Gráfico 2.33. População residente que na semana de referência estava coberta por pla<strong>no</strong> de saúdeparticular de acordo com a qualidade do pla<strong>no</strong>, segundo os grupos de cor ou raça selecionados(brancos e pretos & pardos), <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % da população coberta por pla<strong>no</strong> de saúde)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNota 2: boa qualidade = direito a reembolso + a internação + a atendimento em outros municípios; qualidade não razoável quando o pla<strong>no</strong> não satisfaz pelo me<strong>no</strong>suma destas condiçõesTabela 2.24. População residente que procurou estabelecimento de saúde na condição de vinculado à Previdência Social,segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos) e sexo, <strong>Brasil</strong> e grandes regiões agrupa<strong>das</strong>, 1986(em % dos que procuraram serviços de saúde nas duas últimas semanas)Norte-Nordeste Sudeste-Sul-Centro-Oeste <strong>Brasil</strong>Homens Brancos 36,4 44,0 42,9Homens Pretos & Pardos 36,1 52,2 44,8Homens 36,2 46,2 43,5Mulheres Brancas 38,6 41,2 40,8Mulheres Pretas & Par<strong>das</strong> 35,5 50,4 43,3Mulheres 36,5 43,7 41,7Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso a serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNota 2: não inclui a população residente nas áreas rurais da região NorteGráfico 2.34. População residente que procurou atendimento de saúde na condição de segurado da Previdência Social,segundo a composição de cor ou raça (brancos, pretos & pardos e amarelos) e sexo, <strong>Brasil</strong>, 1986(em % dos que procuraram atendimento à saúde na condição de segurados)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso a serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>.Nota: não inclui a população residente nas áreas rurais da região NortePelo gráfico 2.33, observa-se a qualidade do pla<strong>no</strong> de saúdeparticular da população que conta com esse tipo de serviço. Assim, foiconsiderado um pla<strong>no</strong> de boa qualidade o que apresentou o direitoao reembolso, à internação e ao atendimento em outros municípios.Já os de baixa qualidade foram ospla<strong>no</strong>s que não contemplaramalguma daquelas três condiçõesanteriores.Seguindo aqueles critérios,em 2008, 29,8% dos pla<strong>no</strong>spodiam ser considerados deboa qualidade, enquanto 70,2%podiam ser tidos como dequalidade baixa. No caso dapopulação branca, o percentualdos que eram cobertos porpla<strong>no</strong> de saúde de boa qualidadecorrespondia a 32,1%, e os dequalidade baixa, a 69,5%. Nocaso dos pretos & pardos, opercentual dos cobertos porpla<strong>no</strong> de saúde de boa qualidadefoi de 25,5%, e os de baixaqualidade, 74,5%.Dessa forma, sinteticamente,pode-se afirmar que, alémdos pretos & pardos teremapresentado me<strong>no</strong>r proporçãode indivíduos cobertos por pla<strong>no</strong>de saúde particular, quando esteso acessavam, o serviço tendia aser de pior qualidade.2.9. Consideraçõesfinais (tabela 2.24.e gráfico 2.34.)No a<strong>no</strong> de 1986, o IBGEincorporou à PNAD umsuplemento que, entre outrasquestões, incorporou o temado “acesso a serviços desaúde”. Devido às diferençasnas formas <strong>das</strong> perguntasnaquele levantamento comparativamenteaos levantamentosrealizados sobre omesmo tema a partir do finalda década de 1990, optou-se pornão se construir séries históricasa partir daquelas informações(as duas únicas exceções estãoconti<strong>das</strong> <strong>no</strong> gráfico 2.3 e natabela 2.7).Não obstante, daquela fonte,lia-se que naquele a<strong>no</strong>, 11,3%dos residentes <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> haviamprocurado serviço de saúde nas duas últimas semanas. Analisandoseos indicadores de forma decomposta pelos grupos de cor ouraça, o percentual de procura havia sido de 12,2% entre os brancos74 <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>; <strong>2009</strong>-<strong>2010</strong>
