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Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

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mais vitimada por acidentes de transporte do que a população preta& parda. Contudo, esta diferença vem caindo.Entre os a<strong>no</strong>s de 2001 e 2007, a razão de mortalidade por 100mil habitantes por acidentes de transporte cresceu 13,3%, entreos homens brancos, e 27,0% entre os homens pretos & pardos. Nocontingente femini<strong>no</strong>, o mesmo indicador evoluiu positivamente14,2%, entre as brancas, e 26,5% entre as pretas & par<strong>das</strong>. Portanto,ocorreu um encurtamento <strong>das</strong> distâncias entre um e outro grupo<strong>no</strong> período. Assim, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2001, a diferença proporcional entre asrazões de mortalidade da população branca, por um lado, e preta &parda, por outro, era de 30,0%, na população masculina, e de 56,6%na população feminina. No a<strong>no</strong> de 2007, as diferenças haviam caídopara 15,9%, na população masculina, e 41,4% na população feminina.Os motivos que levaram a este movimento tanto podemser derivados do aumento da exposição dos pretos & pardosaos acidentes de trânsito (não se devendo descartar a hipóteseda popularização dos automóveis individuais e do aumento naproporção de carros por habitante), como também pode serentendido como resultante da redução relativa dos registros deóbitos com cor ou raça ig<strong>no</strong>rada neste tipo de vetor. Assim, o pesodestes registros <strong>no</strong> total de declarações de óbito por acidentes detrânsito caiu de 8,7%, em 2001, para 4,7% em 2007.A maior exposição dapopulação masculina ao acidentede trânsito, comparativamenteà feminina, também semanifesta quando se estudamos indicadores de atropelamento.Assim, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2007, ao passoque a razão de mortalidadepor 100 mil habitantes poratropelamento era de 8,1 entreos homens, <strong>no</strong> caso <strong>das</strong> mulhereso indicador era igual a 2,3.Contudo, na comparaçãoentre os grupos do sexomasculi<strong>no</strong> de cor ou raça brancae preta & parda, verificou-seque este último contingenteera mais exposto aos óbitos poratropelamentos. Tal diferençaesteve presente durante todo olapso 2001-2007. Assim, medidoem termos proporcionais, arazão de mortalidade de homensbrancos por atropelamento foi8,9% inferior à dos homenspretos & pardos em 2001. Em2007, este mesmo indicador, entreos homens brancos, havia sido13,1% inferior ao dos homenspretos & pardos.No contingente femini<strong>no</strong>, talcomportamento não se repetia.Assim, em todo o período 2001-2007, as razões de mortalidade<strong>das</strong> mulheres brancas poratropelamento se apresentaram superiores às razões de mortalidade<strong>das</strong> mulheres pretas & par<strong>das</strong>.7.2.c. Mortalidade por suicídios (tabela 7.4.)No a<strong>no</strong> de 2007, pouco mais de <strong>no</strong>ve mil pessoas vieram afalecer por suicídios e sequelas de suicídio. Deste contingente, 78,6%eram do sexo masculi<strong>no</strong> e 21,4%, do sexo femini<strong>no</strong>. Do ponto devista da distribuição deste tipo de evento entre os grupos de cor ouraça, 52,0% foram perpetrados por indivíduos brancos e 42,1% porindivíduos pretos & pardos. Os demais 5,8% eram formados porindivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>rada.No que tange ao período da vida em que os suicídios foramcometidos, os pretos & pardos formavam a maioria dos casos nasfaixas etárias mais jovens: até 14 a<strong>no</strong>s (50,8%); entre 15 e 17 (53,2%);entre 18 a 24 (50,9%). Na faixa de idade dos 25 aos 40 a<strong>no</strong>s, o pesorelativo dos pretos & pardos <strong>no</strong> contingente que se suicidou foi de47,5%, ao passo que o dos brancos foi de 46,6%. Este último grupocorrespondia à maioria dos casos de suicídios nas populações deidade madura e avançada: 41 a 59 a<strong>no</strong>s (59,1%) e 60 a<strong>no</strong>s ou mais(64,8%).Tabela 7.2. População residente com Declaração de Óbito por acidente de transporte,segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 2001-2007(em número de Declarações de Óbito por 100 mil habitantes)BrancosHomens Mulheres Ambos os sexosPretos &PardosTotalBrancasPretas &Par<strong>das</strong>TotalBrancosPretos &Pardos2001 31,3 24,0 30,5 7,1 4,5 6,5 18,6 14,2 18,22002 32,3 26,5 32,1 7,2 5,4 6,9 19,2 15,9 19,22003 33,0 25,8 31,8 7,7 5,1 7,0 19,7 15,5 19,12004 34,3 26,8 32,9 7,8 5,3 7,1 20,4 16,0 19,72005 34,7 28,3 33,3 8,2 5,4 7,2 20,8 16,8 19,92006 34,7 28,7 33,4 8,1 5,6 7,2 20,8 17,1 20,02007 35,4 30,5 34,4 8,1 5,7 7,2 21,1 18,2 20,5Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS, microdados SIM; IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaTabela 7.3. População residente com Declaração de Óbito por atropelamento,segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 2001-2007(em número de Declarações de Óbito por 100 mil habitantes)BrancosHomens Mulheres Ambos os sexosPretos &PardosTotalBrancasPretas &Par<strong>das</strong>TotalBrancosPretos &Pardos2001 8,0 8,8 9,2 2,2 2,1 2,4 5,0 5,4 5,72002 7,5 9,2 9,1 2,3 2,4 2,5 4,8 5,8 5,72003 7,8 8,7 9,0 2,5 2,2 2,6 5,0 5,4 5,72004 7,8 8,4 8,8 2,5 2,1 2,5 5,0 5,3 5,62005 7,6 8,7 8,8 2,7 2,2 2,6 5,0 5,4 5,62006 7,5 8,4 8,4 2,5 2,2 2,5 4,9 5,3 5,42007 7,1 8,1 8,1 2,5 2,1 2,3 4,6 5,1 5,1Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS, microdados SIM; IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaTotalTotal252 <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>; <strong>2009</strong>-<strong>2010</strong>

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