Naquele mesmo intervalo de tempo, os atendimentos atravésdo SUS ampliaram sua importância relativa tanto entre os brancoscomo entre os pretos & pardos. No primeiro caso, de 41,5% para47,4%. No segundo, de 61,1% para 66,9%. De todo modo, em 2008,a importância relativa do SUS <strong>no</strong>s atendimentos à saúde para osGráfico 2.28. População residente que nas duas últimas semanas foi atendida em estabelecimentos de saúde através do SUS,segundo composição de cor ou raça (brancos, pretos & pardos e outros), <strong>Brasil</strong>, 1998 e 2008 (em % do total de atendimentos)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: outros inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNota 2: <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1998 não inclui a população residente nas áreas rurais da região Norte (exceto Tocantins)Gráfico 2.29. População residente que esteve internada <strong>no</strong>s últimos doze meses por condições financeiras da internação,segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos), <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % do total de internações)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaGráfico 2.30. População residente que esteve internada em estabelecimentos de saúde<strong>no</strong>s últimos doze meses por condições financeiras da internação, segundo composição de cor ou raça(brancos, pretos & pardos e outros), <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % do total de internações)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radapretos & pardos era superior em 19,5 pontos percentuais em relaçãoao contingente de cor ou raça branca.A maior importância relativa dos atendimentos através do SUSpara a população preta & parda, comparativamente ao contingentebranco, também se manifestava dentro <strong>das</strong> cinco regiões geográficasdo país. Assim, para aquelegrupo, do total de atendimentos,os estabelecimentos do SUSresponderam por 72,3% <strong>no</strong>Nordeste (entre os brancos,nesta região, o SUS respondeupor 60,9%), por 68,8% <strong>no</strong> Norte(brancos, 61,1%), por 67,8% <strong>no</strong>Sul (brancos, 50,0%), por 63,3%<strong>no</strong> Centro-Oeste (brancos,46,9%) e por 62,3% <strong>no</strong> Sudeste(brancos, 41,6%).Esta maior relevânciaproporcional do SUSpara os pretos & pardos,comparativamente aos brancos,igualmente se expressavaquando se via a composiçãode cor ou raça dos atendidospor aquela via. Desse modo,<strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2008, os pretos &pardos responderam por 55,2%dos atendimentos realizadospelo SUS em todo o país. Nessemesmo a<strong>no</strong>, o peso dos brancos<strong>no</strong> total de atendimentos àsaúde através do SUS foi de44,1%. Comparando-se os dadosde 1998 com os de 2008, o pesorelativo dos pretos & pardos<strong>no</strong> contingente de atendidosatravés do SUS aumentou 5,1pontos percentuais.2.8.c. Participação doSUS nas internações(gráficos 2.29. e 2.30.)Nos gráficos 2.29 e 2.30 estãocomentados os indicadoresde participação do SUS nacobertura da última internaçãorealizada <strong>no</strong>s últimos 12 meses.A base de referência é o mês desetembro de 2008. Assim, <strong>no</strong>gráfico 2.29 são observa<strong>das</strong> asdiferentes formas de condiçõesde pagamento financeiro <strong>das</strong>internações.Do total de internaçõesrealiza<strong>das</strong> em todo o país em2008, 68,3% foram cobertas peloSUS, 24,7% foram cobertas por70 <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>; <strong>2009</strong>-<strong>2010</strong>
