13.05.2013 Views

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

as arquitecturas de cister em portugal. a actualidade ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

3. CISTER EM PORTUGAL: DAS ORIGENS À ACTUALIDADE<br />

A Região d<strong>as</strong> Beir<strong>as</strong> (sobretudo o espaço a que correspon<strong>de</strong> o actual distrito <strong>de</strong><br />

Viseu, Esq. 18) foi o espaço don<strong>de</strong> irradiaram muitos mosteiros <strong>cister</strong>cienses e que<br />

esteve ligada, através d<strong>as</strong> su<strong>as</strong> fundações e filiações, aos objectivos <strong>de</strong><br />

ocupação e gestão do território português.<br />

Na Beira encontram-se notáveis ex<strong>em</strong>plares arquitectónicos <strong>de</strong>sta Or<strong>de</strong>m<br />

que, apesar <strong>de</strong> distintos, comungam da mesma expressivida<strong>de</strong> marcante<br />

<strong>as</strong>sociada eternamente a uma espiritualida<strong>de</strong>, a um i<strong>de</strong>al, e a uma linguag<strong>em</strong><br />

inicialmente austera e qu<strong>as</strong>e minimal.<br />

De facto na região d<strong>as</strong> Beir<strong>as</strong> do séc. XII, mosteiros até então beneditinos ou<br />

afectos a outr<strong>as</strong> or<strong>de</strong>ns religios<strong>as</strong> foram imbuídos pela presença do novo espírito<br />

<strong>cister</strong>ciense adaptando-se a novos usos e costumes.<br />

Como já foi referido, é tradicionalmente apontado como primeiro mosteiro<br />

<strong>cister</strong>ciense, no território português, o mosteiro <strong>de</strong> S. João <strong>de</strong> Tarouca (1143-1144),<br />

<strong>em</strong>bora a sua primazia seja disputada actualmente com S. Cristóvão <strong>de</strong> Lafões,<br />

<strong>em</strong> S. Pedro do Sul, e o último Nossa Senhora da Assunção <strong>de</strong> Tabosa (1692), <strong>em</strong><br />

Sernancelhe.<br />

a b<br />

Fig. 36 Mosteiro <strong>de</strong> S. João <strong>de</strong> Tarouca (a) e mosteiro <strong>de</strong> S. Cristóvão <strong>de</strong> Lafões (b). (fotografi<strong>as</strong> da autora)<br />

No que respeita à questão da primazia (Fig. 36) da teoria <strong>de</strong> S. João <strong>de</strong> Tarouca<br />

(1143-1144), <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento da teoria <strong>de</strong> S. Cristóvão <strong>de</strong> Lafões (1138) <strong>de</strong>fendida<br />

por Maria Alegria Marques, cabe referir a observação <strong>de</strong> Saul António Gomes:<br />

“Os primórdios <strong>cister</strong>cienses <strong>em</strong> Portugal r<strong>em</strong>ontarão, contudo, aos<br />

finais da década <strong>de</strong> 1130 ou aos alvores do <strong>de</strong>cénio imediato. Estes<br />

primórdios foram recent<strong>em</strong>ente reequacionados por Maria Alegria<br />

Marques, a qual <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a introdução <strong>de</strong> Cister <strong>em</strong> Portugal no<br />

Mosteiro <strong>de</strong> S. Cristóvão <strong>de</strong> Lafões <strong>em</strong> 1138. Esta (re)leitura entra <strong>em</strong><br />

oposição com os dados apurados por Miguel <strong>de</strong> Oliveira, que aponta S.<br />

João <strong>de</strong> Tarouca como porta <strong>de</strong> entrada da Or<strong>de</strong>m no nosso país,<br />

fenómeno que teria sucedido por 1144.<br />

Parece-nos ser <strong>de</strong> difícil <strong>de</strong>monstração, m<strong>as</strong> não impossível a<br />

entrada <strong>cister</strong>ciense <strong>em</strong> Lafões <strong>em</strong> 1138. A leitura que a referência<br />

119

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!