13.07.2015 Views

Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Cabe mencionar que a taxa de eficiência do primeiro ciclo doensi<strong>no</strong> fundamental foi de 45,1% na escola pública e de 69,5% naescola particular. Para os estudantes brancos, o mesmo indicadorfoi de 52,5% na escola pública e de 70,5% escola particular. Para osestudantes pretos & pardos, a taxa de eficiência daquele mesmociclo foi de 40,5% <strong>no</strong>s estabelecimentos públicos e de 67,6% <strong>no</strong>sestabelecimentos particulares.No segundo ciclo do ensi<strong>no</strong> fundamental, a taxa de eficiênciapara todos os estudantes foi de 42,0% <strong>no</strong>s estabelecimentos deensi<strong>no</strong> público e de 69,6% <strong>no</strong>s estabelecimentos de ensi<strong>no</strong> particular.Quando visto especificamente o grupo de cor ou raça branca, a taxade eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> havia sido de 51,0% nas escolaspúblicas e de 72,3% nas escolas particulares. Entre os pretos &pardos, o mesmo indicador foi de 36,1% nas escolas públicas e de64,2% nas escolas particulares.Já <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> médio, a taxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong>foi de 41,4% <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> público e de 64,2% <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> particular.Para os brancos, o mesmo indicador foi de 49,2% <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>público e de 68,1% <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> particular. Já para os pretos &pardos, a taxa de eficiência do ensi<strong>no</strong> médio foi de 35,3% <strong>no</strong>sestabelecimentos públicos e de 54,5% <strong>no</strong>s estabelecimentosparticulares.Chama a atenção o fato que as distâncias entre as taxas deeficiência registra<strong>das</strong> nas redes pública e privada fossem maiseleva<strong>das</strong> <strong>no</strong> seio do contingente preto & pardo.Assim, <strong>no</strong> primeiro ciclo do ensi<strong>no</strong> fundamental, a taxa deeficiência para os estudantes brancos da rede particular foi 18,0 pontospercentuais superior à taxa dos estudantes brancos na rede pública.Já <strong>no</strong> caso dos pretos & pardos estudantes do mesmo nível, a taxa deeficiência para os que estudavam na rede particular foi superior em27,1 pontos percentuais em relação aos que estudavam na rede pública.No segundo ciclo do fundamental, a distância na taxa deeficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> para os estudantes brancos,respectivamente frequentadores <strong>das</strong> escolas particulares e públicas,foi de 21,4 pontos percentuais. A diferença na taxa de eficiência <strong>das</strong>escolas particulares e públicas para os estudantes pretos & pardosfoi de 28,1 pontos percentuais.No ensi<strong>no</strong> médio, a distância entre a taxa de eficiência <strong>no</strong>sistema de ensi<strong>no</strong> particular, comparativamente ao público, foi de18,9 pontos percentuais entre os brancos e de 19,2 pontos percentuaisentre os pretos & pardos.Quando são observa<strong>das</strong> as assimetrias de cor ou raça dentrode cada rede de ensi<strong>no</strong>, verifica-se que as diferenças foram maiseleva<strong>das</strong> na rede pública. Assim, a taxa de eficiência do sistemade ensi<strong>no</strong> para os brancos <strong>no</strong> primeiro ciclo do fundamentalna rede pública foi 12,0 pontos percentuais superior à taxados pretos & pardos na mesma condição. Na rede particular,o indicador dos brancos foi 2,9 pontos percentuais superior.No segundo ciclo do ensi<strong>no</strong> fundamental, as diferenças nastaxas de eficiência para os alu<strong>no</strong>s brancos e pretos & pardosforam de 14,9 pontos percentuais <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> público e de 8,1pontos percentuais <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> particular. Já <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> médio,as diferenças nas taxas de eficiência para os alu<strong>no</strong>s brancos epretos & pardos foram de 13,9 pontos percentuais <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>público e de 13,6 <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> particular.Da leitura desses indicadores, chega-se à constatação de que ataxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> para os estudantes pretos &pardos frequentadores <strong>das</strong> escolas particulares era superior à taxa deeficiência dos estudantes brancos frequentadores da escola pública.Do mesmo modo, nas escolas públicas, as distâncias nas taxasde eficiência para os estudantes brancos e pretos & pardos erammaiores do que as diferenças verifica<strong>das</strong> nas escolas particulares,onde as assimetrias eram me<strong>no</strong>res. De qualquer maneira, <strong>no</strong>interior dos dois tipos de estabelecimentos de ensi<strong>no</strong>, públicos eparticulares, os estudantes pretos & pardos se beneficiavam de umataxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> em proporção inferior aoverificado entre os estudantes brancos.6.6. Acesso ao ensi<strong>no</strong> superior(tabelas 6.18. e 6.19.)Nesta seção será analisado o acesso ao ensi<strong>no</strong> superior dapopulação desagregada pelos grupos de cor ou raça e sexo, aoTabela 6.18. Taxa bruta de escolaridade <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> superior(18 a 24 a<strong>no</strong>s) da população residente, segundo os grupos de cor ou raçaselecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 1988, 1998 e 2008(em % da população que frequentava o ensi<strong>no</strong> superior divididopela população de 18 a 24 a<strong>no</strong>s)HomensMulheresTotal1988 1998 2008Brancos 12,3 15,0 31,7Pretos & Pardos 3,1 3,2 13,0Total 8,2 9,4 21,6Brancas 12,4 18,4 39,9Pretas & Par<strong>das</strong> 4,1 5,0 20,0Total 8,9 12,3 29,6Brancos 12,4 16,8 35,8Pretos & Pardos 3,6 4,0 16,4Total 8,6 10,9 25,5Fonte: IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNota 2: <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de 1988 e 1998 não inclui a população residente nas áreas rurais da região Norte (excetoTocantins em 1998)Tabela 6.19. Taxa líquida de escolaridade <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> superior(18 a 24 a<strong>no</strong>s) da população residente, segundo os grupos de cor ou raçaselecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 1988, 1998 e 2008(em % da população de 18 a 24 a<strong>no</strong>s)HomensMulheresTotal1988 1998 2008Brancos 7,2 9,6 18,2Pretos & Pardos 1,6 1,7 6,2Total 4,8 5,9 11,8Brancas 8,1 12,2 22,7Pretas & Par<strong>das</strong> 2,0 2,4 9,2Total 5,6 7,8 15,7Brancos 7,7 10,9 20,5Pretos & Pardos 1,8 2,0 7,7Total 5,2 6,8 13,7Fonte: IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNota 2: <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de 1988 e 1998 não inclui a população residente nas áreas rurais da região Norte (excetoTocantins em 1998)Acesso ao sistema de ensi<strong>no</strong> e indicadores de proficiência 227

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!