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OS GRANDES INICIADOS - Entre Irmãos

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(1). Na Índia antiga, estas duas funções muitas vezes eram<br />

desempenhadas juntamente. Os condutores de carros dos reis eram grandes<br />

personagens e, freqüentemente, ministros dos monarcas. Há inúmeros<br />

exemplos na poesia hindu.<br />

(2). Na iniciação bramânica, significa: o Deus supremo, o Deus-<br />

Espírito. Cada uma de suas letras corresponde a uma das faculdades divinas,<br />

popularmente falando, a uma das pessoas da Trindade.<br />

(3). A lenda de Krishna nos faz lembrar, em sua própria fonte, a idéia<br />

da Virgem-Mãe, do Homem-Deus e da Trindade. - Na Índia esta idéia aparece<br />

desde a origem em seu simbolismo transparente, com seu profundo sentido<br />

metafísico. No livro V, cap. 11, o Visnu-Purana, após contar a concepção de<br />

Krishna por Devac, acrescenta: ‘Ninguém podia olhar para Devac, por causa<br />

da luz que a envolvia, e aqueles que contemplavam seu esplendor sentiam o<br />

espírito perturbado; os deuses, invisíveis aos mortais, continuamente<br />

entoavam-lhe louvores, porque em suas entranhas estava Visnu. Diziam eles:<br />

“Tu és Pacriti, infinita e sutil, que outrora carregou Brama em seu seio; foste a<br />

deusa da Palavra, a energia do Criador do Universo e a mãe dos Vedas. Oh!<br />

tu, ser eterno, que encerras em tua substância a essência de todas as coisas<br />

criadas és a própria criação, és o sacrifício de onde procede tudo o que produz<br />

a terra; tu és a madeira que, por sua fricção, engendra o fogo. Como Aditi, és<br />

a mãe dos deuses; como Diti, és a mãe dos datías, seus inimigos. És a luz de<br />

onde nasce o dia, és a humildade, mãe da verdadeira sabedoria; és a política<br />

dos reis, mãe da ordem; és o desejo, de onde nasce o amor; és a satisfação, de<br />

onde deriva a resignação; és a inteligência, mãe da ciência; és a paciência,<br />

mãe da coragem; todo o firmamento e as estrelas são teus filhos; de ti procede<br />

tudo o que existe... Desceste à Terra para a salvação do mundo. Tem<br />

compaixão de nós, e mostra-te favorável ao Universo, orgulha-te de carregares<br />

o deus que sustenta o mundo’ ”.<br />

Esta passagem prova que os brâmanes identificavam a mãe de Krishna<br />

com a substância universal e o princípio feminino da natureza. Fizeram dela a<br />

segunda pessoa da Trindade divina, da tríade inicial não manifestada. O Pai,<br />

Nara (o Eterno-Masculino), a Mãe, Nari (o Eterno-Feminino), e o Filho,<br />

Viradi (o Verbo-Criador), estas são as faculdades divinas. Em outras palavras:<br />

o princípio intelectual, o princípio plástico, o princípio produtor. Todos os<br />

três juntos constituem a natura naturans, para empregar uma expressão de<br />

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