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OS GRANDES INICIADOS - Entre Irmãos

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IV<br />

<strong>OS</strong>ÍRIS. A MORTE E A RESSURREIÇÃO<br />

112<br />

No entanto, o noviço não fora além do limiar da iniciação. Pois<br />

começavam agora os longos anos de estudo e de aprendizagem. Antes<br />

de chegar a Ísis Ucrânia, ele devia conhecer a Ísis terrestre, instruir-se<br />

nas ciências físicas e androgônicas. Seu tempo se dividia entre as<br />

meditações em sua cela, o estudo dos hieróglifos nas salas e nos pátios<br />

do templo tão vasto quanto uma cidade, e as lições dos mestres. Ele<br />

aprendia a ciência dos minerais e das plantas, a história do homem e dos<br />

povos, a medicina, a arquitetura e a música sacra. Nessa longa<br />

aprendizagem, ele não devia somente conhecer, mas transformar-se,<br />

ganhar força por meio da renúncia.<br />

Os sábios antigos acreditavam que o homem somente possui a<br />

verdade se ela se tornar uma parte do íntimo de seu ser, um ato<br />

espontâneo da alma. Durante aquele profundo trabalho de assimilação, o<br />

discípulo era deixado sozinho consigo mesmo. Os mestres não o<br />

ajudavam em nada, e muitas vezes ele se espantava com sua frieza e<br />

indiferença. Vigiavam-no com atenção; submetiam-no a regras<br />

inflexíveis; exigiam dele obediência absoluta; mas não lhe revelavam<br />

nada além de certos limites. Ante suas inquietações e perguntas,<br />

respondiam-lhe: “Espera e trabalha!”<br />

Vinham-lhe, então, revoltas súbitas, arrependimentos amargos,<br />

suspeitas horríveis. Teria ele se tornado escravo de impostores<br />

audaciosos da magia negra, que subjugavam sua vontade para um fim<br />

infame? A verdade fugia; os deuses o abandonavam; ele estava só e<br />

prisioneiro do templo. A verdade tinha-lhe aparecido sob a figura de<br />

uma esfinge. Agora, a esfinge lhe dizia: “Eu sou a Dúvida!” E a besta<br />

alada, com sua cabeça de mulher impassível e suas garras de leão,<br />

transportava-o para dilacerá-lo na areia ardente do deserto.<br />

Porém, a esses pesadelos sucediam horas de calma e de<br />

pressentimento divino. Ele compreendia, então, o sentido simbólico das<br />

provas que atravessara ao entrar no templo. Porque, ai! o poço sombrio

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