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Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

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3.2.b. Segurança à saúde <strong>no</strong> ato sexual ereprodutivo (tabelas 3.3., 3.4. e 3.5.; gráfico 3.4.)Ao longo do período entre 1996 e 2006, ocorreu a elevação naproporção de mulheres em idade fértil (15 a 49 a<strong>no</strong>s de idade) quedeclararam ter usado preservativo na última relação: de 10,9% para27,1%. Todavia, esta evolução não deve ocultar que, mesmo <strong>no</strong> últimolevantamento, a mi<strong>no</strong>ria havia tido relações sexuais de forma segura.Quando o indicador de uso de preservativo na última relaçãosexual por parte <strong>das</strong> mulheres é desagregado pelos grupos de cor ouraça, observa-se um movimento de sensível redução nas assimetriaspresentes <strong>no</strong> indicador.Assim, entre as mulheres de 15 a 24 a<strong>no</strong>s que haviam usadopreservativo na última relação em 1996, as diferenças entre asbrancas, de um lado, e as pretas & par<strong>das</strong>, de outro, haviam sidode 7,1 pontos percentuais favoráveis às primeiras. Dez a<strong>no</strong>s depois,em um contexto de elevação da proporção do uso de preservativona última relação por parte de ambos os grupos, as diferençashaviam se invertido ligeiramente a favor <strong>das</strong> pretas & par<strong>das</strong>, em0,8 ponto percentual.Na população entre 25 e 49 a<strong>no</strong>s também ocorreram significativaselevações na proporção <strong>das</strong> que fizeram uso de preservativona última relação. Assim, tanto entre as mulheres brancas comoentre as mulheres pretas & par<strong>das</strong>, os indicadores mais queduplicaram. Porém, nesta faixa, as distâncias relativas, apesarde pequenas, se mantiveram favoráveis às brancas em 1,8 pontopercentual em 1996 e em 2,0 pontos percentuais em 2006.No somatório <strong>das</strong> mulheres em idade fértil, como seria deesperar tendo em vista o comportamento <strong>das</strong> faixas de idade emespecífico, o uso do preservativo na última relação sexual tambémcresceu significativamente para ambos os grupos de cor ou raça.De qualquer modo, contrariando uma avaliação excessivamenteotimista, o fato é que naquele último a<strong>no</strong>, 73,0% <strong>das</strong> brancas e 73,5%Tabela 3.3. População residente do sexo femini<strong>no</strong> entre 15 e 49 a<strong>no</strong>s de idade sexualmente ativa com declaração positivasobre uso de preservativo / camisinha na última relação sexual, segundo os grupos de cor ou raça selecionados(brancas e pretas & par<strong>das</strong>) e idade, <strong>Brasil</strong>, 1996 e 2006 (em % da população feminina entre 15 e 49 a<strong>no</strong>s sexualmente ativa)15 a 24 a<strong>no</strong>s 25 a 49 a<strong>no</strong>s 15 a 49 a<strong>no</strong>s1996 2006 1996 2006 1996 2006Brancas 22,1 39,5 10,0 23,1 12,5 27,0Pretas & Par<strong>das</strong> 15,0 40,4 8,1 21,1 9,7 26,5Total 17,9 40,6 8,9 22,2 10,9 27,1Fonte: Ministério da Saúde / Centro <strong>Brasil</strong>eiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), microdados PNDSTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaTabela 3.4. População residente do sexo femini<strong>no</strong> entre 15 e 49 a<strong>no</strong>s de idade sexualmente ativa de acordo com a práticade uso de preservativo / camisinha nas relações sexuais <strong>no</strong>s últimos 12 meses, segundo os grupos de cor ou raça selecionados(brancas e pretas & par<strong>das</strong>) e idade, <strong>Brasil</strong>, 2006 (em % da população feminina entre 15 e 49 a<strong>no</strong>s sexualmente