2.8. SUS e Pla<strong>no</strong> de Saúde Privado2.8.a. Tipos de estabelecimento de atendimentoda saúde (gráficos 2.22., 2.23., 2.24. e 2.25.)pode ser vista quando se observa a composição total de cor ou raçados atendimentos nas diferentes redes prestadoras de serviço desaúde. Assim, em 2008, os brancos formaram 64,4% dos atendidospela rede privada, ao passo que os pretos & pardos, neste tipo deestabelecimento, responderam relativamente por apenas 34,5% doEntre os a<strong>no</strong>s de 1998e 2008, o percentual dapopulação residente de todoo país que havia sido atendidaem estabelecimentos desaúde e que o tinha feito emestabelecimentos da rede públicase elevou de 56,5% para 58,6%.Já os estabelecimentos privadosdeclinaram sua participaçãorelativa em termos do númerode atendimentos, de 43,2% para41,3%.Quando os indicadoresacima são analisados de formadesagregada pelos grupos decor ou raça, chama a atençãoa maior importância dosestabelecimentos públicos deatendimento para os pretos &pardos em comparação como contingente branco. Assim,<strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2008, em todo opaís, 69,2% dos atendimentosà saúde que beneficiaram ospretos & pardos foram feitosem estabelecimentos públicose 30,6% em estabelecimentosprivados. No contingente decor ou raça branca, o setorpúblico também respondeu pelamaior parte dos atendimentos,porém em percentuaisme<strong>no</strong>s acentuados: 49,3%.Neste contingente, 50,6% dosatendimentos foram feitos pelarede privada.Na comparação entre os a<strong>no</strong>sde 1998 e 2008, ocorreu umaligeira redução <strong>no</strong> peso relativodos atendimentos à saúde viasetor público entre os pretos &pardos, em 0,8 ponto percentual.Entre os brancos, pelo contrário,aumentou o peso do setor público<strong>no</strong> total de atendimentos em 1,9ponto percentual.A maior importânciada rede pública em termosdo atendimento à saúdepara os pretos & pardos,comparativamente aos brancos,Gráfico 2.22. População residente que nas últimas duas semanas foi atendida em estabelecimentos de saúdepor tipo de estabelecimento (público ou privado), segundo os grupos de cor ou raça selecionados(brancos e pretos & pardos), <strong>Brasil</strong>, 1998 e 2008 (em % do total de atendimentos)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNota 2: <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1998 não inclui a população residente nas áreas rurais da região Norte (exceto Tocantins)Gráfico 2.23. População residente que nas duas últimas semanas foi atendida em estabelecimentos de saúdepor tipo de estabelecimento (público ou privado), segundo composição de cor ou raça(brancos, pretos & pardos e outros), <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % do total de atendimentos)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: outros inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaGráfico 2.24. População residente que nas duas últimas semanas foi atendida em estabelecimentospúblicos de saúde, segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos),grandes regiões, <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % do total de atendimentos)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>68 <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>; <strong>2009</strong>-<strong>2010</strong>
total. Já na rede pública, os pretos & pardos formaram 55,0% do totalde atendimentos, com os brancos tendo respondido relativamentepor 44,2% dos atendimentos.A maior importância proporcional do serviço público de saúdepara a população preta & parda, em relação à branca, tambémGráfico 2.25. População residente atendida em estabelecimentos de saúde nas duas últimas semanas e que pagoupelo atendimento, segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos),<strong>Brasil</strong> e grandes regiões, 2008 (em % do total de atendimentos)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaGráfico 2.26. População residente que nas duas últimas semanas foi atendida em estabelecimentos de saúdeatravés do SUS, segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos),<strong>Brasil</strong>, 1998 e 2008 (em % do total de atendimentos)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota 1: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNota 2: <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1998 não inclui a população residente nas áreas rurais da região Norte (exceto Tocantins)Gráfico 2.27. População residente que nas duas últimas semanas foi atendida em estabelecimentos de saúdeatravés do SUS, segundo os grupos de cor ou raça selecionados (brancos e pretos & pardos),grandes regiões, <strong>Brasil</strong>, 2008 (em % do total de atendimentos)se confirma quando se observa o indicador de atendimento nasgrandes regiões geográficas brasileiras. Desse modo, em 2008, dototal de atendimentos realizados, os estabelecimentos públicosde saúde responderam por 64,9% dos atendimentos aos pretos &pardos <strong>no</strong> Sudeste (brancos, 44,0%), por 65,7% <strong>no</strong> Centro-Oeste(brancos, 48,9%), por 69,0% <strong>no</strong>Sul (brancos, 51,6%), por 73,0%<strong>no</strong> Norte (brancos, 63,6%) e por74,0% <strong>no</strong> Nordeste (brancos,61,9%).Coerentemente com osindicadores que vieram sendoabordados ao longo da presentesubseção, observa-se que opercentual de pretos & pardosque pagaram pela realizaçãodo atendimento se apresentavarazoavelmente inferior ao ocorridoentre o contingente branco. Assim,em todo o país, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2008,22,3% dos brancos pagaram peloatendimento recebido, enquanto omesmo indicador entre os pretos& pardos foi de 14,7%.O comportamento desteindicador, lido dentro de cadauma <strong>das</strong> grandes regiõesgeográficas brasileiras – adespeito <strong>das</strong> me<strong>no</strong>res proporçõesde atendimentos pagos teremsido invariavelmente observa<strong>das</strong>nas regiões geográficas maispobres, isto é, <strong>no</strong> Norte e <strong>no</strong>Nordeste –, acompanhou o queocorria em todo o país. Dessaforma, comparativamente, emto<strong>das</strong> as cinco regiões brasileiras,o percentual de atendimentos desaúde aos pretos & pardos quehaviam sido pagos se apresentavasempre inferior ao outro grupode cor ou raça.2.8.b. Participação doSUS <strong>no</strong>s atendimentos(gráficos 2.26., 2.27. e 2.28.)Fonte: IBGE, microdados PNAD (Suplemento “Acesso e utilização de serviços de saúde”)Tabulações LAESER: Fichário <strong>das</strong> <strong>Desigualdades</strong> <strong>Raciais</strong>Nota: a população total inclui os indivíduos de cor ou raça amarela, indígena e ig<strong>no</strong>radaNa presente subseção, aabordagem recairá especificamentesobre a importância doSistema Único de Saúde (SUS)para os diferentes grupos de corou raça <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. Assim, paraa população <strong>no</strong> seu conjunto,entre 1998 e 2008, o percentualde atendimentos de saúde queforam realizados cobertos peloSUS cresceu de 49,3% para 56,5%.Padrões de morbimortalidade e acesso ao sistema de saúde 69
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