Gráfico 3.7. População residente do sexo femini<strong>no</strong> de 25 a<strong>no</strong>s de idade ou mais que realizou exame clínicode mamas através de médico ou enfermeiro de acordo com o tempo transcorrido desde o último exame,segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancas e pretas & par<strong>das</strong>), <strong>Brasil</strong>, 2008(em % da população feminina de 25 a<strong>no</strong>s ou mais que realizou exame clínico de mamas)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaTabela 3.15. População residente do sexo femini<strong>no</strong> acima de 40 a<strong>no</strong>s de idadeque nunca realizou mamografia de acordo com indicadores selecionados,e que já realizou mamografia de acordo com tempo transcorrido desde o últimoexame, segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancas e pretas &par<strong>das</strong>), <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % da população feminina acima de 40 a<strong>no</strong>s)BrancasPretas& Par<strong>das</strong>TotalNunca realizou mamografia 26,4 40,9 32,9Faixa de escolaridadeAté Fundamental completo 34,2 46,6 40,4Médio incompleto a superior incompleto 15,6 23,7 18,6Superior completo 8,7 17,1 10,6Grandes RegiõesNorte 42,2 56,1 52,6Nordeste 44,3 50,7 48,6Sudeste 18,8 27,9 22,1Sul 29,9 41,5 32,1Centro-Oeste 30,6 40,6 36,1Já realizou mamografia 73,6 59,1 67,1Última mamografia realizadaMe<strong>no</strong>s de um a<strong>no</strong> 54,7 48,5 52,2De um a dois a<strong>no</strong>s 23,8 25,8 24,6De dois a três a<strong>no</strong>s 7,9 9,3 8,5Três a<strong>no</strong>s ou mais 13,6 16,5 14,8Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS, microdados SINANTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radapeso de não realização dos preventivos foi de 8,3%, entre as brancas,e de 15,7%, entre as pretas & par<strong>das</strong>.Lido por outro ângulo, caso se venha a medir as assimetriasem termos de pontos percentuais, as distâncias proporcionais entreambos os grupos se ampliava à medida que também aumentavao grau de instrução <strong>das</strong> mulheres: até o fundamental completo,42,0%; até o superior incompleto, 64,8%; superior completo, 90,0%.No gráfico 3.7 são vistas as mulheres acima de 25 a<strong>no</strong>s quejá haviam feito o exame preventivo de mama de acordo como tempo do último exame.Mais uma vez percebe-se queas mulheres pretas & par<strong>das</strong>,comparativamente às brancas,apresentavam desvantagem<strong>no</strong> indicador. Isto porque seentre as brancas o percentualdo último exame realizado atéum a<strong>no</strong> foi de 57,9%, entre aspretas & par<strong>das</strong> este indicadorfoi de 51,3%. Alternativamente,enquanto o peso <strong>das</strong> que haviamfeito o exame de mama há maisde um a<strong>no</strong>, entre as brancas,foi de 42,1%, entre as pretas &par<strong>das</strong>, foi de 48,7%.3.3.b. Realização demamografia (tabela 3.15.)Segundo Marchi e col. (2006), existe expressa recomendação deque as mulheres realizem exame mamográfico anual a partir dos40 a<strong>no</strong>s de idade. No a<strong>no</strong> de 2008, em todo o país, de acordo com osuplemento da PNAD, 32,9% <strong>das</strong> mulheres desta faixa etária jamaishavia realizado exame mamográfico em suas vi<strong>das</strong>.Quando os indicadores acima são decompostos pelos gruposde cor ou raça, observa-se que, entre as mulheres brancas de 40a<strong>no</strong>s ou mais, 26,4% nunca haviam feito exame mamográfico.Ao se analisarem os indicadores <strong>das</strong> mulheres pretas & par<strong>das</strong>,observa-se que a proporção <strong>das</strong> que jamais haviam realizado examemamográfico era de 40,9%.Tal como havia sido visto para a taxa de não realização de examede mamas, na seção anterior, também <strong>no</strong> indicador de realizaçãode exame mamográfico o percentual de mulheres que nunca ohaviam realizado se reduzia à medida que se avançava <strong>no</strong>s níveisde escolaridade. Assim, em todo o país, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2008, 40,4% <strong>das</strong>que possuíam <strong>no</strong> máximo até o nível fundamental completo jamaishaviam realizado o exame, proporção que caía para 10,6% junto àsque tinham o ensi<strong>no</strong> superior completo.Ao se analisar o compor tamento do indicador entre os doisgrupos de cor ou raça, verifica-se que, tal como visto <strong>no</strong> parágrafoacima, este se reproduz tanto para as mulheres brancas comopara as pretas & par<strong>das</strong>. Todavia, em todos os grupamentos denível de instrução selecionados, estiveram presentes assimetriasde cor ou raça.Assim, entre as brancas com nível de instrução até o ensi<strong>no</strong>fundamental completo, a proporção <strong>das</strong> que jamais haviam realizadoo exame mamográfico foi de 34,2%. Entre as pretas & par<strong>das</strong> commesmo nível de instrução, esta proporção foi de 46,6%. Entre as quetinham como nível de instrução entre o ensi<strong>no</strong> médio incompleto eo superior incompleto, o percentual <strong>das</strong> que jamais haviam realizadoexame mamográfico foi de 15,6% entre as mulheres brancas e de23,7% entre as mulheres pretas & par<strong>das</strong>. Finalmente, entre as quetinham ensi<strong>no</strong> superior completo como nível de instrução, o pesorelativo <strong>das</strong> que jamais haviam realizado aquele exame foi de 8,7%entre as brancas e de 17,1% entre as pretas & par<strong>das</strong>.Quando o indicador acima é estudado <strong>no</strong> interior de cada uma<strong>das</strong> cinco grandes regiões geográficas brasileiras, observa-se que,94 <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>; <strong>2009</strong>-<strong>2010</strong>
