (finalida<strong>de</strong>s r<strong>el</strong>igiosas, sociopolíticas ou simplesm<strong>en</strong>te<br />

<strong>de</strong> socialização). Normas e práticas não po<strong>de</strong>m ser analisadas sem se levar em conta o<br />

corpo profissional dos ag<strong>en</strong>tes que são chamados a obe<strong>de</strong>cer essas or<strong>de</strong>ns e, <strong>por</strong>tanto,<br />

a utilizar dispositivos pedagógicos <strong>en</strong>carregados <strong>de</strong> facilitar sua aplicação, a saber, os<br />

professores primários e os <strong>de</strong>mais professores [...] (2001, p.10)<br />

Nas instituições esco<strong>la</strong>res, os arquivos perman<strong>en</strong>tes estão repletos <strong>de</strong> prontuários <strong>de</strong><br />

alunos, p<strong>la</strong>nos <strong>de</strong> <strong>en</strong>sino, legis<strong>la</strong>ção e, muitas vezes, com lugares <strong>de</strong> memórias cont<strong>en</strong>do<br />

docum<strong>en</strong>tos textuais, iconográficos e tridim<strong>en</strong>sionais, que foram empregados em<br />

práticas esco<strong>la</strong>res e pedagógicas na educação profissional do passado, e que fazem<br />

parte do patrimônio histórico educativo e patrimônio cultural <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia.<br />

Todas essas fontes têm sido utilizadas nos estudos aqui r<strong>el</strong>atados.<br />

Em r<strong>el</strong>ação à conceituação sobre patrimônio cultural, para Viñao Frago (2011, p.34),<br />

o patrimônio é sempre um processo inacabado <strong>de</strong> construção e reconstrução, e <strong>por</strong><br />

isso ocorrem: “[...] lós conflictos y lãs luchas <strong>por</strong> apo<strong>de</strong>rarse <strong>de</strong> <strong>la</strong> memoria social <strong>de</strong> un<br />

grupo <strong>de</strong>terminado afect<strong>en</strong> a ló que <strong>en</strong> cada mom<strong>en</strong>to<br />

*<br />

5. Nesta pesquisa o conceito <strong>de</strong> musealização é <strong>de</strong>finido segundo Desvallées e Mairesse: on<strong>de</strong> a musealização <strong>de</strong>signa<br />

o torna-se museu [...] A expressão “patrimonialização” <strong>de</strong>screve m<strong>el</strong>hor, sem dúvida, este princípio, que repousa<br />

ess<strong>en</strong>cialm<strong>en</strong>te sobre a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> preservação <strong>de</strong> um objeto ou <strong>de</strong> um lugar, mas que não se aplica ao conjunto do<br />

processo museológico. [...] De um ponto <strong>de</strong> vista estritam<strong>en</strong>te museológico, a musealização é a operação <strong>de</strong> extração,<br />

física e conceitual, <strong>de</strong> uma coisa <strong>de</strong> seu meio natural ou cultural <strong>de</strong> origem, conferindo a <strong>el</strong>a um estatuto museal – isto é,<br />

transformando-a em musealium ou musealia, em um “objeto <strong>de</strong> museu” que se intregue no campo museal.[...] Um objeto<br />

<strong>de</strong> museu não é mais um objeto <strong>de</strong>stinado a ser utilizado ou trocado, mas transmite um testemunho autêntico sobre a<br />

realida<strong>de</strong>.[...] (DESVALLÉES e MAIRESSE, 2013, p. 56-57)<br />

334

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!