Box 2.7. Indicadores de saúde <strong>no</strong> Haiti: o que disse a Pesquisa Sobre as Condições de Vida de 2001? (tabela 2.4.box.)No a<strong>no</strong> de 2001, o Ministério da Eco<strong>no</strong>mia e <strong>das</strong> Finanças do Haiti, com o apoiodo Programa <strong>das</strong> Nações Uni<strong>das</strong> para o Desenvolvimento (PNUD) e do Institutode Estudos Internacionais Aplicados (Fafo) da Noruega, organizou a primeira,e aparentemente única até o momento, Pesquisa Sobre as Condições de Vida,que cobriu diversos aspectos socioeconômicos da realidade haitiana. O capítulo4 do primeiro volume publicado sobre aquela pesquisa foi dedicado ao temada saúde da população. Na tabela 2.4.box estão levantados alguns indicadoresselecionados daquele levantamento.No a<strong>no</strong> de 2001, 32,8% da população haitiana autoavaliou seu estadode saúde como bom ou muito bom. Apenas à guisa de comparação, na PNADrealizada em 2003 <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, quando da resposta a esta mesma pergunta, 78,6%da população residente declarou autoavaliar seu estado de saúde como muitobom ou bom. Quando se desagrega a pesquisa haitiana pelos grupos de sexo,observa-se que apenas 26,7% <strong>das</strong> mulheres classificavam seu estado de saúdecomo muito bom ou bom.O peso dos que apresentavam doenças ou que padeciam de sequelas deagressões e acidentes e que tinham procurado atendimento médico nas duasúltimas semanas havia sido de apenas 49,1% daquele total. Embora seja umacomparação imperfeita, <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, em 2003, entre a população que havia declaradoautoavaliar seu estado de saúde como muito ruim ou ruim, o percentual deconsulta ao médico <strong>no</strong>s últimos 12 meses foi de 87,0%.Outro grupamento de questões bastantes interessantes contido naqueleestudo foi o que disse respeito às condições de saúde mental da populaçãodaquele país. Desse modo, em 2001, <strong>no</strong> Haiti, 15,1% da população declararamsofrer de depressão com intensidade forte, sendo 11,7% entre os homens e18,2% entre as mulheres. Comparando com o <strong>Brasil</strong>, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2003, 4,1% dapopulação declararam ter sido informados, por um médico, que sofriam domesmo problema.Comentando as demais causas de sofrimentos psicológicos oupsiquiátricos com intensidade forte da população haitiana, encontrava-seo seguinte quadro: problemas nervosos, 13,4%; dores de cabeça, 25,3%;emotividade diante de coisas banais, 17,3%; sentimento de inutilidade,13,6%; medo ou ansiedade, 13,6%. Também dig<strong>no</strong> de <strong>no</strong>ta são os percentuaissempre razoavelmente mais elevados <strong>das</strong> mulheres, comparativamenteaos homens.Aquelas respostas foram da<strong>das</strong> <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2001, contexto político de retor<strong>no</strong>ao poder de Jean Bertrand Aristide, que ocorrera um a<strong>no</strong> antes e antecederiaum período muito difícil na história daquele país, com a sucessão de golpesde estado, colapso econômico, intervenção estrangeira e catástrofes naturais,incluindo o recente terremoto que ceifou a vida de mais de 200 mil haitia<strong>no</strong>s.Foi sobre aquele delicado quadro de saúde da população haitiana que taismazelas se abateram.Tabela 2.4.box. Indicadores selecionados da população residente sobre auto-avaliação do estado de saúde,acesso aos serviços de saúde e de saúde mental, Haiti, 2003 (em % da população)Homens Mulheres TotalAuto-avaliação do estado de saúde e acesso da população enferma ao atendimentoPopulação residente que auto-avaliou seu estado de saúde como muito bom e bom 39,4 26,7 32,8População residente doente ou vitimada por agressões e acidentes nas duas últimas semanas que procurou serviço de saúde 48,7 49,4 49,1Indicadores de saúde mental e de stress psicológico da população residente de 15 a<strong>no</strong>s de idade ou maisPopulação residente com declaração de depressão com intensidade forte 11,7 18,2 15,1População residente com declaração de problemas nervosos com intensidade forte 11,1 15,5 13,4População residente com declaração de problemas de dores de cabeça com intensidade forte 19,2 30,9 25,3População residente com declaração de prova de emotividade diante de coisas banais com intensidade forte 11,6 22,7 17,3População com declaração de sentimento de inutilidade com intensidade forte 10,5 16,5 13,6População com declaração de sentimento de medo ou de ansiedade com intensidade forte 10,5 16,6 13,6Fonte: Ministère de l'Eco<strong>no</strong>mie et des Finances - Institut Haitien de Statistique et d'Informatique (2003), Enquête su les conditions de vie em Haïti. Por ordem de citação <strong>das</strong> fontes: páginas197 (tabela 4.5.3); 184 (tabela 4.3.2.3); 210 (tabela 4.7.15); 206 (tabela 4.7.3); 208 (tabela 4.7.9); 212 (tabela 4.7.21); 214 (tabela 4.7.27) e 217 (tabela 4.7.33)Padrões de morbimortalidade e acesso ao sistema de saúde 75
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