algum pla<strong>no</strong> e em 10,1% dos casos o paciente ou algum familiarpagou pela internação. No caso, vale salientar que as três opções derespostas não são mutuamente excludentes e, portanto, o somatório<strong>das</strong> alternativas não será igual a 100%.No caso da população branca que esteve internada <strong>no</strong>s últimos12 meses, 57,8% <strong>das</strong> internações foram cobertas pelo SUS, 34,1% poralgum pla<strong>no</strong> de saúde e em 13,3% ocorreu o pagamento de algum valorpelo próprio paciente ou familiar. Entre os pretos & pardos, 78,9% <strong>das</strong>internações foram cobertas pelo SUS, 15,2% foram cobertas por algumpla<strong>no</strong> de saúde e em 6,9% ocorreuo pagamento de algum montantefinanceiro pelo próprio pacienteou familiar. Logo, destes dados,pôde-se perceber importantesclivagens de cor ou raça <strong>no</strong>indicador, mais uma vez com ospretos & pardos de<strong>no</strong>tando maiordependência, nas internações, dosdesembolsos realizados pelo SUS.No gráfico 2.30 vê-se acomposição de cor ou raça<strong>das</strong> diferentes origens dospagamentos financeiros daúltima internação realizada <strong>no</strong>súltimos 12 meses por parte dapopulação residente. Desse modo,os pretos & pardos responderampor 33,9% <strong>das</strong> internações emque o próprio paciente oufamiliar pagou pela internação,por 30,5% <strong>das</strong> cobertas por algumpla<strong>no</strong> de saúde e por 57,4,% <strong>das</strong>internações pagas pelo SUS.2.8.d. Pla<strong>no</strong> de saúdeparticular (gráficos 2.31.e 2.32.; tabela 2.22.)pardos esse percentual foi de 17,1%, ou seja, proporcionalmente,me<strong>no</strong>s da metade.As assimetrias de cor ou raça perduravam quando se decompunhamaquelas informações pelos grupos de sexo. Desse modo,em todo o país, em 2008, 33,6% dos homens brancos tinham acessoao pla<strong>no</strong> de saúde particular, enquanto entre os pretos & pardos essaproporção era de 16,8%. No caso do contingente femini<strong>no</strong>, entre asbrancas, a taxa de cobertura por pla<strong>no</strong> de saúde particular era de36,0%, ao passo que entre as pretas & par<strong>das</strong> foi de 17,5%.Gráfico 2.31. População residente que na semana de referência estava coberta por pla<strong>no</strong> desaúde particular, segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancose pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 1998 e 2008 (em % da população)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNota 2: <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1998 não inclui a população residente nas áreas rurais da região Norte (exceto Tocantins)Gráfico 2.32. População residente que na semana de referência estava coberta por pla<strong>no</strong> desaúde particular, segundo composição de cor ou raça (brancos, pretos & pardos e outros),<strong>Brasil</strong> e grandes regiões agrupa<strong>das</strong>, 2008 (em % da população coberta por pla<strong>no</strong> de saúde)Na presente subseção serãoestudados os indicadores deacesso aos pla<strong>no</strong>s de saúdeparticulares. No seu conjunto,em 2008, 25,9% da populaçãobrasileira declarou aosentrevistadores da PNAD estarcoberta por algum pla<strong>no</strong> desaúde. Entre os homens, estepercentual foi de 24,9% e, entreas mulheres, de 26,8%.O acesso aos pla<strong>no</strong>s de saúdeera mais frequente <strong>no</strong> seio dapopulação branca do que napopulação preta & parda. Assim,em 2008, em todo o país, 34,9%do contingente branco possuíapla<strong>no</strong> de saúde particular, aopasso que entre os pretos &Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: outros inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaTabela 2.22. População residente que na semana de referência estava coberta por pla<strong>no</strong> de saúde particular, segundo osgrupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, grandes regiões, <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % da população)Brancos Pretos & Pardos TotalHomens Mulheres Homens Mulheres Homens MulheresNorte 18,9 20,1 10,9 11,7 12,7 13,8Nordeste 18,0 20,3 10,3 11,1 12,4 13,9Sudeste 41,5 44,1 25,4 25,6 34,7 36,5Sul 31,7 33,7 19,0 19,5 29,1 30,9Centro-Oeste 30,0 33,3 18,6 20,3 23,3 25,9Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento "Acesso e utilização de serviços de saúde")Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaPadrões de morbimortalidade e acesso ao sistema de saúde 71
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