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OS GRANDES INICIADOS - Entre Irmãos

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o estóico moralizador e o mágico popular da decadência. Mas em todos<br />

os três, apesar dos graus e através das nuances, brilha o raio divino: o<br />

espírito apaixonado pela salvação das almas, a indomável energia<br />

revestida de mansidão e serenidade. Todavia, não vos aproximeis muito<br />

dessas grandes frontes calmas. Elas queimam em silêncio. Sente-se sob<br />

a fornalha uma vontade ardente, mas sempre contida.<br />

Pitágoras representa para nós, portanto, um adepto de primeira<br />

ordem, com o espírito científico e a fórmula filosófica que mais se<br />

aproximam do espírito moderno. Mas ele não podia nem pretendia fazer<br />

de seus discípulos adeptos perfeitos. Uma grande época tem sempre um<br />

grande inspirador em sua origem. Seus discípulos e os alunos de seus<br />

discípulos formam a cadeia imantada e propagam seu pensamento pelo<br />

mundo. No quarto grau da iniciação, Pitágoras se contentava, pois, em<br />

ensinar a seus fiéis as aplicações de sua doutrina à vida. Porque a<br />

Epifania, a visão do alto, dava um conjunto de visões profundas e gerais<br />

sobre as coisas terrestres.<br />

A origem do bem e do mal permanece um mistério<br />

incompreensível para quem não percebeu a origem e o fim das coisas.<br />

Uma moral que não considera os supremos destinos do homem só será<br />

utilitária e bastante imperfeita. Além do mais, a liberdade humana não<br />

existe de fato para aqueles que são sempre escravos de suas paixões, e<br />

não existe de direito para aqueles que não acreditam nem na alma nem<br />

em Deus, e para quem a vida é um relâmpago entre dois nadas. Os<br />

primeiros vivem na servidão da alma acorrentada às paixões; os<br />

segundos, na servidão da inteligência limitada ao mundo físico. Não<br />

acontece o mesmo com o homem religioso, nem com o verdadeiro<br />

filósofo, e menos ainda com o teósofo iniciado, que realiza a verdade na<br />

trindade de seu ser e na unidade de sua vontade. Para compreender a<br />

origem do bem e do mal, o iniciado contempla os três mundos com os<br />

olhos do espírito. Vê o mundo tenebroso da matéria e da animalidade,<br />

onde domina o inelutável Destino. Vê o mundo luminoso do Espírito,<br />

que para nós é o mundo invisível, a imensa hierarquia das almas<br />

libertadas, onde reina a lei divina, e que são a Providência em ato. <strong>Entre</strong><br />

os dois, ele vê numa penumbra a humanidade, que mergulha, pela base,

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