De acordo com dados da PNAD 2008, a taxa de adequação <strong>das</strong>crianças de 11 a 14 a<strong>no</strong>s foi de 54,3% entre os brancos e de 37,7%entre os pretos & pardos. Quando decompostas pelos grupos de corou raça e sexo, verifica-se que as taxas de adequação ao sistema deensi<strong>no</strong> permaneciam mais eleva<strong>das</strong> <strong>no</strong> contingente <strong>das</strong> meninas,especialmente as brancas. Assim, nem a metade dos meni<strong>no</strong>sbrasileiros de 11 a 14 a<strong>no</strong>s frequentava a escola na série esperada.Entre os meni<strong>no</strong>s brancos, o percentual era de apenas 49,0%. Maisdelicada ainda era a situação dos meni<strong>no</strong>s pretos & pardos. Nestecaso, somente um terço frequentava a escola na série correta. Jáentre as meninas de 11 a 14 a<strong>no</strong>s, a taxa de adequação foi de 59,6%,<strong>no</strong> caso <strong>das</strong> brancas, e de 43,9%, <strong>no</strong> caso <strong>das</strong> pretas & par<strong>das</strong>.No que tange às assimetrias de cor ou raça, verifica-se que adistância entre os dois contingentes populacionais foi mais elevadaente as crianças de 11 a 14 a<strong>no</strong>s, comparativamente às crianças de6 a 10 a<strong>no</strong>s de idade. Assim, em 2008, a diferença nas taxas deGráfico 6.7. Taxa de adequação ao sistema de ensi<strong>no</strong> da população residente entre 11 e 14 a<strong>no</strong>s de idade, segundo os grupos decor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % da população de 11 a 14 a<strong>no</strong>s)Fonte: IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaGráfico 6.8. Taxa de adequação ao sistema de ensi<strong>no</strong> da população residente entre 15 e 17 a<strong>no</strong>s de idade, segundo os grupos decor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % da população de 15 a 17 a<strong>no</strong>s)Fonte: IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaadequação entre os meni<strong>no</strong>s brancos e pretos & pardos de 11 a 14a<strong>no</strong>s foi de 17,2 pontos percentuais. Entre as meninas brancas epretas & par<strong>das</strong> na mesma faixa etária, a diferença foi, favorávelàs primeiras, de 15,7 pontos percentuais.Em 2008, as taxas de adequação ao sistema de ensi<strong>no</strong> dapopulação preta & parda entre 15 e 17 a<strong>no</strong>s foi de 29,2% entreos jovens brancos do sexo masculi<strong>no</strong> e de 16,2% entre os jovenspretos & pardos do mesmo grupo de sexo. Ou seja, em cada dezjovens pretos & pardos de 15 a 17 a<strong>no</strong>s, mais que oito estavam forada escola ou defasados. Entre os brancos do mesmo agrupamentoetário, esta situação correspondia a sete em cada dez jovens. Ditode outro modo, a diferença favoravelmente aos estudantes brancos,comparativamente aos estudantes pretos & pardos, foi de 13 pontospercentuais.No caso <strong>das</strong> jovens entre 15 e 17 a<strong>no</strong>s de idade, a taxa deadequação foi de 38,9% entre as jovens brancas e de 24,4% entreas jovens pretas & par<strong>das</strong>.Desse modo, a vantagem dosindicadores <strong>das</strong> jovens doprimeiro grupo de cor ou raça,comparativamente ao segundo,foi de 14,5 pontos percentuais.Mesmo considerando que osindicadores <strong>das</strong> moças erammelhores do que dos rapazes,ainda assim, em 2008, em todo o<strong>Brasil</strong>, 61,1% <strong>das</strong> jovens brancase 75,6% <strong>das</strong> jovens pretas &par<strong>das</strong> daquele grupamentoetário ou estavam fora da escolaou estavam em uma série abaixoda esperada.Em uma comparaçãosintética <strong>das</strong> taxas de adequaçãodos três intervalos de idade, talcomo contidos <strong>no</strong>s gráficos 6.6,6.7 e 6.8, percebe-se que as taxasde adequação se reduziam emfunção da idade <strong>das</strong> crianças eadolescentes.Assim, em 2008, em todo o<strong>Brasil</strong>, a taxa de adequação <strong>das</strong>crianças de 6 a 10 a<strong>no</strong>s era de54,5%. Entre os 11 e 14 a<strong>no</strong>s, esteindicador caía para 44,7% e, entre15 e 17 a<strong>no</strong>s, se reduzia aindamais, para 26,2%. No contingentede cor ou raça branca, as taxasde adequação <strong>das</strong> crianças eadolescentes de 6 a 10 a<strong>no</strong>s, de 11a 14 a<strong>no</strong>s e de 15 a 17 a<strong>no</strong>s foramde, respectivamente: 59,6%; 54,3%e 34,0%. Na mesma sequência,entre os grupos de idade, astaxas de adequação dos pretos& pardos foram, respectivamente,de 50,6%, 37,7% e 20,1%.224 <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>; <strong>2009</strong>-<strong>2010</strong>
