20.03.2018 Views

Ser de Imagen y de Signos Abordajes del Patrimonio Cultural. Editado por el Doctorado en Patrimonio Cultural de la Universidad Latinoamerican

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Objetos <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Química no Instituto Profissional Feminino (Sp), Brasil (1934 – 1939)<br />

em 1889, na Biblioteca Nacional. Santos e Figueiras colocam que apesar <strong>de</strong>ssas<br />

medidas, a educação no Brasil como um todo pouco mudou na época. Segundo esses<br />

pesquisadores:<br />

Voltadas para cursos e esco<strong>la</strong>s técnico-profissionais, as medidas educacionais <strong>de</strong> D. João<br />

foram circunscritas à Bahia e ao Rio <strong>de</strong> Janeiro. Tratava-se <strong>de</strong> formar quadros para o<br />

at<strong>en</strong>dim<strong>en</strong>to das necessida<strong>de</strong>s do Estado e da saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> parte da popu<strong>la</strong>ção. Não houve,<br />

em virtu<strong>de</strong> das circunstâncias, um projeto <strong>de</strong> educação g<strong>en</strong>eralizada da popu<strong>la</strong>ção, tal<br />

como ocorreu na Ing<strong>la</strong>terra no século XVIII e na França pós-revolucionária, que preparou<br />

estes países para a Revolução Industrial. Tampouco houve no Brasil t<strong>en</strong>tativas <strong>de</strong> criar<br />

instituições solidam<strong>en</strong>te voltadas para a pesquisa ci<strong>en</strong>tífica, exceto em casos iso<strong>la</strong>dos<br />

e <strong>de</strong>scontínuos, ou para romper a hegemonia do <strong>en</strong>sino confessional. A pesquisa a<br />

que se aludiu viria a ser fundam<strong>en</strong>tal na Europa para a constante realim<strong>en</strong>tação do<br />

<strong>de</strong>s<strong>en</strong>volvim<strong>en</strong>to industrial. (2011, p.361)<br />

A partir das pesquisas realizadas, estes pesquisadores r<strong>el</strong>atam que no Largo da Sé<br />

Nova, na cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, em 1812, foi insta<strong>la</strong>da a Aca<strong>de</strong>mia Real Militar para<br />

prover a Corte <strong>de</strong> oficiais e <strong>de</strong> <strong>en</strong>g<strong>en</strong>heiros, com Gabinetes <strong>de</strong> Química, Física, História<br />

Natural e Mineralogia. Na ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Química, a coor<strong>de</strong>nação era do médico britânico<br />

Dr. Dani<strong>el</strong> Gardner (1785-1831) e<br />

do militar piemontês G<strong>en</strong>eral Carlos Antonio Napion (1757-1814), que era professor<br />

<strong>de</strong> Mineralogia e foi diretor da primeira fábrica <strong>de</strong> pólvora do Brasil, a Real Fábrica <strong>de</strong><br />

Pólvora da Lagoa Rodrigo <strong>de</strong> Freitas, criada em 1808. Quanto ao Dr. Dani<strong>el</strong> Gardner, os<br />

pesquisadores informaram que:<br />

Ele já estava insta<strong>la</strong>do no Rio <strong>de</strong> Janeiro em 1809, lecionando Química no Seminário <strong>de</strong> São<br />

Joaquim <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aqu<strong>el</strong>e ano. O Seminário foi mais tar<strong>de</strong> transformado no Imperial Colégio<br />

<strong>de</strong> D. Pedro II, em 1837, inaugurando suas au<strong>la</strong>s em 1838. No <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> criação da Ca<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong> Química da Aca<strong>de</strong>mia Real Militar, prescrevia-se que um sexto do or<strong>de</strong>nado previsto<br />

para o professor <strong>de</strong>via ser utilizado nas <strong>de</strong>spesas do curso. [...] O livro escrito e dado à luz<br />

<strong>por</strong> Dani<strong>el</strong> Gardner é o ´Syl<strong>la</strong>bus ou Comp<strong>en</strong>dio das Lições <strong>de</strong> Chymica’, o primeiro livro <strong>de</strong><br />

Química publicado no Brasil, p<strong>el</strong>a Impr<strong>en</strong>sa Régia, em 1810. [...] Trata-se <strong>de</strong> um pequ<strong>en</strong>o<br />

volume <strong>de</strong> trinta e cinco páginas, com uma obsequiosa <strong>de</strong>dicatória ao Príncipe Reg<strong>en</strong>te.<br />

[...] Em 30 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1816, o texto recom<strong>en</strong>dado para o futuro esco<strong>la</strong>r é a ‘Filosofia<br />

Química’ <strong>de</strong> Fourcroy, traduzida para o <strong>por</strong>tuguês <strong>por</strong> Mano<strong>el</strong> Joaquim H<strong>en</strong>riques <strong>de</strong> Paiva<br />

em 1801. Este po<strong>de</strong> <strong>en</strong>tão ser consi<strong>de</strong>rado o primeiro compêndio adotado oficialm<strong>en</strong>te<br />

num curso regu<strong>la</strong>r <strong>de</strong> Química no Brasil. [...] (Santos e Figueiras, 2011, p.363-5)<br />

336

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!