ativa)Sempre15 a 24 a<strong>no</strong>s 25 a 49 a<strong>no</strong>s 15 a 49 a<strong>no</strong>sDe vez emquandoNuncaSempreDe vez emquandoNunca<strong>das</strong> pretas & par<strong>das</strong> não haviam utilizado preservativo na últimarelação sexual. No que tange às assimetrias de cor ou raça, emque pese o dado <strong>das</strong> brancas ter permanecido maior, as distânciasse reduziram de 2,7 pontos percentuais em 1996 para 0,5 pontopercentual em 2006.Apesar daquele movimento positivo do indicador de uso depreservativo na última relação sexual, tanto em termos da proporçãode mulheres que o fizeram como em termos <strong>das</strong> distâncias entreos grupos de cor ou raça, ainda assim, quando aquele indicadoré desdobrado para os hábitos dos últimos 12 meses, a realidadeapresenta-se me<strong>no</strong>s favorável.Na tabela 3.4, vê-se como se distribui a população femininasexualmente ativa segundo o hábito de uso de preservativo <strong>no</strong>último a<strong>no</strong>. Como esta pergunta foi feita apenas na PNDS do a<strong>no</strong>de 2006, não será possível construir uma série. Não obstante, emtodo o <strong>Brasil</strong>, tomando por referência as relações sexuais ti<strong>das</strong> <strong>no</strong>súltimos 12 meses, 18,9% <strong>das</strong> mulheres haviam usado preservativoem to<strong>das</strong> as relações que tiveram, 24,3% de vez em quando e 56,8%não o fizeram em nenhuma relação.Quando se analisa o comportamento do indicador de formadesagregada pelos grupos de cor ou raça, verifica-se que entreas brancas o percentual <strong>das</strong> que usaram preservativo em to<strong>das</strong>as relações foi de 20,0%, 2,6 pontos percentuais superior aomesmo indicador entre as pretas & par<strong>das</strong>. No outro extremo,ou seja, <strong>das</strong> que nunca usaram preservativo em suas relações,o indicador correspondeu a 58,5% entre as pretas & par<strong>das</strong> e a55,9% entre as brancas (2,4 pontos percentuais inferior nesteúltimo caso).Os maiores percentuais de uso de preservativo se deramna faixa etária mais jovem, entre 15 e 24 a<strong>no</strong>s: 30,2% entreas brancas e 26,5% entre as pretas & par<strong>das</strong>. Já os maiorespercentuais <strong>das</strong> que nunca usaram preservativo se encontravamna faixa de idade mais elevada: 62,7% entre as brancas e 66,8%entre as pretas & par<strong>das</strong>. NoSempreDe vez emquandoBrancas 30,2 35,6 34,3 16,8 20,6 62,7 20,0 24,2 55,9Pretas & Par<strong>das</strong> 26,5 37,0 36,5 13,8 19,4 66,8 17,4 24,4 58,3Total 28,6 36,4 35,0 15,4 19,9 64,7 18,9 24,3 56,8Fonte: Ministério da Saúde / Centro <strong>Brasil</strong>eiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), microdados PNDSTabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNuncaque tange às assimetrias de corou raça em termos da práticaregular do uso de preservativos,embora não tenham sido muitopronuncia<strong>das</strong>, as mesmas estiverampresentes em to<strong>das</strong>as faixas de idade que foramanalisa<strong>das</strong>.Os motivos que levaram aonão uso dos preservativos nasrelações sexuais encontram-sena tabela 3.5. Em todo o país,<strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2006, a respostamais frequente (fora o uso deoutro método) era a confiança<strong>no</strong> próprio parceiro, 31,2%entre as mulheres de 15 a 49a<strong>no</strong>s. De qualquer maneira,este indicador revela queas mulheres brancas (37,3%)tendiam a confiar mais <strong>no</strong>s seusparceiros do que as pretas &par<strong>das</strong> (26,9%).Saúde sexual e reprodutiva 85

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