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guimarães rosa - Academia Mineira de Letras

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104 _______________________________________________ REVISTA DA ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS<br />

“Aqueles que mais eficazmente se rebelaram contra convenções gastas<br />

não <strong>de</strong>ram as costas a todas as tradições, mas saltaram por sobre seus<br />

pre<strong>de</strong>cessores mais imediatos para atingir tradições mais antigas que tinham<br />

sido perdidas ou esquecidas – como Eliot, Coleridge e Wordsworth. A originalida<strong>de</strong><br />

que perdura tem sempre raízes profundas.”<br />

Estávamos precisando <strong>de</strong> uma renovação que fosse retomar o fio primitivo<br />

da narrativa. Este, o trabalho <strong>de</strong> Guimarães Rosa. Arrancou ele do povo<br />

mais representativo do Brasil uma crônica <strong>de</strong> guerra que torna a aproveitar os<br />

velhos temas do homem. Um país que começa a ser gente tem, muitas vezes, <strong>de</strong><br />

repetir antigas experiências da humanida<strong>de</strong>, numa espécie <strong>de</strong> nomadismo que<br />

se transplanta para o plano literário. O nomadismo dos personagens <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong><br />

Sertão: Veredas acaba por influir nas palavras do autor e por levá-lo à criação<br />

<strong>de</strong> uma linguagem que tenha a substantivida<strong>de</strong> do que precisa ser dito. É por<br />

isso que o romance <strong>de</strong> Guimarães Rosa, fincado <strong>de</strong> agora em diante em nossa<br />

literatura, vem alargar os planos em que os escritos <strong>de</strong> um povo se fundam.

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