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Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

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3.3. Exames ginecológicos preventivosNa presente seção serão comentados os indicadores contidos<strong>no</strong> suplemento da PNAD 2008 sobre acesso e utilização de serviçosde saúde, sobre a realização de exames ginecológicos preventivosjunto à população do sexo femini<strong>no</strong>. Assim, obedecendo ao roteirode entrevistas daquele levantamento, serão analisados os indicadoresde realização de exames preventivos de mama, mamografia e colode útero. Ao final da seção, serão vistos os indicadores do Sistemade Informações sobre Mortalidade (SIM) acerca da mortalidadepor câncer de mama e de útero, numa tentativa de diálogo entreambas as bases.3.3.a. Exame preventivo de mamas(gráficos 3.5., 3.6., 3.7.)No a<strong>no</strong> de 2008, em todo o <strong>Brasil</strong>, 29,8% <strong>das</strong> mulheres acima de25 a<strong>no</strong>s de idade nunca haviam feito um exame clínico de mamasao longo de sua vida. Quando se observa o indicador desagregadopelos grupos de cor ou raça, verifica-se que, entre as mulheresbrancas, aquele percentualera de 22,9% e o <strong>das</strong> mulherespretas & par<strong>das</strong>, de 37,5%, ouseja, proporcionalmente, 63,9%superior o deste último grupoem relação ao primeiro.Ao se analisar aquele indicadordentro <strong>das</strong> grandesregiões geográficas do país, foiobservado que as assimetrias decor ou raça, desfavoravelmenteàs pretas & par<strong>das</strong>, estiverampresentes em to<strong>das</strong> cinco.Assim, na região Norte, 40,8%<strong>das</strong> brancas e 51,6% <strong>das</strong> pretas& par<strong>das</strong> jamais haviam feito oexame. Na região Nordeste, 40,5%<strong>das</strong> brancas e 47,3% <strong>das</strong> pretas &par<strong>das</strong> igualmente jamais haviamrealizado exames de mama aolongo de suas vi<strong>das</strong>.Nas regiões Sul, Sudeste eCentro-Oeste, os indicadoresmelho ravam, mas ainda assimas assimetrias <strong>no</strong> percentual <strong>das</strong>que nunca haviam feito examepreventivo de mama eramrazoavelmente eleva<strong>das</strong>. Sudeste:brancas, 16,8%; pretas & par<strong>das</strong>,25,6%. Sul: brancas; 21,7%, pretas& par<strong>das</strong>, 30,8%. Centro-Oeste:brancas, 24,9%; pretas & par<strong>das</strong>,31,1%.Quando aquele indicadoracima era desagregado pelosníveis de escolaridade, percebiaseque, quanto maior o grau deinstrução formal, maior era a probabilidade de se ter feito um examepreventivo de mama ao longo da vida. Assim, entre as mulheresde 25 a<strong>no</strong>s ou mais que tinham apenas o ensi<strong>no</strong> fundamentalcompleto, o peso relativo <strong>das</strong> que nunca haviam feito o exame demama foi de 36,8%. Já entre as que tinham nível superior completo,o percentual havia sido quatro vezes inferior, 10,0%. Quando seanalisa o indicador acima desagregado pelos grupos de cor ou raça,percebe-se que se mantinha, para ambos os grupos, a associaçãoentre a probabilidade de realização do exame e o grau de instrução.Contudo, <strong>no</strong> interior de to<strong>das</strong> as faixas de escolaridade seleciona<strong>das</strong>,as assimetrias se mantinham.Dessa forma, entre as mulheres com grau de instrução de <strong>no</strong>máximo o ensi<strong>no</strong> fundamental completo, o peso relativo <strong>das</strong> quenunca haviam feito exame preventivo de mama foi de 30,1%, entreas brancas, e de 42,7%, entre as pretas & par<strong>das</strong>. Entre as que tinhamcomo grau de instrução do ensi<strong>no</strong> médio incompleto ao superiorincompleto, o peso relativo <strong>das</strong> que nunca haviam realizado examepreventivo de mama foi de 17,8%, entre as brancas, e de 29,4%,entre as pretas & par<strong>das</strong>. E, finalmente, entre as mulheres queapresentavam como nível de instrução o ensi<strong>no</strong> superior completo, oGráfico 3.5. População residente do sexo femini<strong>no</strong> de 25 a<strong>no</strong>s de idade ou mais que nunca realizou exame clínicode mamas através de médico ou enfermeiro, segundo os grupos de cor ou raça selecionados(brancas e pretas & par<strong>das</strong>), <strong>Brasil</strong> e grandes regiões, 2008 (em % da população feminina de 25 a<strong>no</strong>s ou mais)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaGráfico 3.6. População residente do sexo femini<strong>no</strong> de 25 a<strong>no</strong>s de idade ou mais que nunca realizou exame clínico de mamasatravés de médico ou enfermeiro de acordo com faixas escolhi<strong>das</strong> de escolaridade, segundo os grupos de cor ou raçaselecionados (brancas e pretas & par<strong>das</strong>), <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % da população feminina de 25 a<strong>no</strong>s ou mais)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaSaúde sexual e reprodutiva 93

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