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Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

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Dos indicadores analisados, pode-se falar que ocorrem maioresobstáculos à assistência à saúde bucal dos indivíduos pretos & pardosdo que entre os brancos. Assim, comparativamente, além do maiorpercentual de pretos & pardos que nunca foram ao dentista, mesmoentre os que o foram, o tinham feito em maior proporção relativa hámais tempo, ou, lido de outra forma, com me<strong>no</strong>r frequência.2.6. Acesso à internação hospitalar(gráficos 2.11., 2.12. e 2.13.; tabela 2.18.)No a<strong>no</strong> de 2008, em todo o país, 7,0% da população residentehavia sido internada <strong>no</strong>s últimos 12 meses que antecederam à PNAD.Este percentual se manteve praticamente o mesmo em relação aoa<strong>no</strong> de 1998, quando o coeficiente de internação foi de 6,9%.Analisando-se o indicador decomposto pelos grupos de cor ou raça,observa-se que as assimetrias entre os grupos não foram pronuncia<strong>das</strong>.Assim, em 2008, em todo o país, a taxa de internação dos brancos foide 7,3% e a dos pretos & pardos,de 7,0%. As diferenças ficammais visíveis quando se analisao dado desagregado pelos gruposde sexo. Assim, ainda em 2008, opercentual de mulheres interna<strong>das</strong>foi de 8,5%, entre as brancas, e de8,3%, entre as pretas & par<strong>das</strong>. Jáentre os homens, o coeficiente deinternação dos brancos foi de 6,0%,e dos pretos & pardos, de 5,6%.Os coeficientes de internaçãode brancos e pretos & pardos nasgrandes regiões geográficas dopaís, em 2008, apresentaramseligeiramente superiores paraos primeiros, com exceção daregião Sul, onde o coeficiente deinternação dos pretos & pardos,comparativamente aos brancos,foi 0,6 ponto percentual superior.Nos gráficos 2.12 e 2.13, épossível a leitura dos indicadoresda população residente que em2008 (tomando por referênciaos 12 meses que antecederamà PNAD) esteve internada,de acordo com o motivo dainternação. No primeiro gráfico,identifica-se como o indicadorse comportou dentro de cadagrupo de cor ou raça. No segundográfico, observa-se a composiçãode cor ou raça <strong>das</strong> diferentesmotivações às internações.Vale salientar que, por motivosóbvios, os dados de internaçãopor parto <strong>no</strong>rmal e parto cesáreoincorporam apenas o contingentefemini<strong>no</strong>, muito embora, por razões de uniformização do indicador,o de<strong>no</strong>minador corresponda à população de ambos os sexos.Para a população <strong>no</strong> seu conjunto, o principal motivador<strong>das</strong> internações foi a realização de tratamento clínico (54,7%<strong>das</strong> internações). Todavia, ao se desagregar os grupos de cor ouraça, verifica-se que os pretos & pardos (57,8%) foram internadoscom mais frequência por conta deste tipo de atendimento doque os brancos (51,5%). As cirurgias foram mais frequentes entreos brancos (29,9%) do que entre os pretos & pardos (22,0%). Arealização do parto <strong>no</strong>rmal foi motivo para internação de 8,3%da população preta & parda e de 4,9% <strong>das</strong> pessoas brancas. Já oparto cesáreo foi motivo de internação para 7,8% <strong>das</strong> pessoasbrancas e para 7,0% <strong>das</strong> pessoas pretas & par<strong>das</strong>.No caso dos exames e do tratamento psiquiátrico, as assimetriasforam pequenas, tendo havido ligeira vantagem para os brancos,em ambos os casos, em, respectivamente, 0,8 ponto percentual e0,2 ponto percentual.Do total de pessoas que foram interna<strong>das</strong> <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2008,os brancos responderam relativamente por 49,4%, o que não eraGráfico 2.11. População residente que <strong>no</strong>s últimos 12 meses esteve internada, segundo os grupos decor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 1998 e 2008 (em % da população)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNota 2: <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1998 não inclui a população residente nas áreas rurais da região Norte (exceto Tocantins)Gráfico 2.12. População residente que <strong>no</strong>s últimos 12 meses esteve internada de acordo com o tipo de tratamento, segundoos grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos), <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % da população que esteve internada)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaPadrões de morbimortalidade e acesso ao sistema de saúde 59

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