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Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

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Tabela 4.3. População residente de acordo com prevalência e níveis de intensidade da situação da insegurança alimentar sobre os grupos de cor ou raça selecionados(brancos e pretos & pardos), de acordo com a presença de crianças e adolescentes <strong>no</strong> domicílio e área de residência, <strong>Brasil</strong>, 2004 (em % da população)Brancos Pretos & Pardos TotalSegurançaAlimentarInsegurança Alimentar Segurança Insegurança Alimentar Segurança Insegurança AlimentarAlimentarAlimentarLeve Moderada Grave Leve Moderada Grave Leve Moderada GravePresença de crianças e adolescentes <strong>no</strong> domicílioMorador em domicílio com pessoascom idade inferior a 18 a<strong>no</strong>sMorador em domicílio sem pessoascom idade inferior a 18 a<strong>no</strong>s67,2 17,8 10,4 4,6 43,0 23,6 20,9 12,5 54,7 20,8 15,8 8,782,4 8,5 6,3 2,8 65,1 12,5 14,2 8,2 75,7 10,0 9,3 4,9Área de residênciaUrbana 72,9 14,8 8,5 3,8 49,6 21,3 18,4 10,8 62,3 17,7 13,0 7,0Rural 64,4 16,3 13,3 6,0 40,3 21,2 23,8 14,7 50,0 19,3 19,6 11,2Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Segurança Alimentar”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaentre os pretos & pardos, e de 32,8% entre os brancos. Já a ausência decrianças e adolescentes se traduzia em uma redução <strong>no</strong> percentualde indivíduos pretos & pardos (34,9%) e brancos (17,6%) em situaçãode insegurança alimentar, porém, sem alterar o sentido geral <strong>das</strong>diferenças relativas entre os grupos.A presença de crianças e adolescentes igualmente ampliavaa exposição de um domicílio às situações de privação extremaem termos materiais, levando-as às situações de IA grave. Dessemodo, entre as pessoas brancas que conviviam em unidadesdomiciliares com pessoas me<strong>no</strong>res de 18 a<strong>no</strong>s de idade, o pesodessa forma mais acentuada de insegurança alimentar era de4,6%. Já entre os indivíduos desse mesmo grupo de cor ou raçaque eram conviventes em domicílios que não tinham criançase adolescentes, o percentual dos afetados pela IA grave era de2,8%. No contingente preto & pardo, o peso relativo da IA graveentre os indivíduos conviventes em domicílios com crianças eadolescentes era de 12,5%, percentual que caía para 8,2% entreos indivíduos que residiam em unidades domiciliares que nãotinham pessoas com idade abaixo de 18 a<strong>no</strong>s.Em ambos os casos, porém, observavam-se diferenças de corou raça. Medindo-se as distâncias em termos proporcionais, osindivíduos pretos & pardos que viviam em domicílios com criançase adolescentes eram afetados pela IA grave com uma intensidade2,7 vezes superior aos brancos na mesma condição. Já a proporçãode indivíduos pretos & pardos que viviam em domicílios semmoradores me<strong>no</strong>res de 18 a<strong>no</strong>s de idade e em situação de IA graveera 2,9 vezes superior à proporção observada entre os indivíduosbrancos na mesma condição.Os indivíduos que residiam em domicílios localizados nasáreas urbanas tendiam a se encontrar em situações de insegurançaalimentar em uma proporção me<strong>no</strong>r do que os indivíduos queresidiam em domicílios localizados em áreas rurais. Esta diferença,mais uma vez, se encontrava <strong>no</strong> interior de cada um dos grupos decor ou raça, porém preservando o mesmo sentido já comentado<strong>das</strong> desigualdades entre ambos os grupos.Dos indivíduos brancos residentes em áreas urbanas, 27,1% seencontravam em situação de insegurança alimentar. Já entre ospretos & pardos residentes <strong>no</strong> mesmo tipo de local, este percentualera de 50,4%, ou seja, 23,4 pontos percentuais superior. Nas áreasrurais, o peso relativo de pessoas brancas convivendo em domicílioscom insegurança alimentar foi de 35,6%. Já entre os pretos & pardosresidentes nas áreas rurais, o peso relativo dos que se encontravamem situação de insegurança alimentar foi de 59,7%, 24,1 pontospercentuais superior.O peso relativo dos indivíduos residentes em áreas urbanasem situação de IA grave era de 3,8% entre os brancos e de 10,8%entre os pretos & pardos. Nas áreas rurais, a mesma condição maisvulnerável era vivenciada por 6,0% dos indivíduos brancos e por14,7% dos indivíduos pretos & pardos.4.3. Abrangência doPrograma Bolsa Família4.3.a. Um pa<strong>no</strong>rama geral <strong>das</strong> políticasgovernamentais de transferências derendimentos em um período recenteNo <strong>Brasil</strong> e em vários países do mundo, após a década de 1990, aagenda <strong>das</strong> políticas públicas de proteção social, combate à pobrezae promoção da saúde e da SAN veio incorporando o debate sobreos programas de Transferência Condicionada de Renda (TCR).A partir do a<strong>no</strong> de 2003, o gover<strong>no</strong> brasileiro optou peloinvestimento em programas de TCR e unificou outros tipos deintervenções – tais como a distribuição de alimentos e os programasde cupom alimentação, implementados em alguns estados do país– em um único programa, de<strong>no</strong>minado Programa Bolsa Família(PBF).De fato, <strong>no</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>;2007-2008, baseado <strong>no</strong>s suplementos da PNAD de 2004 e de 2006,informava-se que, em 2004, 14,8% dos domicílios que receberamrendimentos monetários através de programas TCR tiveram acessoao mesmo através do PBF. Já <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2006, do total de domicíliosbeneficiados com rendimentos monetários através de TCR, o PBFrespondeu por 75,2%.130 <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>; <strong>2009</strong>-<strong>2010</strong>

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