em geral, nas regiões Norte e Nordeste os indicadores apresentadoseram piores, comparativamente às demais. Por outro lado, emto<strong>das</strong> as cinco grandes regiões também se faziam presentes asassimetrias de cor ou raça, com desvantagem para as pretas &par<strong>das</strong>. Assim, levando-se em consideração a proporção <strong>das</strong>mulheres com mais de 40 a<strong>no</strong>s que jamais haviam realizadoexame mamográfico em suas vi<strong>das</strong>: Norte: brancas, 42,2%, pretas& par<strong>das</strong>, 56,1%; Nordeste: brancas, 44,3%, pretas & par<strong>das</strong>, 50,7%;Sudeste: brancas, 18,8%, pretas & par<strong>das</strong>, 27,9%; Sul: brancas,29,9%, pretas & par<strong>das</strong>, 41,5%; Centro-Oeste: brancas, 30,6%,pretas & par<strong>das</strong>, 40,6%.Considerando-se apenas as mulheres acima de 40 a<strong>no</strong>s de idadeque haviam realizado mamografia alguma vez em suas vi<strong>das</strong>, emtodo o país, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2008, observa-se que 52,2% o realizaram háme<strong>no</strong>s de um a<strong>no</strong>, 24,6% entre 1 e 2 a<strong>no</strong>s; 8,5% entre 2 e 3 a<strong>no</strong>s; e14,8% há três a<strong>no</strong>s ou mais. As mulheres brancas que realizaramexame mamográfico há me<strong>no</strong>s de um a<strong>no</strong> corresponderam a54,7%. Este indicador, entre as pretas & par<strong>das</strong>, foi igual a 48,5%.As que tinham realizado exame daquela natureza entre 1 e 2 a<strong>no</strong>s:23,8%, <strong>das</strong> brancas e 25,8% <strong>das</strong>pretas & par<strong>das</strong>. Das mulheresbrancas, 7,9% tinham feito aúltima mamografia entre 2 e3 a<strong>no</strong>s, indicador que, entre aspretas & par<strong>das</strong>, correspondeuhá 9,3%. Já as que realizaram oexame mamográfico há mais detrês a<strong>no</strong>s: 13,6%, <strong>das</strong> brancas e16,5% <strong>das</strong> pretas & par<strong>das</strong>.Ou seja, proporcionalmenteàs brancas, além do maiorpercen tual de não realização,as mulheres pretas & par<strong>das</strong>também apresentavam maiortempo desde a realização doúltimo exame mamográfico.regiões geográficas brasileiras, observa-se mais uma vez que emto<strong>das</strong> estiveram presentes assimetrias de cor ou raça, donde asmulheres pretas & par<strong>das</strong>, comparativamente às brancas, se viamem desvantagem. Assim, na região Norte, a taxa de não realizaçãodo exame de Papanicolau foi de 14,1% entre as brancas e de17,7% entre as pretas & par<strong>das</strong>. No Nordeste, o mesmo indicadoralcançou 21,0% entre as brancas e 22,3% entre as pretas & par<strong>das</strong>.Neste último caso, o traço de ironia é que a assimetria de corou raça, <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> inter-regional, era me<strong>no</strong>r justamente onde osindicadores eram piores.Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, as taxas de não realizaçãodo exame preventivo para colo de útero eram me<strong>no</strong>res doque as verifica<strong>das</strong> nas regiões Norte e Nordeste. No que tange aosindicadores dos grupos de cor ou raça: Sudeste: brancas, 11,2%,pretas & par<strong>das</strong>, 14,2%. Sul: brancas, 12,5%, pretas & par<strong>das</strong>, 17,8%.Centro-Oeste: brancas, 13,5%, pretas & par<strong>das</strong>, 16,8%.Ao se analisar a taxa de não realização do exame de Papanicolauentre as mulheres, de acordo com seus respectivosníveis de instrução, observou-se a repetição do movimento geralGráfico 3.8. População residente do sexo femini<strong>no</strong> de 25 a<strong>no</strong>s de idade ou mais que nunca realizou exame clínico preventivopara câncer de colo de útero, segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancas e pretas & par<strong>das</strong>), <strong>Brasil</strong> e grandesregiões, 2008 (em % da população feminina de 25 a<strong>no</strong>s de idade ou mais)3.3.c. Exames preventivosde colo de útero(gráficos 3.8., 3.9. e 3.10.)No a<strong>no</strong> de 2008, em todoo país, 15,5% <strong>das</strong> mulheresde 25 a<strong>no</strong>s de idade ou maisnunca haviam realizado examepreventivo para detecção decâncer de colo de útero: o examede Papanicolau, que detecta oPapiloma Vírus Huma<strong>no</strong> (HPV),responsável pelo agravo. Entreas mulheres brancas, estepercentual foi de 13,2%. Já entreas mulheres pretas & par<strong>das</strong>, ataxa de não realização do examede Papanicolau foi de 18,1%.Ao se analisar ocomportamento daqueleindicador dentro <strong>das</strong> cincoFonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaGráfico 3.9. População residente do sexo femini<strong>no</strong> de 25 a<strong>no</strong>s de idade ou mais que nunca realizou exame clínico preventivopara câncer de colo de útero de acordo com faixas escolhi<strong>das</strong> de escolaridade, segundo os grupos de cor ou raça selecionados(brancas e pretas & par<strong>das</strong>), <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % da população feminina de 25 a<strong>no</strong>s de idade ou mais)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaSaúde sexual e reprodutiva 95
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