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OS GRANDES INICIADOS - Entre Irmãos

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<strong>Entre</strong>tanto, Ram, que aspirava à ciência divina, viajara por toda a<br />

Cítia e pelos países do Sul. Seduzidos por seu saber e sua modéstia, os<br />

sacerdotes dos negros transmitiram-lhe parte de seus conhecimentos<br />

secretos. Voltando à região do Norte, Ram se horrorizou ao ver a<br />

intensificação dos sacrifícios humanos entre os seus. Viu nisso a<br />

perdição de sua raça. Todavia, como combater um costume propagado<br />

pelo orgulho das druidisas, pela ambição dos druidas e pela superstição<br />

do povo? Então, outro flagelo se abateu sobre os brancos, no qual Ram<br />

acreditou ver um castigo celeste pelo culto sacrílego. De suas incursões<br />

no país do Sul e de seu contato com os negros, os brancos contraíram<br />

uma horrível doença, uma espécie de peste, que corrompia o homem<br />

pelo sangue, pelas fontes da vida. O corpo inteiro se cobria de manchas<br />

negras, o hálito tornava-se infecto, os membros inchados e corroídos de<br />

úlceras se deformavam e o doente expirava com dores atrozes. O hálito<br />

dos vivos e o odor dos mortos espalhavam o flagelo. Assim os brancos,<br />

pasmados, tombavam e estertoravam aos milhares pelas florestas,<br />

abandonadas até mesmo pelas aves de rapina. Ram, atormentado,<br />

procurava inutilmente um meio de salvação.<br />

Tinha ele o hábito de meditar sob um carvalho, em uma clareira.<br />

Urna tarde, adormeceu ao pé da árvore, após haver refletido longamente<br />

sobre os males de sua raça. Durante o sono pareceu-lhe ouvir uma voz<br />

forte que o chamava pelo nome e ele acreditou ter despertado. Viu<br />

então, diante de si, um homem de talhe majestoso, vestido, como ele<br />

próprio, com a roupa branca dos druidas. O homem carregava uma<br />

vareta, à qual se entrelaçava uma serpente. Ram, admirado, ia perguntar<br />

ao desconhecido o significado daquilo. Mas o desconhecido, tomando-o<br />

pela mão, fê-lo levantar-se e mostrou-lhe, na própria árvore sob a qual<br />

ele estava deitado, um belíssimo ramo de visgo. “Oh! Ram! disse-lhe,<br />

eis o remédio que procuras'' Depois, tirou do seio uma pequena foice de<br />

ouro, cortou um pedaço do ramo e lhe deu. Murmurou ainda algumas<br />

palavras sobre a maneira de preparar o visgo e desapareceu.<br />

Então, Ram despertou completamente e se sentiu bastante<br />

reconfortado. Uma voz interior lhe dizia que havia encontrado a<br />

salvação. Ele não deixou de preparar o visgo segundo os conselhos do<br />

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