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OS GRANDES INICIADOS - Entre Irmãos

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universal, com seus reinos, seus gêneros, suas espécies no círculo<br />

formidável e fatal da vida.<br />

Esses dois exemplos nos permitiram lançar um primeiro olhar nas<br />

profundezas do Gênese mosaico. <strong>Entre</strong>vemos já o que era a cosmogonia<br />

para um iniciado antigo e o que a distinguia de uma cosmogonia no<br />

sentido moderno.<br />

Para a ciência moderna, a cosmogonia se reduz a uma<br />

cosmografia. Encontrar-se-á aí a descrição de uma porção do Universo<br />

visível com um estudo sobre o encadeamento das causas e dos efeitos<br />

físicos numa dada esfera. Será, por exemplo, o sistema do mundo de<br />

Laplace, onde a formação de nosso sistema solar é decifrada pelo seu<br />

funcionamento atual, deduzida da única matéria em movimento, o que é<br />

uma pura hipótese. Será ainda a história da Terra, de que são<br />

testemunhas irrefutáveis as camadas superpostas do solo. A ciência<br />

antiga não ignorava esse desenvolvimento do Universo visível e, se<br />

tinha sobre ele noções menos precisas do que a ciência moderna,<br />

formulara intuitivamente as leis gerais.<br />

Mas, para os sábios da Índia e do Egito, lá estava somente o<br />

aspecto exterior do mundo, seu movimento reflexo. Eles procuravam a<br />

explicação em seu aspecto interior, em seu movimento direto e<br />

originário. Encontravam-na em uma outra ordem de leis que se revela à<br />

nossa inteligência. Para a ciência antiga o Universo ilimitado não era<br />

uma matéria morta regida por leis mecânicas, mas um todo vivo, dotado<br />

de inteligência, alma e vontade. Esse grande animal sagrado tinha<br />

inúmeros órgãos correspondentes às suas infinitas faculdades. Como no<br />

corpo humano os movimentos resultam da alma que pensa, da vontade<br />

que age, assim, aos olhos da ciência antiga, a ordem visível do Universo<br />

era somente a repercussão de uma ordem invisível, isto é, das forças<br />

cosmogônicas e das mônadas espirituais, reinos, gêneros, espécies, que,<br />

por sua perpétua involução na matéria, produzem a evolução da vida.<br />

Enquanto a ciência moderna só considera o exterior, a aparência do<br />

Universo, a ciência dos tempos antigos tinha por fim revelar-lhe o<br />

interior, descobrir-lhe os mecanismos ocultos. Não extraía a inteligência<br />

da matéria, mas a matéria da inteligência. Não fazia nascer o Universo

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