01.06.2013 Views

Parte 1 - Tribunal Regional Federal da 4ª Região

Parte 1 - Tribunal Regional Federal da 4ª Região

Parte 1 - Tribunal Regional Federal da 4ª Região

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Currículo<br />

_____________________________________________________________________________________________________<br />

Permanente - Módulo IV - Direito Penal - 2008 João Gualberto Garcez Ramos<br />

LÚCIO NOGUEIRA, 464 DAVID TEIXEIRA DE AZEVEDO, 465 ADALBERTO JOSÉ Q. T. DE CAMARGO<br />

ARANHA 466 e, com posição crítica, ADA PELLEGRINI GRINOVER. 467<br />

JOSÉ GONÇALVES DA COSTA afirma que, em Portugal, essa é a posição de JOSÉ<br />

ANTÓNIO BARREIROS. 468<br />

Por fim, há os que, com nuances diversas, aceitam ambos os caracteres. 469<br />

VINCENZO MANZINI afirma ser o interrogatório um meio de defesa e apenas uma fonte<br />

de prova, onde o juiz poderá buscar elementos que auxiliarão no seu<br />

convencimento. 470 EDUARDO ESPÍNOLA FILHO parece inclinar-se nesse sentido, ao afirmar<br />

que “examina<strong>da</strong> a índole do interrogatório, (...) é preciso (...) insistir na afirmação de que,<br />

inquirindo o réu, o seu julgador não visa nem deve visar, em absoluto, a obter, dele, a<br />

confissão do crime”. 471<br />

JOSÉ FREDERICO MARQUES, por sua vez, parte de uma afirmação aparentemente<br />

categórica, para depois tomar seu lugar entre os ecléticos: “O interrogatório do acusado é,<br />

atualmente, meio probatório, pois que, entre as provas, o arrolou o Cód. de Processo<br />

Penal. (...) Mais aceitável se nos afigura o ensinamento de LINCOLN PRATES, de que o<br />

interrogatório é, concomitantemente, meio de prova e ato de defesa.” 472<br />

Ain<strong>da</strong> com relação ao trabalho <strong>da</strong> doutrina acerca <strong>da</strong> natureza jurídica do<br />

interrogatório, é preciso se ter muito cui<strong>da</strong>do com as lições doutrinárias estrangeiras, 473<br />

462<br />

TORNAGHI, Hélio. Instituições…, v. 4, p. 371-374.<br />

463<br />

TUCCI, Rogério Lauria. Direitos…, p. 394.<br />

464<br />

NOGUEIRA, Paulo Lúcio. Curso…, p. 146.<br />

465<br />

AZEVEDO, David Teixeira de. “O interrogatório do réu e o direito ao silêncio”, em RT, n. 682<br />

(ago/1992), p. 287.<br />

466<br />

ARANHA, A<strong>da</strong>lberto José Q. T. de Camargo. Da prova…, p. 67-68.<br />

467<br />

GRINOVER, A<strong>da</strong> Pellegrini. “Interrogatório do réu e direito ao silêncio”, em O processo…, p. 95-111.<br />

468<br />

BARREIROS, José Antônio. Processo penal, apud COSTA, José Gonçalves <strong>da</strong>. “O estatuto do<br />

argüido no projecto de Código de Processo Penal (uma primeira leitura)”, em Cadernos…, p. 251.<br />

469<br />

Assim, além dos citados no texto, MIRABETE, Júlio Fabbrini. Processo…, p. 264-265 e GRECO<br />

FILHO, Vicente. Manual…, p. 200-201. No caso do processo penal português, cf. DIAS, Jorge de<br />

Figueiredo. Direito…, p. 440-443 e COSTA, José Gonçalves <strong>da</strong>. Idem, p. 251.<br />

470<br />

MANZINI, Vincenzo. Trattato di diritto processuale penale italiano, 1932, v. 4, p. 161, apud<br />

ESPÍNOLA FILHO, Eduardo. Código…, v. 3, n. 402, p. 20.<br />

471<br />

ESPÍNOLA FILHO, Eduardo. Código…, v. 3, n. 403, p. 24.<br />

472<br />

MARQUES, José Frederico. Elementos…, v. 2, p. 321. FREDERICO MARQUES dá a seguinte<br />

referência sobre a contribuição de LINCOLN PRATES (na ver<strong>da</strong>de, um aresto do <strong>Tribunal</strong> de Justiça de Minas<br />

Gerais, por ele relatado): Revista Forense, n. 114 (nov/1947), p. 218.<br />

473<br />

Sobre a natureza do interrogatório no processo penal italiano, antes do novo Código, cf. PISAPIA,<br />

Gian Domenico. Compendio…, p. 247-252.<br />

174

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!