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OS GRANDES INICIADOS - Entre Irmãos

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altos. Essas três fases representam, em outros termos, a Iniciação do<br />

Cristo, a Revelação total e o Coroamento da obra. Elas correspondem<br />

muito bem ao que os apóstolos e os cristãos iniciados dos primeiros<br />

séculos denominaram os mistérios do Filho, do Pai e do Espírito Santo.<br />

Coroamento necessário, dizia eu, da vida do Cristo, e prefácio<br />

indispensável da evolução histórica do cristianismo. O navio construído<br />

na praia precisava ser lançado no oceano. A ressurreição foi, além disso,<br />

uma porta de luz aberta sobre toda a reserva esotérica de Jesus. Não é de<br />

admirar que os primeiros cristãos tenham ficado deslumbrados e<br />

ofuscados com a fulgurante irrupção; que eles tenham muitas vezes<br />

entendido o ensinamento do Mestre ao pé da letra, e tenham se<br />

enganado sobre o sentido de suas palavras. Porém hoje, quando o<br />

espírito humano percorreu os tempos, as religiões e as ciências,<br />

adivinhamos o que um São Paulo, um São João, o que o próprio Jesus<br />

entendia por mistérios do Pai e do Espírito. Vemos que eles continham<br />

o que a ciência psíquica e a intuição teosófica do Oriente tinham<br />

conhecido de mais alto e de mais verdadeiro. Vemos também o novo<br />

poder de expansão que o Cristo conferiu à antiga, à eterna verdade, pela<br />

grandeza de seu amor, pela energia de sua vontade. Percebemos, enfim,<br />

o lado ao mesmo tempo metafísico e prático do cristianismo, que lhe<br />

transmite poder e vitalidade.<br />

Os velhos teósofos da Ásia conheceram as verdades<br />

transcendentes. Os brâmanes chegaram a encontrar a chave das<br />

existências anteriores e futuras, formulando a lei orgânica da<br />

reencarnação e da alternância das existências. Mas, à força de mergulhar<br />

no além e na contemplação da Eternidade, esqueceram-se da realização<br />

terrestre: a vida individual e social. A Grécia, primitivamente iniciada<br />

nas mesmas verdades, sob formas veladas e mais antropomórficas,<br />

ligou-se, por seu gênio próprio, à vida natural e terrestre. Isto permitiulhe<br />

revelar, por exemplo, as leis imortais do Belo e formular os<br />

princípios das ciências de observação. Mas, desse ponto de vista, sua<br />

concepção do além se estreita e obscurece gradualmente<br />

Jesus, por sua amplidão e universalidade, abrange os dois lados da<br />

vida. Na oração dominical que resume seu ensinamento ele diz: “Que

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