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OS GRANDES INICIADOS - Entre Irmãos

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todos os mundos visíveis e invisíveis aos olhos da carne; enfim, é a<br />

Natureza ou a matéria sutil em suas infinitas transformações (4). Ora, a<br />

união perfeita desses dois seres constitui o Ser supremo, a essência de<br />

Deus.<br />

Dessas duas idéias capitais decorre uma terceira, não menos<br />

fecunda. Os Vedas fazem do ato cosmogônico um sacrifício perpétuo.<br />

Para produzir tudo o que existe, o Ser supremo imola a si mesmo,<br />

divide-se para sair de sua unidade. Esse sacrifício é, pois, considerado o<br />

ponto vital de todas as funções da natureza. Esta idéia, surpreendente ao<br />

primeiro contato, bastante profunda quando sobre ela se reflete, contém,<br />

em germe, toda a doutrina teosófica da evolução de Deus no mundo, a<br />

síntese esotérica do politeísmo e do monoteísmo. Ela conceberá a<br />

doutrina dionisíaca da queda e da redenção das almas, que se<br />

desenvolverá com Hermes e Orfeu. Daí surgirá a doutrina do Verbo<br />

divino proclamada por Krishna e concluída por Jesus Cristo.<br />

O sacrifício do fogo, com suas cerimônias e suas orações, centro<br />

imutável do culto védico, torna-se, assim, a imagem desse grande ato<br />

cosmogônico. Os Vedas atribuem uma importância capital à oração, à<br />

fórmula de invocação que acompanha o sacrifício. Por isso fazem da<br />

oração uma deusa - Bramanaspati. A fé no poder evocador da palavra<br />

humana acompanhada do poderoso movimento da alma, ou de uma<br />

intensa projeção da vontade, é a fonte de todos os cultos, e a razão da<br />

doutrina egípcia e caldéia da magia. Para o padre védico e bramânico,<br />

os Asuras, senhores invisíveis, e os Pitris ou almas dos ancestrais,<br />

supostamente, sentam-se na relva durante o sacrifício, atraídos pelo<br />

fogo, pelos cânticos e a oração. A ciência relacionada a essa vertente do<br />

culto é a da hierarquia dos espíritos de todas as categorias.<br />

Quanto à imortalidade da alma, os Vedas afirmam tão aberta<br />

quanto claramente possível: “A alma é uma parte imortal do homem. A<br />

ela, oh! Agni, é preciso aquecer com teus raios, inflamar com tuas<br />

chamas. Oh! Jatadevas, no corpo glorioso formado por ti, transporta-a<br />

para o mundo dos piedosos!” Os poetas védicos não somente revelam o<br />

destino da alma, como também se preocupam com sua origem: “De<br />

onde provêm as almas? É certo que elas vêm de lá até nós e para lá<br />

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