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Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010

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os trabalhadores pretos & pardos do que para os trabalhadoresbrancos.A condição de segurado em período de graça correspondia a2,1% do total de cobertos pela Previdência em 1998, percentualreduzido para 1,5% em 2008. No a<strong>no</strong> de 1998, 2,0% da PEAbranca era coberta pela Previdência por estar em período degraça, peso relativo que decli<strong>no</strong>u para 1,3% dez a<strong>no</strong>s depois. Nomesmo intervalo, na PEA preta & parda, o peso relativo dostrabalhadores desempregados em período de graça passou de2,1% para 1,7%. Vale relembrar que, como este contingente nãofoi identificado para o a<strong>no</strong> de 1988, se deve levar em conta talfato <strong>no</strong> processo de análise de evolução do grau de coberturaprevidenciária durante este período (cálculo baseado <strong>no</strong>snúmeros absolutos da tabela 5.1).No que tange à comparação da PEA desempregada brancacoberta pela Previdência Social por estar <strong>no</strong> período de graçacom o número de desempregados deste grupo, observa-se que opeso relativo era de 15,0% em 1998, caindo para 14,0% em 2008.Já <strong>no</strong> caso da PEA preta & parda, este percentual se mantevefundamentalmente estável, tendo passado de 11,2% para 11,7%<strong>no</strong> mesmo período. Estas discrepâncias decorrem do maiorpeso relativo de trabalhadores brancos em atividades formaise por mais tempo, favorecendo-lhes, assim, o acesso a este tipode cobertura em proporção maior do que os desempregadospretos & pardos.Em termos <strong>das</strong> posições ocupacionais, percebe-se que, fora asituação do emprego com carteira e do emprego público (incluindoos militares), as demais situações não favoreciam o acesso àcobertura previdenciária. Assim, <strong>no</strong> caso do emprego sem carteira,<strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1988, somente 14,6% destes ocupados contribuíam paraa Previdência Social, percentual que se reduziu para 11,7% em 1998e se ampliou para 20,0% em 2008. No caso do emprego doméstico,o peso relativo da contribuição à Previdência passou de 23,6%, em1988, para 31,1%, em 2008.Já na condição do trabalho por conta própria não agrícola,veio ocorrendo uma progressiva redução <strong>no</strong> peso relativo dosque contribuíam para a Previdência Social: 32,8% em 1988, 20,5%em 1998, 17,1% em 2008. No caso dos empregadores, o peso dacontribuição previdenciária igualmente veio declinando aolongo do interreg<strong>no</strong> descrito: 81,5% em 1988, 62,0% em 1998 e56,4% em 2008. Ou seja, tanto entre os trabalhadores autô<strong>no</strong>mos,como entre os empregados, pode-se perceber que os esforçosdos sucessivos gover<strong>no</strong>s, a partir da segunda metade dos a<strong>no</strong>s1990, em prol da ampliação da cobertura previdenciária parao contingente <strong>das</strong> PMEs ainda não havia evidenciado seusresultados.No que tange aos mesmos indicadores desagregados pelosgrupos de cor ou raça, na PEA branca ocupada como emprega<strong>das</strong>em carteira, o peso relativo dos que apresentavam contribuiçãoprevidenciária passou de 18,6% em 1988, para 13,9% em 1998e 21,6% em 2008. No continente preto & pardo empregadosem carteira, o peso relativo dos que não contribuíam paraa Previdência Social passou de 10,3% em 1988 para 9,3% em1998, e para 18,7% em 2008. Assim, <strong>no</strong> que tange à coberturaprevidenciária deste contingente, em que pese a persistentepreservação <strong>das</strong> assimetrias de cor ou raça, as diferenças haviamcaído de 8,4 pontos percentuais, em 1988, para apenas 2,9 pontospercentuais em 2008.Na forma de ocupação dos trabalhadores por conta própria nãoagrícola, <strong>no</strong> caso dos brancos, o peso de cobertos pela PrevidênciaSocial decli<strong>no</strong>u de 41,2%, em 1988, para 24,4%, em 2008. Nocontingente preto & pardo, o mesmo indicador passou de 20,7%para 9,9%. Apesar <strong>das</strong> assimetrias de cor ou raça, em termosdo percentual de trabalhadores autô<strong>no</strong>mos com contribuiçãoprevidenciária, terem declinado de 20,5 para 14,5 pontos percentuaisentre 1988 e 2008, o fato é que, neste último a<strong>no</strong>, <strong>no</strong> caso dostrabalhadores autô<strong>no</strong>mos brancos, o peso relativo era de quaseum trabalhador em cada quatro, e <strong>no</strong> caso dos pretos & pardos oindicador era inferior a um em cada dez.No emprego doméstico, curiosamente, veio ocorrendo umprogressivo aumento <strong>no</strong> peso relativo de trabalhadores cobertospela Previdência Social. Contudo, mesmo este movimento estevelonge de indicar que a maioria dos vinculados ao mercadode trabalho desse modo estivesse protegida pela PrevidênciaSocial. Assim, <strong>no</strong> caso dos trabalhadores brancos ocupadosem empregos domésticos, o indicador passou de 25,8%, em1988, para 31,3%, em 1998, e 35,2% em 2008. No contingentepreto & pardo, o peso relativo dos cobertos pela PrevidênciaSocial passou de 21,8%, em 1988, para 25,4%, em 1998 e 28,5%em 2008. Todavia, apesar da melhoria <strong>no</strong> peso relativo doscobertos pela Previdência Social, certamente acompanhandoo movimento de aumento dos que tinham carteira assinada,neste caso as assimetrias de cor ou raça aumentaram ao invésde recuar: de 4,0 pontos percentuais, em 1988, para 6,7 pontospercentuais, em 2008.Na condição de empregador, entre os brancos, o peso relativodos que contribuíam com a Previdência Social era de 88,4% em1988, percentual que decli<strong>no</strong>u sensivelmente, para 63,8%, em 2008.No contingente preto & pardo, o peso relativo dos empregadorescom contribuição previdenciária aumentou, tendo passado de 28,1%,em 1988, para 39,1% em 2008. Com isso as assimetrias de cor ouraça <strong>no</strong> indicador, que eram de 60,2 pontos percentuais em 1988,passaram para 24,6 pontos percentuais em 2008.5.5. Cobertura previdenciáriapor desagregação de gênero5.5.a. Cobertura previdenciária daPEA masculina (tabela 5.2.)Ao longo do período 1988-2008, a PEA do sexo masculi<strong>no</strong>observou um movimento de perda do percentual de cobertospela Previdência Social (1988-1998), seguido de um movimentoposterior de recuperação <strong>no</strong> período seguinte (1998-2008). Assim,durante o intervalo, o percentual da PEA masculina coberta pelaPrevidência Social decli<strong>no</strong>u de 69,6%, em 1988, para 57,1%, em 1998,e para 61,8% em 2008 (caso fossem computados os trabalhadoresem período de graça, o peso dos cobertos pela Previdência Socialseria de 58,3% em 1998 e de 62,7% em 2008).Tanto <strong>no</strong> contingente de cor ou raça branca, como de cor ouraça preta & parda, ocorreu um movimento semelhante, comredução do peso relativo dos cobertos <strong>no</strong> período 1988-1998 eposterior recuperação <strong>no</strong> período 1998-2008, porém sem se atingiro percentual do final da década de 1980.Acesso à Previdência Social 167

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