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Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

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Box 4.2. Índice de Massa Corporal (IMC) dos grupos de cor ou raça segundo os indicadoresda POF, 2002-2003 (quadro 4.1.box.; gráfico 4.1.box.; tabelas 4.2.box. e 4.3.box.)O estudo <strong>das</strong> formas graves de carências materiais <strong>no</strong> interior de uma dadapopulação é realizado por meio de estimativa direta quando envolve olevantamento do perfil antropométrico de seus indivíduos. Tal método sechama Índice de Massa Corporal (IMC). O IMC é obtido pela seguinte fórmula:IMC = peso / (altura)2Os intervalos antropométricos que definem as faixas de compatibilidadeentre peso e altura, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são osque seguem abaixo:Portanto, para a OMS, um IMC abaixo de 18,5 kg/m2 caracteriza umapessoa com o peso abaixo do esperado. Já o IMC acima de 25 kg/m2 identificaQuadro 4.1.box. Índice de Massa Corporal (IMC) em adultos,parâmetros de definiçãoAbaixo do pesoNo peso <strong>no</strong>rmalAcima do pesoObesoFonte: OMSCondiçãoIMC em adultosAbaixo de 18,5 kg/m2Entre 18,6 e 24,9 kg/m2Entre 25 e 29,0 kg/m2Acima de 30 kg/m2Gráfico 4.1.box. População residente com idade superior a 24 a<strong>no</strong>s de acordo com o nível de adequação aoÍndice de Massa Corporal, segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos)e sexo, <strong>Brasil</strong>, 2002-2003 (em % da população acima de 24 a<strong>no</strong>s)Fonte: IBGE, microdados POFTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>.Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaTabela 4.2.box. Estimativa do nível de suficiência da quantidade de alimentos consumidos <strong>no</strong>sdomicílios, segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos)da pessoa de referência, <strong>Brasil</strong>, 2002-2003 (em % dos domicílios)É sempre suficienteNormalmente não ésuficienteum indivíduo acima do peso ideal. Quando esse indicador excede 30 kg/m2, apessoa é considerada obesa.Ainda de acordo com a OMS, quando se consideram os padrõesantropométricos de toda a população, são considerados os seguintes intervalospara se compreender as condições de saúde nutricional: i) déficit energéticoleve: quando de 5% a 9% da população adulta está abaixo do peso; ii) déficitenergético moderado: quando de 10% a 19% da população está abaixo do peso;iii) déficit energético alto: quando de 20% a 39% da população está abaixo dopeso; e iv) déficit energético muito alto: quando mais de 40% da população estáabaixo do peso. Finalmente, espera-se que uma população apresente de 3% a5% de seu contingente abaixo do peso, tendo em vista a existência de indivíduosnaturalmente magros.A Pesquisa dos Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto<strong>Brasil</strong>eiro de Geografia e Estatística (IBGE) <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de 2002-2003, fez estelevantamento junto à população residente <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, incluindo sua desagregaçãopor cor ou raça e sexo.Em 2002-2003, 70,5% da população do sexo masculi<strong>no</strong> e 69,8%, do sexofemini<strong>no</strong> encontravam-se com o peso esperado. No contingente masculi<strong>no</strong>, osque estavam abaixo do peso totalizavam 7,4% e os acima do peso, 22,2%. Já<strong>no</strong> contingente femini<strong>no</strong>, o percentual <strong>das</strong> abaixo do peso era de 6,7%, e <strong>das</strong>acima do peso, de 23,5%.De acordo com os dados da POF, não havia diferenças significativas entreos grupos de cor ou raça em termos da prevalência do IMC abaixo do peso.Entre os homens brancos, o IMCÀs vezes não ésuficienteNão respondidoBrancos 62,5 10,0 27,2 0,3Pretos & Pardos 42,3 18,2 39,3 0,3Total 53,1 13,8 32,8 0,3Fonte: IBGE, microdados POFTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaabaixo do peso correspondia a6,8% da população e, entre ospretos & pardos, a 7,6%. No caso<strong>das</strong> mulheres brancas e pretas &par<strong>das</strong>, o peso relativo <strong>das</strong> que seencontravam com IMC abaixo dopeso era praticamente idêntico:respectivamente, 6,6% e 6,7%.Quanto à população acima do peso,<strong>no</strong> caso dos homens, o problemaincidia com mais intensidade entreos brancos (25,9%) do que entreos pretos & pardos (18,4%). Já <strong>no</strong>caso <strong>das</strong> mulheres acima do peso,o percentual de brancas (24,3%)e o <strong>das</strong> pretas & par<strong>das</strong> (22,6%)era, mais uma vez, razoavelmentesemelhante.Apesar do IMC, medidopela POF ter apresentado umaproximidade dos indicadoresantropométricos entre brancose pretos & pardos de ambosos sexos, vale salientar que talsemelhança não se repetiu quandoa mesma pesquisa indagou sobre aquantidade e a qualidade do acessoaos alimentos.Assim, <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de 2002-2003, entre os domicíliosbrasileiros que tinham porpessoa de referência indivíduosAssistência social e segurança alimentar e nutricional 131

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