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OS GRANDES INICIADOS - Entre Irmãos

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362<br />

de Israel, todo mundo nele acreditava, esperava-o, chamava-o. Tal é a<br />

força da ação profética.<br />

Assim, como a história romana chega fatalmente a César pelo<br />

caminho instintivo e pela lógica infernal do Destino, também a história<br />

de Israel conduz livremente ao Cristo pelo caminho consciente e pela<br />

lógica divina da Providência, manifestada em seus representantes<br />

visíveis: os profetas. O mal é fatalmente condenado a contradizer-se e a<br />

destruir-se a si mesmo, porque é falso. Mas o Bem, apesar de todos os<br />

obstáculos, engendra a luz e a harmonia na série dos tempos, porque é a<br />

fecundidade do Verdadeiro. De seu triunfo, Roma só extraiu o<br />

cesarismo; de seu desmoronamento, Israel gerou o Messias, dando razão<br />

às belas palavras de um poeta moderno: “de seu próprio naufrágio, a<br />

Esperança cria a coisa contemplada!”<br />

Uma vaga expectativa pairava sobre os povos. No excesso de seus<br />

males, a humanidade inteira pressentia um salvador. Há séculos as<br />

mitologias vinham sonhando com um menino divino. Os templos<br />

falavam dele misteriosamente. Os astrólogos calculavam sua vinda.<br />

Sibilas em delírio tinham vociferado a queda dos deuses pagãos. Os<br />

iniciados haviam anunciado que um dia o mundo seria governado por<br />

um dos seus, por um filho de Deus. (7) A terra esperava um rei<br />

espiritual que seria compreendido pelos pequenos, pelos humildes e<br />

pelos pobres. O grande Ésquilo, filho de um sacerdote de Elêusis, quase<br />

foi morto pelos atenienses porque ousou dizer em pleno teatro, pela<br />

boca de seu Prometeu, que findaria o reinado de Júpiter Destino.<br />

Quatro séculos mais tarde, à sombra do trono de Augusto, o doce<br />

Virgílio anuncia uma idade nova e sonha com um menino maravilhoso:<br />

“Veio a última idade, predita pela sibila de Cumas. Recomeça a grande<br />

ordem dos séculos esgotados. Já volta a Virgem e com ela o reinado de<br />

Saturno. Já do alto dos céus desce uma raça nova. Esse menino, cujo<br />

nascimento deve banir o século de ferro e trazer a idade de ouro para o<br />

mundo inteiro, dignai-vos, casta Lucina, a protegê-lo. Já reina Apolo,<br />

vosso irmão. Vede, sobre seu eixo abalado, oscilar o mundo. Vede a<br />

Terra, os mares em sua imensidão, o céu e a sua abóbada profunda, toda<br />

a natureza, estremecerem na esperança do século que está para vir!” (8)

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