A diferença na taxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> <strong>no</strong>segundo ciclo do fundamental para os estudantes brancos domasculi<strong>no</strong>, em comparação às estudantes pretas & par<strong>das</strong> do sexofemini<strong>no</strong>, era de 6,3 pontos percentuais. Já na comparação entre asestudantes brancas do sexo femini<strong>no</strong> e os estudantes pretos & pardosdo sexo masculi<strong>no</strong>, a diferença nas respectivas taxas de eficiênciaera de 26,7 pontos percentuais favoravelmente às primeiras.Em todo o <strong>Brasil</strong>, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2008, quando é vista a taxa deeficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> médio decomposta pelos grupos decor ou raça e sexo, observa-se que o indicador foi de 44,6% para todosos estudantes; de 53% para os estudantes brancos; e de 36,8% para osestudantes pretos & pardos. No caso dos estudantes do sexo masculi<strong>no</strong>,a taxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> médio foi de 49,3% paraos brancos e de 33,5% para os pretos & pardos. Já <strong>no</strong> contingente deestudantes do ensi<strong>no</strong> médio de sexo femini<strong>no</strong>, as respectivas taxasde eficiência do sistema foram de 56,3% para as brancas e de 39,5%,para as pretas & par<strong>das</strong>. No que tange às distâncias entre os gruposde cor ou raça, <strong>no</strong> contingente masculi<strong>no</strong>, os estudantes brancosapresentavam indicador 15,7 pontos percentuais superior ao dosGráfico 6.11. Taxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> para a população residente que frequentava o ensi<strong>no</strong> médio, segundo osgrupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % dos estudantes que frequentavam oensi<strong>no</strong> médio)Fonte: IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaHomensMulheresTotalTabela 6.17. Taxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> para a população residente que frequentava a escola de acordocom o nível e a rede de ensi<strong>no</strong> (pública e particular), segundo os grupos de cor ou raça selecionados(brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % dos estudantes que frequentavam as correspondentes séries)Ensi<strong>no</strong>Fundamental - 1° CicloEnsi<strong>no</strong>Fundamental - 2° Cicloestudantes pretos & pardos. A taxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong>médio <strong>no</strong> contingente de estudantes do sexo femini<strong>no</strong> era superior,para as brancas, em 16,8 pontos percentuais, comparativamente aoindicador verificado para as pretas & par<strong>das</strong>.Na comparação entre as taxas de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong>médio para os estudantes brancos do sexo masculi<strong>no</strong> e as pretas &par<strong>das</strong> do sexo femini<strong>no</strong>, obtinha-se uma diferença, favoravelmenteao primeiro grupo, de 9,8 pontos percentuais. Na comparação domesmo indicador entre as estudantes brancas do sexo femini<strong>no</strong> eos estudantes pretos & pardos do sexo masculi<strong>no</strong>, obtinha-se umaassimetria, favoravelmente às primeiras, de 22,8 pontos percentuais.Em uma rápida comparação entre os gráficos 6.9, 6.10 e 6.11,pode-se perceber que, semelhantemente ao que ocorreu nascorrespondentes taxas de adequação (que se reduziam paralelamenteà evolução <strong>das</strong> idades), o sistema de ensi<strong>no</strong> brasileiro perdia eficáciaà medida que se avançava <strong>no</strong> nível de ensi<strong>no</strong>. Desse modo, em 2008,em todo o país, conforme já mencionado, a taxa de eficiência erade 48,1% <strong>no</strong> primeiro ciclo do ensi<strong>no</strong> fundamental; de 45,1% <strong>no</strong>segundo ciclo do ensi<strong>no</strong> fundamental; e de 44,6% <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> médio.Ao se analisar a taxa deEnsi<strong>no</strong> MédioPúblico Particular Público Particular Público ParticularBrancos 49,6 68,8 45,7 68,8 45,2 63,5Pretos & Pardos 36,6 65,9 30,9 61,7 32,3 47,2Total 41,5 67,8 36,8 66,4 38,1 58,9Brancas 55,6 72,3 56,3 75,7 52,5 72,7Pretas & Par<strong>das</strong> 45,0 69,4 41,5 66,8 37,8 61,2Total 49,1 71,3 47,4 72,7 44,1 69,4Brancos 52,5 70,5 51,0 72,3 49,2 68,1Pretos & Pardos 40,5 67,6 36,1 64,2 35,3 54,5Total 45,1 69,5 42,0 69,6 41,4 64,2Fonte: IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaeficiência para os estudantesbrancos dos correspondentesníveis de ensi<strong>no</strong>, vê-se queas mesmas foram de 55,8%<strong>no</strong> primeiro ciclo do ensi<strong>no</strong>fundamental; de 54,6% <strong>no</strong> segundociclo do ensi<strong>no</strong> fundamental; e de53,0% <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> médio. Já paraos pretos & pardos o sistema deensi<strong>no</strong> médio concedia taxas deeficiência comparativamentemais baixas: 42,6%, <strong>no</strong> primeirociclo do ensi<strong>no</strong> fundamental;38,1%, <strong>no</strong> segundo ciclo do ensi<strong>no</strong>fundamental; e 36,8% <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>médio. Assim, na comparação comos pretos & pardos, o sistema deensi<strong>no</strong> concedia taxa de eficiênciaaos brancos 13,2 pontos percentuaissuperior <strong>no</strong> primeiro ciclo doensi<strong>no</strong> fundamental; 16,5 pontospercentuais superior <strong>no</strong> segundociclo do ensi<strong>no</strong> fundamental; e16,2 pontos percentuais superior<strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> médio.Na tabela 6.17, podem servistas as taxas de eficiência dostrês níveis de ensi<strong>no</strong>, segundoa rede de ensi<strong>no</strong> (pública ouparticular), para o <strong>Brasil</strong>, em2008, desagrega<strong>das</strong> pelos gruposde cor ou raça e sexo.Verifica-se que, emtodos os níveis de ensi<strong>no</strong>, astaxas de eficiência na redeparticular foram mais eleva<strong>das</strong>comparativamente à redepública.226 <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>; <strong>2009</strong>-<strong>2010</strong>
Cabe mencionar que a taxa de eficiência do primeiro ciclo doensi<strong>no</strong> fundamental foi de 45,1% na escola pública e de 69,5% naescola particular. Para os estudantes brancos, o mesmo indicadorfoi de 52,5% na escola pública e de 70,5% escola particular. Para osestudantes pretos & pardos, a taxa de eficiência daquele mesmociclo foi de 40,5% <strong>no</strong>s estabelecimentos públicos e de 67,6% <strong>no</strong>sestabelecimentos particulares.No segundo ciclo do ensi<strong>no</strong> fundamental, a taxa de eficiênciapara todos os estudantes foi de 42,0% <strong>no</strong>s estabelecimentos deensi<strong>no</strong> público e de 69,6% <strong>no</strong>s estabelecimentos de ensi<strong>no</strong> particular.Quando visto especificamente o grupo de cor ou raça branca, a taxade eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> havia sido de 51,0% nas escolaspúblicas e de 72,3% nas escolas particulares. Entre os pretos &pardos, o mesmo indicador foi de 36,1% nas escolas públicas e de64,2% nas escolas particulares.Já <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> médio, a taxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong>foi de 41,4% <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> público e de 64,2% <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> particular.Para os brancos, o mesmo indicador foi de 49,2% <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>público e de 68,1% <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> particular. Já para os pretos &pardos, a taxa de eficiência do ensi<strong>no</strong> médio foi de 35,3% <strong>no</strong>sestabelecimentos públicos e de 54,5% <strong>no</strong>s estabelecimentosparticulares.Chama a atenção o fato que as distâncias entre as taxas deeficiência registra<strong>das</strong> nas redes pública e privada fossem maiseleva<strong>das</strong> <strong>no</strong> seio do contingente preto & pardo.Assim, <strong>no</strong> primeiro ciclo do ensi<strong>no</strong> fundamental, a taxa deeficiência para os estudantes brancos da rede particular foi 18,0 pontospercentuais superior à taxa dos estudantes brancos na rede pública.Já <strong>no</strong> caso dos pretos & pardos estudantes do mesmo nível, a taxa deeficiência para os que estudavam na rede particular foi superior em27,1 pontos percentuais em relação aos que estudavam na rede pública.No segundo ciclo do fundamental, a distância na taxa deeficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> para os estudantes brancos,respectivamente frequentadores <strong>das</strong> escolas particulares e públicas,foi de 21,4 pontos percentuais. A diferença na taxa de eficiência <strong>das</strong>escolas