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Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

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3.4. Enfermidades e óbitos por aids3.4.a. Número de <strong>no</strong>vos casos e razão de incidência(gráficos 3.13., 3.14., 3.15., 3.16. e 3.17.; tabela 3.16.)Entre os a<strong>no</strong>s de 2001 e 2008, quase 203 mil brasileiros deambos os sexos foram diag<strong>no</strong>sticados com aids. Destes, 43,1% erambrancos, 32,1%, pretos & pardos e 24,2%, de cor ou raça ig<strong>no</strong>rada.Na verdade, este último tipo de registro, na base do Sinan, veiodeclinando progressivamente, tendo passado de 64,3%, em 2001,para 7,6%, em 2008. O peso da população branca, por sua vez, <strong>no</strong>mesmo período, passou de 22,4% para 48,2%. Já os pretos & pardosaumentaram sua presença relativa junto ao registro de enfermospor aquele agravo, de 13,0% para 43,4%.Desse modo, o crescimento do peso relativo dos brancos e dospretos & pardos <strong>no</strong> conjunto dos registros, dentro do interreg<strong>no</strong>de tempo descrito, decorreu fundamentalmente da melhoria daqualidade do sistema de coleta da variável cor ou raça dentro doSinan. Por outro lado, observa-se uma redução <strong>no</strong> número deregistros de <strong>no</strong>vos casos dessa enfermidade <strong>no</strong> seio da populaçãoGráfico 3.13. População residente com incidência de aids, segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos, pretos &pardos, outros e cor ou raça ig<strong>no</strong>rada), <strong>Brasil</strong>, 2001-2008 (em número de registros de <strong>no</strong>vos casos da enfermidade)Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS, microdados SINANTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: outros inclui os indivíduos de cor ou raça amarela e indígenaNota 2: incidência corresponde aos <strong>no</strong>vos casos de determinados agravos sobre a população residenteGráfico 3.14. População residente do sexo masculi<strong>no</strong> com incidência de aids, segundo os grupos de cor ou raça selecionados(brancos e pretos & pardos), <strong>Brasil</strong>, 2001-2008 (em número de registros de <strong>no</strong>vos casos da enfermidade por 100 mil habitantes)Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS, microdados SINAN; IBGE: microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radabrasileira como um todo. Assim, com exceção do período entre 2002e 2003, o registro de <strong>no</strong>vos casos veio declinando progressivamenteaté o a<strong>no</strong> de 2008. A redução entre 2004 e 2008 foi de 48,8%.Nos gráficos 3.14 e 3.15, observam-se as razões de <strong>no</strong>vos registrosde casos de aids, por 100 mil habitantes, da população brasileira<strong>no</strong> período 2001-2008, desagrega<strong>das</strong> pelos grupos de cor ou raçabranca e preta & parda. Cada gráfico está descrevendo a realidadeem cada um dos grupos de sexo, masculi<strong>no</strong> e femini<strong>no</strong>.No a<strong>no</strong> de 2008, a razão de incidência (registros de <strong>no</strong>vos casos)por aids entre os homens foi de 13,2 por 100 mil habitantes. Nocontingente branco do sexo masculi<strong>no</strong>, o mesmo indicador foi de13,5. Já entre os pretos & pardos do sexo masculi<strong>no</strong>, foi de 10,9 por100 mil habitantes. Durante todo o interreg<strong>no</strong> 2001-2008, a razão de<strong>no</strong>vos casos entre os homens brancos permaneceu sempre superiorà dos homens pretos & pardos. Contudo, as distâncias entre os doisgrupos, em termos daquele indicador, naquele período de tempo,vieram declinando progressivamente: 58,0% em 2002; 31,4% em2004; 23,7% em 2008.No contingente femini<strong>no</strong>, em 2008, a razão de registros de<strong>no</strong>vos casos de aids foi de 7,1 por 100 mil habitantes. No grupo decor ou raça branca foi de 6,7 por 100 mil habitantes. Já <strong>no</strong> grupo<strong>das</strong> mulheres pretas & par<strong>das</strong>,<strong>no</strong> mesmo a<strong>no</strong>, aquele mesmoindicador foi de 6,6 por 100 milhabitantes. Durante o período2001-2003, apesar de ter ocorridouma redução <strong>das</strong> diferenças <strong>no</strong>indicador entre os grupos decor ou raça, as mesmas aindaeram eleva<strong>das</strong> (acima de 20,0%),com predomínio dos casos demulheres brancas. Porém, aocontrário do que ocorreu entre oshomens, <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s subsequentes,as razões de incidência de aids<strong>das</strong> brancas e pretas & par<strong>das</strong>caminharam em sentido convergente,e, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2007,especificamente, ocorreu umaligeira superioridade na razão de<strong>no</strong>vos casos <strong>das</strong> mulheres pretas& par<strong>das</strong> em relação às mulheresbrancas.Não parece uma hipóteseabsurda que esta diferença entreos gêneros, <strong>no</strong> que tange àsassimetrias de cor ou raça emtermos da incidência de aids,seja ao me<strong>no</strong>s parcialmentegerada pela maior intensidadeda procura <strong>das</strong> mulheres,comparativamente aos homens,por atendimento de saúde,tal como visto <strong>no</strong> capítulo 2.Assim – seguindo à hipótese–, poderia ser que, <strong>no</strong> casoda população masculina, asdiferenças observa<strong>das</strong> fossem98 <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>; <strong>2009</strong>-<strong>2010</strong>

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