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Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

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Tabela 6.11. A<strong>no</strong>s médios de estudo da população residente por faixas etárias seleciona<strong>das</strong>, segundo os grupos de cor ou raça selecionados(brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 1988, 1998 e 2008 (em a<strong>no</strong>s de estudo)1988 1998 200815+ 25+ 40+ 65+ 15+ 25+ 40+ 65+ 15+ 25+ 40+ 65+Homens 5,2 5,0 4,0 2,8 6,8 6,6 5,8 3,8 8,2 7,9 7,1 5,0BrancosMulheres 5,2 4,7 3,6 2,4 6,8 6,5 5,3 3,4 8,3 8,0 6,9 4,3Total 5,2 4,9 3,8 2,6 6,8 6,5 5,6 3,6 8,3 8,0 7,0 4,6Homens 3,5 3,1 2,2 1,0 4,5 4,2 3,3 1,6 6,3 5,8 4,8 2,6Pretos & PardosMulheres 3,6 3,1 1,9 0,8 4,9 4,3 3,1 1,3 6,7 6,2 4,9 2,3Total 3,6 3,1 2,0 0,9 4,7 4,3 3,2 1,4 6,5 6,0 4,9 2,4Homens 4,5 4,2 3,3 2,1 5,8 5,6 4,8 3,0 7,2 6,9 6,0 3,9TotalMulheres 4,5 4,1 3,0 1,8 6,0 5,6 4,5 2,6 7,5 7,1 6,0 3,5Total 4,5 4,2 3,1 2,0 5,9 5,6 4,6 2,8 7,4 7,0 6,0 3,7Fonte: IBGE, microdados PNADTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNota 2: <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de 1988 e 1998 não inclui a população residente nas áreas rurais da região Norte (exceto Tocantins em 1998)No a<strong>no</strong> de 1998, em termos <strong>das</strong> médias dos a<strong>no</strong>s de estudos,os homens brancos seguiam empatando com as mulheres brancasna faixa dos 15 a<strong>no</strong>s de idade ou mais, mas também encontravamsecom médias de escolaridade superiores nas demais faixas deidade. Já <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2008, as mulheres brancas passaram à frentedos homens brancos <strong>no</strong>s intervalos dos 15 a<strong>no</strong>s de idade ou maise dos 25 a<strong>no</strong>s de idade ou mais. Assim, neste último a<strong>no</strong>, somentenas faixas de idade mais avança<strong>das</strong> (40 a<strong>no</strong>s ou mais e 65 a<strong>no</strong>s oumais) as médias de escolaridade dos homens brancos permaneciamsuperiores às do outro grupo de gênero.No caso dos pretos & pardos, desde o a<strong>no</strong> de 1998, as mulheres jáhaviam superado as médias de escolaridade dos homens nas faixasdos 15 a<strong>no</strong>s ou mais e dos 25 a<strong>no</strong>s ou mais. Naquele mesmo a<strong>no</strong>, ospretos & pardos do sexo masculi<strong>no</strong> somente superavam em a<strong>no</strong>sde estudos as mulheres do mesmo grupo de cor ou raça quando seconsideravam as faixas de idade mais avança<strong>das</strong> (40 a<strong>no</strong>s ou maise 65 a<strong>no</strong>s ou mais). Finalmente, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2008, os pretos & pardosdo sexo masculi<strong>no</strong> foram ultrapassados, em termos <strong>das</strong> médias dea<strong>no</strong>s de estudo, pelas mulheres do mesmo grupo de cor ou raçanas faixas de idade dos 15 a<strong>no</strong>s ou mais, 25 a<strong>no</strong>s ou mais e dos 40a<strong>no</strong>s ou mais, todavia ainda ficando em vantagem na faixa dos 65a<strong>no</strong>s de idade ou mais.Ou seja, desses indicadores podem ser depreendidosimportantes transformações ocorri<strong>das</strong> <strong>no</strong> interior da sociedadebrasileira <strong>no</strong> período, especialmente em termos <strong>das</strong> relações entregêneros. Assim, as mulheres caminharam de forma mais decididapara a ampliação de sua escolaridade, comparativamente aoshomens. E tal fato não pode ser dissociado de aspectos correlatoscomo a queda da fecundidade (tal como tratado <strong>no</strong> capítulo 3),<strong>das</strong> correlatas transformações na família e acesso ao mercadode trabalho. Vale dizer que este cenário se passou dentro de cadagrupo de cor ou raça.Todavia, mesmo este movimento recente não alterou o sentidogeral <strong>das</strong> assimetrias de cor ou raça tradicionalmente verifica<strong>das</strong>naquele indicador. Ou seja, ao passo que, entre os grupos de sexo,ocorreu um momento de igualação e posterior superação damédia de a<strong>no</strong>s de estudos <strong>das</strong> mulheres em relação aos homens,quando se analisam as desigualdades de cor ou raça <strong>no</strong> mesmoindicador, observa-se que <strong>no</strong> lapso 1988-2008 aquelas forammesmo amplia<strong>das</strong>.Por isso, apesar da evolução positiva recente na escolaridade<strong>das</strong> mulheres pretas & par<strong>das</strong>, que as fez gozar de situação maisfavorável do que os homens do mesmo grupo de cor ou raça, o fatoé que, em nenhum dos três a<strong>no</strong>s da série analisada e em nenhumdos intervalos de idade que vieram sendo refletidos, os homensbrancos deixaram de manter a mesma distância em relação nãosomente aos homens pretos & pardos, mas também em relação àsmulheres pretas & par<strong>das</strong>.Assim, <strong>no</strong> período 1988-2008, a diferença entre a escolaridademédia dos homens brancos e a <strong>das</strong> mulheres pretas & par<strong>das</strong>passou de 1,6 para 1,5 a<strong>no</strong> entre as pessoas com 15 a<strong>no</strong>s de idadeou mais. Entre as pessoas com mais de 25 a<strong>no</strong>s, a diferençapassou de 1,9 para 1,8 a<strong>no</strong>. Entre os que tinham mais de 40 a<strong>no</strong>s,a diferença cresceu ligeiramente, de 2,1 para 2,2 a<strong>no</strong>s. E na faixade idade dos 65 a<strong>no</strong>s de idade ou mais, os homens brancos, quetinham dois a<strong>no</strong>s de estudos a mais do que as mulheres pretas &par<strong>das</strong> em 1988, ampliaram esta diferença para 2,7 a<strong>no</strong>s em 2008.Já na comparação dos a<strong>no</strong>s de estudos <strong>das</strong> mulheres brancascom os homens pretos & pardos <strong>no</strong> mesmo intervalo 1988-2008, asdiferenças, sempre favoráveis às primeiras, se elevaram de 1,6 para2,0 a<strong>no</strong>s de estudo, <strong>no</strong> contingente de 15 a<strong>no</strong>s ou mais; de 1,6 para2,1, <strong>no</strong> grupo de 25 a<strong>no</strong>s ou mais; de 1,4 para 2,1, <strong>no</strong> contingente de40 a<strong>no</strong>s ou mais; e de 1,4 para 1,8 a<strong>no</strong>s de estudos, <strong>no</strong> grupo de 65a<strong>no</strong>s de idade ou mais.218 <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>; <strong>2009</strong>-<strong>2010</strong>

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