6.5.c. Taxa de eficiência do sistema deensi<strong>no</strong> (gráficos 6.9., 6.10. e 6.11.; tabela 6.17.)A taxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> é a razão entre o totalde pessoas que frequentam uma determinada série com a idadeesperada e o total de pessoas que frequentam aquela mesma série. Adiferença deste indicador em relação à taxa de adequação é que estamede a distribuição <strong>das</strong> respectivas populações em idade escolarpela frequência à escola na série esperada. Já a taxa de eficiênciado sistema de ensi<strong>no</strong> permite a análise do perfil etário do total defrequências ou matrículas em uma determinada série.Por idade esperada entendeu-se a faixa etária desejada ouinferior para frequentar aquela série. Por exemplo, <strong>no</strong> regime deensi<strong>no</strong> fundamental em oito a<strong>no</strong>s, para a primeira série do ensi<strong>no</strong>fundamental foram considera<strong>das</strong> como tendo a idade esperada ascrianças com 7 a<strong>no</strong>s ou me<strong>no</strong>s, e assim sucessivamente. Na presentesubseção foram considera<strong>das</strong> to<strong>das</strong> as séries do ensi<strong>no</strong> regular,fundamental (em oito ou <strong>no</strong>vea<strong>no</strong>s) e médio.Em 2008, <strong>no</strong> primeiro ciclodo ensi<strong>no</strong> fundamental, a taxa deeficiência do sistema de ensi<strong>no</strong>foi de 48,1%. Desagregando-sepelos grupos de cor ou raça, ataxa de eficiência foi de 55,8%entre os brancos e de 42,6% entreos pretos & pardos.Naquele mesmo a<strong>no</strong>, ataxa de eficiência do sistemade ensi<strong>no</strong> <strong>no</strong> primeiro ciclodo fundamental para asestudantes do sexo femini<strong>no</strong>era mais elevada do que para osestudantes do sexo masculi<strong>no</strong>.Contudo, dentre os estudantesde cada gênero se mantinhamas diferenças de cor ou raça.Assim, entre as estudantes, ataxa de eficiência do sistemade ensi<strong>no</strong> foi de 58,7% para asbrancas e de 47% para as pretas &par<strong>das</strong>. Já <strong>no</strong> caso dos estudantes,a taxa de eficiência do sistemade ensi<strong>no</strong> <strong>no</strong> primeiro ciclo dofundamental foi de 53,1% para osbrancos e de 38,7% para os pretos& pardos. Portanto, as diferençasentre brancos e pretos & pardosforam de 14,3 pontos percentuaisentre os homens; de 11,7 pontospercentuais entre as mulheres;e de 13,2 pontos percentuais nacomparação entre os grupos decor ou raça de ambos os sexos.Também é importantemencionar que, na comparaçãodos indicadores <strong>das</strong> estudantespretas & par<strong>das</strong> com osestudantes brancos, estes se beneficiavam de uma taxa de eficiênciado sistema de ensi<strong>no</strong> em uma proporção que era 6,1 pontospercentuais superior. Já a diferença entre a taxa de eficiência dosistema de ensi<strong>no</strong> para as mulheres brancas e para os homens pretos& pardos, naquele nível de ensi<strong>no</strong>, era de 20 pontos percentuaisfavoravelmente às primeiras.A taxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> <strong>no</strong> segundo ciclodo fundamental, em 2008, foi de 49,5% para os homens brancose de 59,7% para as mulheres brancas. Estes indicadores, junto àpopulação preta & parda, mais uma vez se demonstraram inferiores:33,0% para os estudantes pretos & pardos e 43,2% para as estudantespretas & par<strong>das</strong>. No que tange às assimetrias de cor ou raça, verificaseque as distâncias relativas eram superiores às verifica<strong>das</strong> <strong>no</strong>primeiro ciclo do ensi<strong>no</strong> fundamental. Assim, <strong>no</strong> segundo ciclo,as diferenças de cor ou raça entre os estudantes dos respectivosgrupos de sexos, masculi<strong>no</strong> e femini<strong>no</strong>, foram, em ambos os casos,de 16,5 pontos percentuais.Gráfico 6.9. Taxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> para a população residente que frequentava o 1° ciclo do ensi<strong>no</strong>fundamental, segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % dosestudantes que frequentavam o 1° ciclo)Fonte: IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaGráfico 6.10. Taxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> para a população residente que frequentava o 2° ciclo do ensi<strong>no</strong>fundamental, segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % dosestudantes que frequentavam o 2° ciclo)Fonte: IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaAcesso ao sistema de ensi<strong>no</strong> e indicadores de proficiência 225
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