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Ser de Imagen y de Signos Abordajes del Patrimonio Cultural. Editado por el Doctorado en Patrimonio Cultural de la Universidad Latinoamerican

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Entre o <strong>de</strong>s<strong>en</strong>volvim<strong>en</strong>tismo e a preservação do patrimônio. O caso do Pontal da Barra, no Sul do Brasil, P<strong>el</strong>otas-rs<br />

que, <strong>de</strong>p<strong>en</strong><strong>de</strong>ndo do contexto, funcionem para a salvaguarda do patrimônio cultural,<br />

no caso do Pontal da Barra irão ap<strong>en</strong>as garantir a preservação e estudo dos cerritos<br />

em si, sem levar em conta suas estruturas adjac<strong>en</strong>tes. Sugerimos, <strong>por</strong>tanto, que seja<br />

preservado todo o ambi<strong>en</strong>te do Pontal da Barra, logo, sem que o loteam<strong>en</strong>to em<br />

questão v<strong>en</strong>ha a ser construído.<br />

8.Além da questão arqueológica, é sabido que várias espécies <strong>en</strong>dêmicas <strong>de</strong> peixes<br />

estão ameaçadas <strong>de</strong> extinção, <strong>en</strong>tre <strong>el</strong>as os peixes anuais (Austrolebias nigrofasciatus<br />

e Austrolebias wolterstorffi (Rosa e Lima, 2008) e aves migratórias que se abrigam no<br />

Pontal em época <strong>de</strong> procriação. Essa medida impeditiva seria no s<strong>en</strong>tido <strong>de</strong> preservar,<br />

<strong>de</strong> maneira geral, a fauna, a flora do banhado e os sítios arqueológicos. Destruir o<br />

Pontal da Barra e seu patrimônio cultural e ambi<strong>en</strong>tal é, além <strong>de</strong> tudo, um crime à vida.<br />

Para concluir, a retirada compulsória da Vi<strong>la</strong> <strong>de</strong> Pescadores do Trapiche foi uma ativida<strong>de</strong><br />

local, mas reflete um f<strong>en</strong>ôm<strong>en</strong>o que ocorre em nív<strong>el</strong> global, em que as comunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> ribeirinhos, indíg<strong>en</strong>as e <strong>de</strong>mais grupos nativos, são “<strong>de</strong>sterritorializados” em<br />

prol <strong>de</strong> interesses supostam<strong>en</strong>te coletivos, mas, verda<strong>de</strong>iram<strong>en</strong>te p<strong>la</strong>nejados<br />

<strong>en</strong>g<strong>en</strong>hosam<strong>en</strong>te para a manut<strong>en</strong>ção <strong>de</strong> reservas <strong>de</strong> mercado <strong>de</strong> empresas<br />

construtoras. Nesse s<strong>en</strong>tido, o caso do banhado do Pontal da Barra e seu contexto<br />

patrimonial composto <strong>por</strong> humanos e não-humanos, <strong>de</strong>nunciado nesse texto, <strong>de</strong>ve<br />

ser <strong>en</strong>t<strong>en</strong>dido como um capítulo da história ambi<strong>en</strong>tal e do patrimônio cultural na<br />

região <strong>de</strong> P<strong>el</strong>otas, ainda a ser escrito, visto que as resoluções jurídicas ainda estão em<br />

andam<strong>en</strong>to.<br />

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