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OS GRANDES INICIADOS - Entre Irmãos

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mediante um apelo tirânico. E, no entanto, uma voz interior lhe diz que<br />

entre ela e o hóspede invisível o liame é indissolúvel, enquanto a morte<br />

romperá sua ligação com o corpo. E, sacudida entre os dois em sua luta<br />

eterna, a alma busca inutilmente a felicidade e a verdade. Inutilmente<br />

ela busca a si mesma nas sensações que passam, nos pensamentos que<br />

lhe escapam, no mundo que se modifica como uma miragem. Não<br />

encontrando nada que dure, atormentada, arrastada como uma folha ao<br />

vento, ela duvida de si mesma e de um mundo divino que apenas se<br />

revela por sua dor e sua incapacidade para atingi-lo.<br />

A ignorância humana está escrita nas contradições dos pretensos<br />

sábios, e a tristeza humana, na sede insondável do olhar humano.<br />

Enfim, qualquer que seja a extensão de seus conhecimentos, o<br />

nascimento e a morte encerram o homem entre dois limites fatais. São<br />

duas portas de trevas, além das quais ele nada vê. A chama de sua vida<br />

se acende ao entrar por uma, e se extingue ao sair por outra. Dar-se-ia o<br />

mesmo com a alma? Se não, o que lhe acontecerá?<br />

A resposta que os filósofos já deram a esse problema pungente<br />

tem sido muito diversa. A dos teosofistas iniciados de todos os tempos é<br />

essencialmente a mesma. Está de acordo com o sentimento universal e<br />

com o espírito íntimo das religiões, que exprimiram a verdade apenas<br />

em forma de símbolos ou superstições. A doutrina esotérica abre<br />

perspectivas bem mais vastas e suas afirmações relacionam-se com as<br />

leis da evolução universal.<br />

Eis o que os iniciados, instruídos pela tradição e por inúmeras<br />

experiências da vida psíquica, têm dito ao homem: o que se agita em ti,<br />

o que chamas tua alma, é um duplo etéreo do corpo, que encerra em si<br />

mesmo um espírito imortal. O espírito constrói e tece para si, por sua<br />

própria atividade, seu corpo espiritual. Pitágoras denomina-o o carro<br />

sutil da alma, porque ele está destinado a transportá-lo da terra após a<br />

morte. Este corpo espiritual é o órgão do espírito, seu invólucro<br />

sensitivo, seu instrumento volitivo, e serve para animar o corpo, que<br />

sem ele permaneceria inerte. Nas aparições dos moribundos ou mortos,<br />

esse duplo torna-se visível. Mas isto supõe sempre, no vidente, um<br />

estado nervoso especial. A sutileza, a potência, a perfeição do corpo

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