particulares e públicas para os estudantes pretos & pardosfoi de 28,1 pontos percentuais.No ensi<strong>no</strong> médio, a distância entre a taxa de eficiência <strong>no</strong>sistema de ensi<strong>no</strong> particular, comparativamente ao público, foi de18,9 pontos percentuais entre os brancos e de 19,2 pontos percentuaisentre os pretos & pardos.Quando são observa<strong>das</strong> as assimetrias de cor ou raça dentrode cada rede de ensi<strong>no</strong>, verifica-se que as diferenças foram maiseleva<strong>das</strong> na rede pública. Assim, a taxa de eficiência do sistemade ensi<strong>no</strong> para os brancos <strong>no</strong> primeiro ciclo do fundamentalna rede pública foi 12,0 pontos percentuais superior à taxados pretos & pardos na mesma condição. Na rede particular,o indicador dos brancos foi 2,9 pontos percentuais superior.No segundo ciclo do ensi<strong>no</strong> fundamental, as diferenças nastaxas de eficiência para os alu<strong>no</strong>s brancos e pretos & pardosforam de 14,9 pontos percentuais <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> público e de 8,1pontos percentuais <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> particular. Já <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> médio,as diferenças nas taxas de eficiência para os alu<strong>no</strong>s brancos epretos & pardos foram de 13,9 pontos percentuais <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>público e de 13,6 <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> particular.Da leitura desses indicadores, chega-se à constatação de que ataxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> para os estudantes pretos &pardos frequentadores <strong>das</strong> escolas particulares era superior à taxa deeficiência dos estudantes brancos frequentadores da escola pública.Do mesmo modo, nas escolas públicas, as distâncias nas taxasde eficiência para os estudantes brancos e pretos & pardos erammaiores do que as diferenças verifica<strong>das</strong> nas escolas particulares,onde as assimetrias eram me<strong>no</strong>res. De qualquer maneira, <strong>no</strong>interior dos dois tipos de estabelecimentos de ensi<strong>no</strong>, públicos eparticulares, os estudantes pretos & pardos se beneficiavam de umataxa de eficiência do sistema de ensi<strong>no</strong> em proporção inferior aoverificado entre os estudantes brancos.6.6. Acesso ao ensi<strong>no</strong> superior(tabelas 6.18. e 6.19.)Nesta seção será analisado o acesso ao ensi<strong>no</strong> superior dapopulação desagregada pelos grupos de cor ou raça e sexo, aoTabela 6.18. Taxa bruta de escolaridade <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> superior(18 a 24 a<strong>no</strong>s) da população residente, segundo os grupos de cor ou raçaselecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 1988, 1998 e 2008(em % da população que frequentava o ensi<strong>no</strong> superior divididopela população de 18 a 24 a<strong>no</strong>s)HomensMulheresTotal1988 1998 2008Brancos 12,3 15,0 31,7Pretos & Pardos 3,1 3,2 13,0Total 8,2 9,4 21,6Brancas 12,4 18,4 39,9Pretas & Par<strong>das</strong> 4,1 5,0 20,0Total 8,9 12,3 29,6Brancos 12,4 16,8 35,8Pretos & Pardos 3,6 4,0 16,4Total 8,6 10,9 25,5Fonte: IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNota 2: <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de 1988 e 1998 não inclui a população residente nas áreas rurais da região Norte (excetoTocantins em 1998)Tabela 6.19. Taxa líquida de escolaridade <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> superior(18 a 24 a<strong>no</strong>s) da população residente, segundo os grupos de cor ou raçaselecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 1988, 1998 e 2008(em % da população de 18 a 24 a<strong>no</strong>s)HomensMulheresTotal1988 1998 2008Brancos 7,2 9,6 18,2Pretos & Pardos 1,6 1,7 6,2Total 4,8 5,9 11,8Brancas 8,1 12,2 22,7Pretas & Par<strong>das</strong> 2,0 2,4 9,2Total 5,6 7,8 15,7Brancos 7,7 10,9 20,5Pretos & Pardos 1,8 2,0 7,7Total 5,2 6,8 13,7Fonte: IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNota 2: <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de 1988 e 1998 não inclui a população residente nas áreas rurais da região Norte (excetoTocantins em 1998)Acesso ao sistema de ensi<strong>no</strong> e indicadores de proficiência 227
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