13.07.2015 Views

Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

motivos de saúde. As desigualdades de cor ou raça <strong>no</strong> indicadorforam pequenas: brancos, 8,1%; pretos & pardos, 8,6%.O percentual dos que estiveram acamados nas duas últimassemanas também não foi muito expressivo, tendo acometido3,8% dos brasileiros. Decompostas pelos grupos de cor ou raça, asdesigualdades também não foram pronuncia<strong>das</strong>: brancos, 3,6%,pretos & pardos, 4,0%.2.1.b. Prevalência de doençascrônicas (tabelas 2.1. e 2.2.)De acordo com o suplemento de acesso aos serviços de saúdeda PNAD 2008, na população masculina, a principal doença crônicaenfrentada (entre as 11 alternativas de respostas apresenta<strong>das</strong> aosentrevistados) foi o problema de coluna ou nas costas, com 11,4%.Logo em seguida vinha a hipertensão, com 11,3%. Já na populaçãofeminina, o principal problema relatado era a hipertensão, com16,5%, vindo em segundo lugar o problema de coluna ou nascostas, com 15,4%.Quando decompostos pelos grupos de cor ou raça e sexo,verifica-se que os distintos contingentes apresentavam indicadoresTabela 2.1. População residente que na semana de referência apresentou declaração positiva de estar acometidapor doenças crônicas especificamente indaga<strong>das</strong>, segundo os grupos de cor ou raça selecionados(brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % da população)HomensBrancosHomensPretos & PardosHomensMulheresBrancasque espelhavam os dados da população <strong>no</strong> seu conjunto. Na verdade,chama a atenção que, com exceção da tuberculose (a este respeito,ver tabelas 2.5 e 2.6 e box 2.1) e da cirrose para ambos os sexos eda artrite ou reumatismo para a população masculina, em to<strong>das</strong>as demais doenças crônicas a população branca, em comparação àpreta & parda, era acometida de forma mais acentuada, sendo estainformação verdadeira para ambos os grupos de sexo.Talvez, a resposta para o comportamento, de certa formasurpreendente, deste indicador possa residir <strong>no</strong> modo comoa pergunta foi feita aos entrevistados. Assim, de acordo com oIBGE, “para o registro de existência de doença crônica, a perguntaexplicitou a necessidade de um diagnóstico prévio” (BRASIL...,2005, acesso e utilização de serviços de saúde). Ou seja, nestecaso, não se poderia deixar de inferir que a resposta poderia estarassociada não apenas à presença da morbidade em si mesma,mas também com a capacidade de cada indivíduo em acessar osistema de saúde. Esta questão voltará a ser vista mais adiante,ainda neste capítulo.Na tabela 2.2 podem ser vistos os indicadores sobre a incidênciade doenças crônicas junto à população de forma desagregada, porgrupos etários selecionados e por número de morbidade.Em geral, <strong>no</strong> somatório deMulheresPretas & Par<strong>das</strong>MulheresProblema de coluna ou costas 11,6 11,1 11,4 16,4 14,5 15,4Artrite ou reumatismo 3,5 3,5 3,5 8,1 7,3 7,7Câncer 0,7 0,3 0,5 0,8 0,4 0,6Diabetes 3,5 2,6 3,1 4,4 3,7 4,1Bronquite ou asma 5,2 4,4 4,8 5,3 5,0 5,2Hipertensão 12,3 10,3 11,3 16,6 16,3 16,5Doença do Coração 3,9 3,0 3,4 4,9 4,1 4,5Insuficiência Renal Crônica 1,2 1,1 1,1 1,4 1,3 1,4Depressão 2,8 1,8 2,2 7,1 4,8 5,9Tuberculose 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1Tendinite ou te<strong>no</strong>ssi<strong>no</strong>vite 1,8 1,1 1,4 4,7 2,8 3,8Cirrose 0,2 0,2 0,2 0,1 0,1 0,1Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaTabela 2.2. População residente que na semana de referência apresentou declaração positiva de estar acometida por doençascrônicas especificamente indaga<strong>das</strong>, agrupa<strong>das</strong> por número de causas, de acordo com faixas etárias escolhi<strong>das</strong>, segundo osgrupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % da população)Homens BrancosHomens Pretos & PardosTo<strong>das</strong> as idadesEntre25 e 59 a<strong>no</strong>sAcima de60 a<strong>no</strong>sTo<strong>das</strong> as idadesEntre25 e 59 a<strong>no</strong>sAcima de60 a<strong>no</strong>sUma doença crônica 18,4 22,6 30,5 16,6 21,6 30,9Duas doenças crônicas 6,5 7,9 22,1 5,4 7,4 20,9Três ou mais doenças crônicas 4,3 4,1 19,8 3,4 3,7 19,3Ao me<strong>no</strong>s uma doença crônica 29,2 34,6 72,4 25,3 32,7 71,2Mulheres BrancasMulheres Pretas & Par<strong>das</strong>To<strong>das</strong> as idadesEntre25 e 59 a<strong>no</strong>sAcima de60 a<strong>no</strong>sTo<strong>das</strong> as idadesEntre25 e 59 a<strong>no</strong>sAcima de60 a<strong>no</strong>sUma doença crônica 19,0 23,8 25,7 18,6 24,9 27,3Duas doenças crônicas 8,9 10,9 23,0 7,9 10,7 24,4Três ou mais doenças crônicas 8,8 8,3 33,2 7,1 8,4 30,2Ao me<strong>no</strong>s uma doença crônica 36,7 43,1 81,8 33,6 44,0 81,9Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>to<strong>das</strong> as idades, as pessoas brancaseram acometi<strong>das</strong> por doençascrônicas com maior intensidadeque as pessoas pretas & par<strong>das</strong>,embora as distâncias não fossempronuncia<strong>das</strong>. Todavia, como jáseria de se esperar, o número dedoenças crônicas aumentava àmedida que se passava para asfaixas de idade mais avança<strong>das</strong>,sendo tal informação válida paraambos os grupos de cor ou raça.No caso da população masculinaadulta e idosa, quase sempre osbrancos apresentavam maiorpercentual de doenças crônicasque os pretos & pardos. Já <strong>no</strong> casoda população feminina adultae idosa, as pretas & par<strong>das</strong> emgeral apresentavam maior pesorelativo de doenças crônicascomparativamente às brancas.Na faixa de idade superioraos 60 a<strong>no</strong>s de idade, 81,8%<strong>das</strong> mulheres brancas e 81,9%<strong>das</strong> mulheres pretas & par<strong>das</strong>declararam apresentar ao me<strong>no</strong>sum tipo de doença crônica <strong>das</strong>que foram indaga<strong>das</strong> pelo IBGEna PNAD 2008. Entre os homensda mesma faixa de idade, estepercentual foi de 72,4% entre osbrancos e de 71,2% entre os pretos& pardos. Desse modo, chama aatenção a disparidade de gêneroencontrada <strong>no</strong> indicador.40 <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>; <strong>2009</strong>-<strong>2010</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!