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OS GRANDES INICIADOS - Entre Irmãos

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grandes festas durante o ano. A primeira foi a da primavera ou das<br />

gerações, consagrada ao amor entre os esposos. A festa do verão ou das<br />

messes pertencia aos moços e moças, que ofereciam aos pais as<br />

colheitas resultantes de seu trabalho. A festa do outono celebrava os<br />

pais e as mães, que, em sinal de regozijo, ofereciam frutos às crianças.<br />

A mais santa e mais misteriosa das festas era a de Natal ou das grandes<br />

sementeiras. Ram a consagrou, ao mesmo tempo, aos recém-nascidos,<br />

frutos do amor concebidos na primavera, e às almas dos mortos, aos<br />

antepassados. Ponto de conjunção entre o visível e o invisível, esta<br />

solenidade religiosa era o adeus às almas desaparecidas, como também<br />

a saudação mística àquelas que voltam para se encarnar nas mães e<br />

renascer nas crianças. Nessa noite santa, os antigos árias se reuniam nos<br />

santuários de Airiana-Vaéia, como outrora o tinham feito em suas<br />

florestas. Com fogueiras e cânticos, eles celebravam o reinício do ano<br />

terrestre e solar, a germinação da natureza no coração do inverno, o<br />

estremecimento da vida no fundo da morte. Cantavam o beijo universal<br />

entre o céu e a Terra, e o parto triunfal do novo Sol pela grande Noite-<br />

Mãe.<br />

Ram, assim, ligava a vida humana ao ciclo das estações, às<br />

revoluções astronômicas e, ao mesmo tempo, ressaltava-lhe o sentido<br />

divino. Foi por ter fundado tão fecundas instituições que Zoroastro o<br />

chama de “chefe dos povos, o muito afortunado monarca”. Por isso,<br />

também, o poeta hindu Valmiki, embora situando o antigo herói em<br />

uma época muito mais recente e no luxo de uma civilização mais<br />

avançada, conserva-lhe os traços de um elevado ideal. Diz Valmiki:<br />

“Rama, com olhos de lótus azul, era o senhor do mundo, o senhor de<br />

sua alma, o amor dos homens, pai e mãe de seus súditos. Ele soube dar<br />

a todos os seres o grilhão do amor”<br />

Estabelecida no Irã, às portas do Himalaia, a raça branca ainda<br />

não era senhora do mundo. Era preciso que sua vanguarda penetrasse na<br />

Índia, principal centro dos negros, os antigos vencedores da raça<br />

vermelha e da amarela. O Zend-Avesta descreve essa marcha de Rama<br />

para a Índia (1). A epopéia hindu fez dela um de seus temas favoritos.<br />

Rama foi o conquistador da terra que cerca o Himalaia, a terra dos<br />

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