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Ser de Imagen y de Signos Abordajes del Patrimonio Cultural. Editado por el Doctorado en Patrimonio Cultural de la Universidad Latinoamerican

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<strong>por</strong>: Maria Lucia M<strong>en</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Carvalho ; Marcus Granato<br />

Figuras 5 e 6 - Na sa<strong>la</strong> temática “Alim<strong>en</strong>tação e Nutrição” a maioria dos objetos são da disciplina<br />

<strong>de</strong> Química. Fotografias: Maria Lucia M<strong>en</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Carvalho, em 2015.<br />

A exposição <strong>de</strong> objetos da cultura esco<strong>la</strong>r nas sa<strong>la</strong>s temáticas do C<strong>en</strong>tro <strong>de</strong> Memória<br />

possibilita reconhecer a evolução do patrimônio cultural e tecnológico na educação<br />

profissional. No <strong>en</strong>tanto, para Baraçal e Scheiner é necessário:<br />

Teorizar, apres<strong>en</strong>tar a teoria no meio mais próprio <strong>de</strong> comunicação do museu, a exposição,<br />

implica um aspecto didático, analítico, recorr<strong>en</strong>do-se à <strong>de</strong>monstração como força <strong>de</strong><br />

argum<strong>en</strong>tação, t<strong>en</strong>tativa <strong>de</strong> conv<strong>en</strong>cim<strong>en</strong>to e <strong>de</strong> confirmação <strong>de</strong> uma tese. E reafirma-se o<br />

pap<strong>el</strong> do objeto material no museu, <strong>de</strong> ser docum<strong>en</strong>to do real constituindo uma realida<strong>de</strong>,<br />

provada através do testemunho que o objeto <strong>de</strong>tém. (2014, p.127)<br />

Durante uma pesquisa realizada na sa<strong>la</strong> <strong>de</strong> Arquivo, em docum<strong>en</strong>tos iconográficos<br />

refer<strong>en</strong>tes ao Instituto Profissional Feminino, a fim <strong>de</strong> <strong>en</strong>contrar rastros 7 que<br />

possibilitassem i<strong>de</strong>ntificar os objetos <strong>de</strong> <strong>en</strong>sino da Química exist<strong>en</strong>tes no C<strong>en</strong>tro <strong>de</strong><br />

Memória, <strong>en</strong>controu-se uma fotografia do <strong>la</strong>boratório <strong>de</strong> química da década <strong>de</strong> 1940<br />

(Figura 7), que traz na imagem objetos que se localizam neste acervo, como as três<br />

ba<strong>la</strong>nças analíticas (Figuras 8, 9, 10) e seus acessórios (Figuras 11 e 12).<br />

*<br />

7. Diante da colocação <strong>de</strong> Pierre Nora <strong>de</strong> que “(...) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que haja rastro, distância, mediação, não estamos mais <strong>de</strong>ntro da<br />

verda<strong>de</strong>ira memória, mas <strong>de</strong>ntro da história (...)”, pois a memória, para o autor, se <strong>en</strong>raíza no concreto, no espaço, no gesto,<br />

na imagem, no objeto (Nora, 1993, p.9), se também se po<strong>de</strong> inferir que as lembranças nos vêm na maioria das vezes quando<br />

outros a provocam, <strong>en</strong>tão lembrar não é reviver, mas reconstruir, rep<strong>en</strong>sar com imag<strong>en</strong>s e idéias <strong>de</strong> hoje as experiências do<br />

passado. Essas colocações remetem a Halbwachs, para quem a memória não é sonho é trabalho, a sua construção virá <strong>de</strong><br />

uma imagem reconstruída p<strong>el</strong>os materiais que estão agora a nossa disposição no conjunto <strong>de</strong> repres<strong>en</strong>tações que povoam<br />

nossa consciência atual. Não é a introspecção, mas a casual reativação <strong>de</strong> s<strong>en</strong>sações esquecidas. (MENEZES, 2008)<br />

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